Pesquisas sobre infâncias, formação de professores e linguagens: diálogos com a perspectiva histórico-cultural

Autores

  • Ana Rosa Costa Picanço Moreira Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Ilka Schapper Universidade Federal de Juiz de Fora
  • Núbia Aparecida Schaper Santos Universidade Federal de Juiz de Fora

Palavras-chave:

perspectiva histórico-cultural, infância, formação de professores, linguagens

Resumo

Este artigo aborda as relações entre as concepções de sujeito e educação com base nos estudos realizados pelo grupo depesquisa LEFoPI/UFJF. A partir da abordagem histórico-cultural, calcada nas ideias de Vigotski e Bakhtin, discute os processosde construção de subjetividade que emergem nas relações entre adultos e crianças e entre crianças mediadas pelas produçõesculturais desses sujeitos nos contextos da educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental, tendo a linguagem como eixocentral. Esses processos são investigados mediante dois projetos: (1) pesquisa-intervenção na perspectiva crítica de colaboraçãocom profissionais de creche em formação continuada; (2) estudo longitudinal, que busca compreender a experiência de um grupode crianças na transição entre a etapa da educação infantil e o ensino fundamental, focalizando especialmente a leitura. Osestudos chamam a atenção para a importância da reflexão sobre a prática e a prática da reflexão, em um movimento circunscritoao contexto histórico-cultural de cada sujeito.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Rosa Costa Picanço Moreira, Universidade Federal de Juiz de Fora

Graduação em Psicologia pela Universidade Federal Fluminense (1988). Especialização em Psicologia Escolar/Educacional pelo Conselho Federal de Psicologia (2000). Mestrado em Psicologia (Psicologia Social) pela Universidade Gama Filho (1992). Doutorado em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2011). É professora adjunta da Universidade Federal de Juiz de Fora. Pesquisadora na área de Educação, com ênfase em Educação Infantil e Formação de Professores. Membro dos grupos de pesquisa Linguagem, Educação, Formação de Professores e Infância (LEFOPI/CNPq/UFJF) e Grupo de Pesquisa e Estudos em Geografia da Infância (GRUPEGI/CNPq/UFF).

Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello, Universidade Federal de Juiz de Fora

Doutora em Educação ( PUC- Rio ), mestre em Educação ( UFJF), especialista em Alfabetização e Linguagem (UFJF), graduada em Pedagogia (USU). Atualmente é professora adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora, atuando nos cursos de Pedagogia presencial e a distância, e especialista em linguagem do CAED (Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação), da mesma instituição. Líder do grupo de pesquisa LINFE, que desenvolve pesquisas nos campos da infância, linguagem e educação. É professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da FACED/UFJF e do Programa de Pós-Graduação Profissional do CAEd/UFJF.

Ilka Schapper, Universidade Federal de Juiz de Fora

Possui graduação em Pedagogia (1994) e Letras (2002) pela Universidade Federal de Juiz de Fora, Mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1998) e Doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem (2010) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Atualmente é Professor Adjunto II da Universidade Federal de Juiz de Fora. Tem experiência na área da Educação, atuando principalmente nos seguintes campos: linguagem e educação, formação de professores, educação infantil.

Núbia Aparecida Schaper Santos, Universidade Federal de Juiz de Fora

Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora. Graduação em Psicologia (UFJF - 1999). Mestrado em Educação Especial (UFSCar - 2002). Doutorado em Educação (UERJ - 2012). Professora do Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE/UFJF e pesquisadora do grupo: Linguagem, Educação, Formação de Professores e Infâncias - LEFoPI. Interesse por temas na área da Educação Infantil, Formação de Professores, Psicologia.

Referências

AGUIAR, W. M. J. Apreensão dos sentidos: a busca do método. In.: MAGALHÃES, M. C. C.; FIDALGO, S. S. (Org.). Questões de método e de linguagem na formação docente. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2006.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1987.

BARRETO, R. G. Formação de professores, tecnologias e linguagens: mapeando novos e velhos (des)encontros. São Paulo: Loyola, 2002.

BERNSTEIN, B. Prefácio. In: DANIELS, H. (Org.), Vygotsky em foco: pressupostos e desdobramentos. Campinas: Papirus, 1998. p. 9-22.

ENGESTRÖM, Y. Learning by expanding: an activity-theoretical approach to development research. Helsinki: Orienta-Konsultit, 1999.

FREITAS, M. T. A. Bakhtin e Vygotsky: um encontro possível. In: BRAIT, B. (Org.). Bakhtin, dialogismo e construção de sentidos. Campinas: Unicamp, 1997. p. 311-330.

FUGA, V. P. O movimento do significado de grupos de apoio na cadeia criativa de atividades no Programa Ação Cidadã. 2009. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem)__Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2009.

HOLZMAN, L. Schools for growth: radical alternatives to current education models. Lawrence Erlbaum, 1996.

KUHN, T. S. A estrutura das revoluções científicas. 3ª Ed. São Paulo: Perspectivas, 1992.

LIBERALI, F. C. Formação crítica de educadores: questões fundamentais. Taubaté: Cabral, 2008.

MAGALHÃES, M. C. C. Teacher and researcher dialogal interactions: learning and promoting literacy development. In: ALVAREZ, A.; DEL RIO, P. (Ed.). Education as social construction. Madrid: Infância y Aprendizaje, 1994. p. 199-206.

MAGALHÃES, M. C. C. (Org.).A linguagem na formação de professores como profissionais reflexivos e críticos. In: ______. A formação do professor como um profissional crítico. Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 59-85.

MAGALHÃES, M. C. C. Seminário de Pesquisa. Exposição Oral. São Paulo: PUC-SP, 2006.

MAGALHÃES, M. C. C. A Pesquisa Colaborativa em Linguística Aplicada. In: FIDALGO, S. S.; SHIMOURA. A. S. (Org.). Pesquisa Crítica de Colaboração: um percurso na formação docente. São Paulo: Ductor, 2007. p. 148-157.

MAGALHÃES, M. C. C.; FIDALGO, S. S. The Role of Methodological Choices in Investigations Conducted in School Contexts: Critical Research on Collaboration in Continuing Teacher Education. In: ALANEN, R.; PÖYHONEN, S. (Org.). Language in action: Vygotsky and Leontievian Legacy Today. Newcastle: Cambridge Scholars Publishing, 2007. v. 01, p. 329-352.

MAGALHÃES, M. C. C.; FIDALGO, S. S. O método para

Vygotsky: a zona proximal de desenvolvimento como zona de

colaboração e criticidade criativas. In: SCHETTINI, R. et al.

(Org.). Vygotsky: uma revisita no início do século XXI. São

Paulo: Andross, 2009. p. 53-58.

NEWMAN, F.; HOLZMAN, L. Lev Vigotski: cientista

revolucionário. Tradução de Marcos Bagno. São Paulo: Loyola,

PINO, A. As marcas do humano: as origens da constituição

cultural da criança na perspectiva de Lev. S. Vigotski. São

Paulo: Cortez, 2005.

PINO, A. O conceito de mediação semiótica em Vygotsky e seu

papel na explicação do psiquismo humano. Cadernos CEDES,

[S.l.], n. 24, p. 38-51, 2000.

PRESTES, Z. Quando não é quase a mesma coisa: traduções de

Lev Semionovitch Vigotski no Brasil. Campinas, SP: Autores

Associados, 2012.

VIGOTSKI, L. S. A formação social da mente (1930). São

Paulo: Martins Fontes, 1991.

VIGOTSKI, L. S. A construção do pensamento e da linguagem.

São Paulo: Martins Fontes, 2007.

Downloads

Publicado

2015-01-31

Como Citar

MOREIRA, A. R. C. P.; MICARELLO, H. A. L. DA S.; SCHAPPER, I.; SANTOS, N. A. S. Pesquisas sobre infâncias, formação de professores e linguagens: diálogos com a perspectiva histórico-cultural. Fractal: Revista de Psicologia, v. 27, n. 1, p. 22-27, 31 jan. 2015.

Edição

v. 27 n. 1 (2015): Lev Vigotski e a teoria histórico-cultural no Brasil: alguns relatos de pesquisas

Seção

Artigos

Licença

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

 

  1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License que permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
  2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

Creative Commons License
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.

 

CC0
Na medida do possível segundo a lei, a Fractal: Revista de Psicologia renunciou a todos os direitos autorais e direitos conexos  às Listas de referência em artigos de pesquisa. Este trabalho é publicado em: Brasil.

To the extent possible under law, Fractal: Revista de Psicologia has waived all copyright and related or neighboring rights to Reference lists in research articles. This work is published from: Brasil.