MULHERES NO LAGO DOS CISNES: DESIGUALDADE DE OPORTUNIDADES NO ITAMARATY BRASILEIRO

Autores

  • Gabriela Soares Balestero

DOI:

https://doi.org/10.22409/conflu.v21i3.34679

Palavras-chave:

igualdade, inclusão, política, mulheres, diplomacia

Resumo

O presente estudo busca compreender o feminino e arepresentatividade política feminina na Diplomacia Brasileira. A participação de mulheres na política precisa ser discutida, visto que, em um mundo no qual as injustiças e lutas por igualdade não se restringem apenas ao âmbito doméstico, a participação paritária e representativa das mulheres no espaço público é uma exigência para o avanço da promoção da igualdade de gênero. Assim, o artigo científico pretende analisar teoricamente uma política que traduza as ideias de democracia e inclusão, visto que ainda há baixa presença de mulheres na estrutura de comando do Itamaraty bem como em concursos de admissão à carreira diplomática, trazendo alguns questionamentos e complexidades da própria luta pelo poder em paridade ao masculino que ainda é maioria na carreira diplomática.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALBUQUERQUE, José Augusto Guilhon (Org.). Sessenta anos de política externa brasileira (1930-1990). São Paulo: Cultura: Annablume: Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais da USP, 1996-2000. 4 v.

AVELAR, Lúcia. Mulheres na Elite Política Brasileira. São Paulo: Fundação Konrad Adenauer: Editora Unesp, 2001, pág. 37.

BALBINO, Viviane Rios. Diplomata. Substantivo comum de dois gêneros – Um retrato da presença feminina no Itamaraty no início do século XXI. Originalmente apresentada como dissertação de mestrado, Instituto Rio Branco, 2005.

BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. 2. A experiência vivida. Trad. de Sérgio Milliet. 1.ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

BARMAN, Roderick J. Princesa Isabel do Brasil: gênero e poder no século XIX. São Paulo, Editora Unesp, 2003.

BLOCH. Marc. Apologia da história ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001.

CAMARGO, Cláudio. Mulheres em alta. Isto É. São Paulo, 07.dez. 2005. Disponível em: <http://www.terra.com./istoe/1886/internacional/1886_mulheres_alta.htm>. Acesso em: 18 jan. 2006.

CARNEIRO, Maria Elizabeth Ribeiro. Feminismo-Feminismos. In: Dicionário Crítico de gênero/ Organizadores: Ana Maria Colling, Losandro Antonio Tedeschi. Dourados, MS: Ed. UFGD, 2015, pp. 244-248.

CARR, Edward H. Vinte anos de crise: 1919-1939: uma introdução ao estudo das relações internacionais. 2. ed. Prefácio Eiiti Sato. Tradução Luiz Alberto Figueiredo Machado. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado; Brasília: Ed. da UnB: IPRI, 2001. (Clássicos IPRI, 1). Disponível em: . Acesso em: 02 jun. 2014.

CARR, Edward Hawlett. Vinte anos de crise. Brasília, Editora UnB, 2001.

CERVO, Amado Luiz; BUENO, Clodoaldo. História da política exterior do Brasil. 4. ed. rev. e ampl. Brasília: Ed. da UnB, 2011.

COX, Robert. Social Forces, States, and World Order: Beyond International Relations Theory. In: KEOHANE, Robert O. Neorealism and Its Critics. Nova York, Columbia University Press, 1986.

DALMÁS, Giovana; MÉNDEZ, Natália Pietra. Beauvoir, Simone. Dicionário Crítico de gênero/ Organizadores: Ana Maria Colling, Losandro Antonio Tedeschi. Dourados, MS: Ed. UFGD, 2015, pp.63-69.

DEUTSCH, Karl. Análise das relações internacionais. Brasília: Ed. da UnB, 1982.

DUMONT, Anne Pérotin. El Género en Historia. Londres: School of Advanced Study, London University, 2001. Disponível em: . Acesso em: 13 jul. 2005.

ELSHTAIN, Jean Bethke. Public Man, Private Woman. Princeton: Princeton University Press, 1981.

FOUCAULT, Michel. A Ordem do Discurso. São Paulo, Loyola, 1998.

FOUCAULT, Michel. Estratégia, poder-saber. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2006.

GOMES, Ângela Castro, Escrita de Si, Escrita da História. Rio de Janeiro, Editora FGV, 2004.

. Notas sobre uma experiência de trabalho com fontes: arquivos privados e jornais. Xº Simpósio da ANPUH, Niterói, Rio de Janeiro, jul. 1979.

. História, historiografia e cultura política no Brasil: algumas reflexões. In: SOIHET, R. BICALHO, M. F. B.; GOUVÊA, M. F. S. (orgs.) Culturas Políticas: ensaios de história cultural, história política e ensino de história. Rio de Janeiro: Mauad, 2005.

GONÇALVES, Willians. O Campo Teórico das Relações Internacionais. In: BRIGAGÃO, Clóvis. Estratégias de Negociações Internacionais: uma visão brasileira. Aeroplano, 2001.

HALLIDAY, Fred. Repensando as relações internacionais. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1999.

HARAZIM, Dorritt. Elas se casaram com o poder. O Globo , Rio de Janeiro, 25. dez. 2015. Disponível em: <http://oglobo.globo.com/jornal/mundo/190025681.asp> Acesso em: 23 jan. 2015.

HOBBISM. In: MERRIAM-WEBSTER Online Dictionary. Springfield, Massachussets: Merriam- Webster, Inc, 2005. Disponível em: <http://www.m-w.com/cgi- bin/dictionary?book=Dictionary&va=Hobbism> Acesso em 25 dez. 2015.

KEOHANE, Robert. In: SYLVESTER, Christine. Feminist Theory and Gender Studies in International Relations. Tucson, Arizona: Feminist Theory and Gender Studies Section of the International Studies Association, 2005. Disponível

em: <http://www.isanet.org/sections/ftgs/femir.html>. Acesso em: 25 dez. 2015.

LAMEIRINHAS, Roberto. Bachelet vence eleição no Chile. O Estado de São Paulo. São Paulo, 16 jan. 2006, p. A10.

LAURETIS, Teresa de. A tecnologia do gênero. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (org.) Tendências e Impasses: o feminismo, como crítica da cultura. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.

MASO, Tchella Fernandes; GALHERA, Katiuscia. Relações Internacionais e Gênero. In: Dicionário Crítico de gênero/ Organizadores: Ana Maria Colling, Losandro Antonio Tedeschi. Dourados, MS: Ed. UFGD, 2015, pp. 569-573.

MATHIAS, Suzeley Kalil. Sob o signo de Atena: gênero na diplomacia e nas Forças Armadas. São Paulo: Editora Unesp, 2009.

MATOS, Maria Izilda Santos de. Por uma História da Mulher. Bauru, SP: EDUSC, 2000.

MERKE, Federico. Reconsidering Westphalia: contending perspectives on the future of the nation- state. Revista Cena Internacional , Ano 4, n. 1, Jul/2002

MERLE, Marcel. Sociologia das Relações Internacionais. Brasília, Editora UnB,1981.

MIGUEL, Luis Felipe. Gênero e Representação Política. In Feminismo e Política. Org. Luis Felipe Miguel e Flávia Birol. 1.ed. São Paulo: Boitempo, 2014.

MUNIZ, Diva do Couto Gontijo. Feminismos, epistemologia feminista e História das Mulheres: leituras cruzadas. Ano: 2015; ISSN: 1519-3276; Revista: Opsis (UFG); Volume: 15; p. 318. 316-329.

OSBORNE, Raquel. Son las mujeres una minoría? Isegoría, n. 14, 1996, p.79-93.

PATEMAN, Carol. The Sexual Contract. Stanford, California: Stanford University Press, 1992.

PERFIL del Ministro. Ministerio de Relaciones Exteriores de la Republica de Colombia. Colombia,s.d. Disponível em: <http://www.minrelext.gov.co/mre/Institucional/Ministro.asp>. Acesso em: 14 fev. 2006.

PERROT, Michelle. Mulheres Públicas. São Paulo, Editora da Unesp, 1998.

PERROT, Michelle. Minha História das Mulheres. Michelle Perrot. São Paulo, editora Contexto, 2007, 190p.

PETTMAN, Jan Jindy. Gendered Issues. In: BAYLIS, J; SMITH, S. The Globalization of World Politics – An Introduction to International Relations. Oxford, Oxford University Press, 2005.

PINTO, Celi Regina. Paradoxos da participação política da mulher no Brasil. Revista USP, São Paulo, n. 49, p.98-112.

PITKIN, Hannah F. Fortune is a Woman: Gender and Politics in the Thought of Niccolo Machiavelli. Berkeley: University of California Press, 1984.

POSSAS, Lídia Maria Vianna. Vozes Femininas na Correspondência de Plínio Salgado. In: GOMES, Ângela Castro, Escrita de Si, Escrita da História. Rio de Janeiro, Editora FGV, 2004.

PRESIDENTA Michelle Bachelet. El Mercurio. Santiago, 16 jan. 2006. Disponível em:<http://editorial.elmercurio.com/archives/2006/01/presidenta_mich.asp>. Acesso em: 25 dez.2015.

RAGO, Margareth. A colonização da mulher. In: Do Cabaré ao Lar: a utopia da cidade disciplinar – Brasil 1890-1930. Rio de Janeiro: Paz e. Terra, 1985.

RAGO, Margareth. Epistemologia feminista, gênero e história. In: PEDRO, Joana Maria e GROSSI, Miriam Pilar (Org.). Masculino, feminino, plural. Florianópolis: Editora Mulheres, 1998.

RAGO, Margareth. A aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2013.

RAGO, Margareth. Foucault e as mulheres. In: Dicionário Crítico de gênero/ Organizadores: Ana Maria Colling, Losandro Antonio Tedeschi. Dourados, MS: Ed. UFGD, 2015, pp.264-268.

SAU, Victoria. Un diccionario ideológico feminista. Barcelona: Icaria, 1981.

SCOTT, Joan W. Gender: A Useful Category of Historical Analysis. American Historical Review, 91:5, 1986. In: DUMONT, Anne Pérotin. El Género en Historia. Londres: School of Advanced Study, London University, 2001.

SCOTT, Joan W. “História das mulheres”, in Peter Burke (org.), A escrita da história. Novas perspectivas, Ed. Unesp, São Paulo, 2002, pp. 65-98.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, v. 20, n.2, jul./dez. 1995.

SYLVESTER, Christine. Feminist Theory and Gender Studies in International Relations. Tucson, Arizona: Feminist Theory and Gender Studie s Section of the International Studies Association, 2005. Disponível em: <http://www.isanet.org/sections/ftgs/femir.html>. Acesso em: 25 dez. 2015.

TABAK, Fanny; VERUCCI, Florisa. A Difícil igualdade: os direitos da mulher como direitos humanos. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.

TÉLLEZ, Cláudio A. Teoria dos Jogos e Relações Internacionais. Disponível em:

<http://www.claudiotellez.org/research/teojogri.pdf>. Acesso em: 25 dez. 2015.

TICKNER, J. Ann. Feminist Perspectives on International Relations. In: CARLSNAES, Walter; RISSE, Thomas; SIMMONS, Beth. Handbook of International Relations. Londres: SAGE Publications, 2001.

TUCÍDIDES. A História da Guerra do Peloponeso. Brasília, Editora UnB, 2003.

VILA-NOVA, Carolina. Bachelet sinaliza liberação do país. Folha de São Paulo. São Paulo, 15 jan. 2006, p. A16.

TICKNER, J. Ann. Feminist Perspectives on International Relations. In: CARLSNAES, Walter; RISSE, Thomas; SIMMONS, Beth. Handbook of International Relations. Londres: SAGE Publications, 2001.

WOMEN in Politics. International Institute for Democracy and Electoral Assistance – IDEA. Stocolmo, Suécia, 07 fev. 2006. Disponível em: <http://www.idea.int/gender/index.cfm>. Acesso em: 25 dez. 2015

WOMEN in Politics: beyond numbers. International Institute for Democracy and Electoral Assistance – IDEA. Stocolmo, Suécia, s.d.. Disponível em: <http://archive.idea.int/women/parl/ch2b.htm>. Acesso em: 25 dez. 2015.

WOMEN’S Place, Revisited. The New York Times. Nova York, 19 jan. 2006. Disponível em:<http://www.nytimes.com/2006/01/19/opinion/19thu3.html?ex=1139634000&en=90c27dacf9fd021 9&ei=5070>. Acesso em: 25 dez. 2015.

WIRTH, Louis. The problem of minority groups. In: Linton, Ralph (ed), The Science of Man in the World Crisis, New York; p.347-372.

WOLLSTONECRAFT, Mary. The Vindication of Rights of Woman. London: Peguin Classics, 1992.

YOUNGS, Gillian. Feminist International Relations: a contradiction in terms? Or: why women and gender are essential to understanding the world ‘we’ live in. International Affairs , nº.80, I, 2004.

ZYLBERSZTAJN, Joana. Direito Internacional dos Direitos Humanos: proteção às Mulheres no STF. In: AMARAL JUNIOR, Alberto; JUBILUT, Liliana Lyra. (Org.). O STF e o Direito Internacional dos Direitos Humanos. São Paulo: Quartier Latin, 2009, p. 413-440.

Sites:

- http://www.elmercurio.com/blogs/2017/06/02/51519/Presidenta-Michelle-Bachelet-Hoy-Chile-es-mejor-que-ayer-porque-estamos-construyendo-bases-nuevas-y-solidas-para-que-el-manana-supere-al-presente.aspx

Edital concurso CACD 2017

http://www.cespe.unb.br/concursos/IRBR_17_DIPLOMACIA/arquivos/IRBR_ED._1_ABERTURA.PDF

Formatura de diplomatas celebra Marielle. E constrange o governo e o golpe. Disponível em: http://www.redebrasilatual.com.br/politica/2018/04/formatura-de-diplomatas-celebra-marielle-e-constrange-o-governo-e-o-golpe

DOCUMENTOS

ARRUDA, Bráz de Souza. A mulher na Diplomacia. São Paulo: Revista da Faculdade de Direito de São Paulo, v.4, 1931 pp. 229-243.

Brasil. Ministério das Relações Exteriores. Instituto Rio Branco. Anuário do Instituto Branco / Ministério das Relações Exteriores. – Brasília: Instituto Rio Branco, 2016.

QUINTELLA, Thereza Maria Machado. Entrevista de capa por Marianna Goulart. In Revista Sapientia. São Paulo: Edição 32, Ano 07. Janeiro/junho 2018, pp. 6-9.

Downloads

Publicado

2019-12-02

Como Citar

Balestero, G. S. (2019). MULHERES NO LAGO DOS CISNES: DESIGUALDADE DE OPORTUNIDADES NO ITAMARATY BRASILEIRO. Confluências | Revista Interdisciplinar De Sociologia E Direito, 21(3), 148-168. https://doi.org/10.22409/conflu.v21i3.34679

Edição

Seção

Artigos