ANTi-History e a Pesquisa em Administração: reflexões iniciais

Autores

  • Renata Guimarães Quelha-de-Sá IAG/PUC-Rio
  • Alessandra de Sá Mello da Costa IAG/PUC-Rio

DOI:

https://doi.org/10.32888/cge.v6i1.12726

Resumo

O presente trabalho busca iniciar uma reflexão sobre a teórico-metodologia ANTi-History enquanto método histórico para pesquisas na área de Administração. Esta abordagem apresenta argumentos para romper com conceitos estáticos de passado e história, conferindo um caráter mais fluido, mutável e relacional à produção de conhecimento sobre fenômenos ocorridos em tempos anteriores ao presente. Ao considerar que não existe uma única e verdadeira narrativa e que, portanto, a História é múltipla, a ANTi-History se propõe a contar uma das versões possíveis a partir das associações e movimentações realizadas pelos atores identificados no quadro de análise do fenômeno (DUREPOS, 2009; DUREPOS e MILLS, 2017). O artigo também apresenta os principais fundamentos e princípios da Teoria Ator-Rede, um dos aportes adotados para a elaboração da ANTi-History, de modo a contribuir para uma melhor compreensão de seu potencial ontológico, epistemológico e metodológico em Estudos Organizacionais. A partir da premissa de que todo conhecimento sobre o passado é coletivo, parcial e distribuído através de uma rede de conexões de elementos heterogêneos (DUREPOS, 2009), a construção do conhecimento per se ocorre através de movimentações sócio-políticos de negociação, atração de interesses e translação de atores-rede. Portanto, pode-se argumentar que o conhecimento é sempre parcial, situado e posicionado, sendo influenciado pelas circunstâncias e contexto em que é constituído. Embora considerada um aporte interessante e com potencial de contribuição para as pesquisas na área, há poucos trabalhos teóricos ou empíricos desenvolvidos com base na ANTi-History, o que indica um espaço ainda pouco explorado com oportunidades para estudos futuros na academia brasileira.

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Publicado

2018-05-02

Edição

Seção

Artigos Acadêmicos