Da experiência psicológica a uma noção do contar em Grande Sertão Veredas: provocações literárias para pensar a subjetivação como processo coletivo a partir da narratividade

Autores

  • Renata Codeço Dias UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

DOI:

https://doi.org/10.22409/ayvu.v3i1.22210

Palavras-chave:

experiência, subjetivação, literatura, criação.

Resumo

Este artigo utiliza a obra de Guimarães Rosa enquanto revelador de conceitos como o de experiência, narração e memória a fim de questionar e provocar o atual estatuto das noções homônimas presentes na psicologia. A partir de passagens do livro “Grande Sertão: Veredas”, procuramos levar a pensar o processo de subjetivação como engendrado pela narratividade, sendo assim um processo coletivo que atravessa as dicotomias presentes nas correntes de pensamento clássicos da psicologia e da semiologia contemporânea.

Através de um processo de criação a que chamamos de “ouvinte invisível”, Rosa transpõe a psicologização da experiência revelando o surgimento de “eus” e “mundos” advindos do próprio contar. A narratividade revelada pela criação literária provoca a possibilidade de uma mudança de paradigma no estatuto da experiência em psicologia. O contar une literatura e pensamento psicológico em uma travessia de todos.

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Publicado

2016-12-31

Edição

Seção

Dossiê NARRAR