A militância comunista numa antiga freguesia rural do Rio de Janeiro: o caso do médico negro Jacinto e os conflitos de terra em Jacarepaguá (1935-1962)

Autores

  • Renato de Souza Dória UFF e IHJA
  • Leonardo Soares dos Santos UFF e IHJA

DOI:

https://doi.org/10.22409/rcc.v2i4.1284

Palavras-chave:

Jacinto Luciano Moreira, Rio de Janeiro, Colônia Juliano Moreira, Comunistas, PCB

Resumo

Dispusemos de poucas fontes para traçar a trajetória de vida profissional e pessoal de Jacinto Luciano Moreira até o ano de sua filiação ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). O que sabemos a respeito deste momento da vida de Jacinto vem, basicamente, de três fontes: um pequeno trecho de efeméride; um “santinho” eleitoral, provavelmente de 1945-6, quando Jacinto disputou as eleições de 1947 pelo PCB concorrendo uma vaga no Conselho Municipal da cidade do Rio de Janeiro; uma reportagem publicada no início de 1947 em periódico do PCB. Ao cruzarmos as informações, percebemos que o conteúdo descrito é quase idêntico, o que nos levaria a deduzir certa confiabilidade nestas fontes. Porém, é preciso tecer algumas considerações metodológicas quando a fonte é um relato biográfico: primeiro, a propensão deste tipo de relato em se organizar em sequencias históricas inteligíveis, “como a do efeito à causa eficiente ou final, entre os estados sucessivos,” onde vida da personagem é retratada de forma teleológica, pautada por um “desenvolvimento necessário”; segundo, ao ter a chance de ser “o ideólogo da própria vida”, pautando-se numa “intenção global” o indivíduo (auto) biografado seleciona “certos acontecimentos significativos” e estabelece entre estes “conexões para lhe dar coerência”. Vemos, pois, que estas considerações metodológicas são pertinentes, já que não se pode descartar a possibilidade de Jacinto L. Moreira ter colaborado na produção dos textos destas fontes.

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Publicado

2014-02-01