Verificação da capacidade de adsorção da cinza da casca de arroz em efluente de cromo hexavalente em fluxo contínuo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/engevista.v21i1.13296

Resumo

O beneficiamento do arroz gera, além do grão, subprodutos e resíduos. Um desses resíduos é a cinza da casca do arroz (CCA), material oriundo da combustão da casca no próprio processo de beneficiamento. Para se alcançar o fechamento deste ciclo de industrialização é importante o estudo de possíveis aplicações deste resíduo de modo a não apenas descarta-lo. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar a capacidade de adsorção da CCA em efluente de cromo hexavalente em fluxo contínuo. Para isso, foi realizada uma análise dos parâmetros de capacidade adsortiva através de ensaio de adsorção em coluna com três alturas de leito, 10, 20 e 30 cm. Foi determinado o tempo necessário para alcançar o equilíbrio entre adsorvato e adsorvente, bem como a altura com maior eficiência de remoção. A partir dos resultados obtidos, verificou-se que a coluna de maior leito demonstrou ser mais efetiva na remoção de cromo do efluente.

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Biografia do Autor

LUCIANO PESKE CERON, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS

Possui graduação em Engenharia Química pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2003), mestrado em Engenharia e Tecnologia de Materiais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2008) e doutorado em Engenharia e Tecnologia de Materiais pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2012). É professor adjunto na PUCRS - ESCOLA POLITÉCNICA, curso de Engenharia Química e pertence ao Núcleo de Estudos em Processos Ambientais (NEPA). Atualmente é engenheiro químico no GRUPO EQUADOR (empresas RENNER TÊXTIL e INBRAPE), sendo colaborador do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Tem experiência nas áreas de Engenharia Química e de Materiais, com ênfase em não tecidos e suas aplicações, atuando principalmente nos seguintes temas: água, filtração, não tecidos e elementos filtrantes, filtração de particulados e equipamentos industriais para controle da poluição.

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Publicado

2019-02-22

Edição

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Artigos