O debate Sartre-Lukács revisitado: as polêmicas sobre dialética, classe e alienação

Autores

  • Paulo Gajanigo UFF

DOI:

https://doi.org/10.22409/rcc.v1i2.955

Palavras-chave:

Jean-Paul Sartre, György Lukács, Dialética, Alienação

Resumo

Neste artigo, traça-se o histórico do debate entre Sartre e Lukács – presente, principalmente, nas obras Existencialismo ou Marxismo (1948) e Ontologia do Ser Social de Lukács e Crítica da Razão Dialética (1960) de Sartre –, analisando a trajetória de ambos em relação ao marxismo. Em concordância com Lukács, demonstramos como Sartre, apesar da aproximação ao marxismo, não rompeu com o idealismo em Crítica da Razão Dialética ao desconsiderar a dialética da natureza, como fica claro na maneira como define as categorias de alienação e classe. Por fim, apresenta-se uma crítica, sob a inspiração da posição de Sartre de que há um existencialismo progressista, à forma como Lukács caracterizou o existencialismo em 1948. Afirma-se, no entanto, que o próprio Lukács, em seus últimos textos, deu elementos para superar sua posição anterior, ao criticar de maneira profunda o stalinismo e a visão de dialética da natureza de Engels.

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Biografia do Autor

Paulo Gajanigo, UFF

Departamento de Ciências Sociais, Sociologia.

Doutor em Ciências Sociais pela UERJ

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Publicado

2013-01-27