Narrar o trauma: escrituras híbridas das catástrofes

Autores

  • Márcio Seligmann-Silva UNICAMP

Palavras-chave:

Testemunho. Memória do trauma. Trauma. Política da memória. Ditadura no Brasil

Resumo

O trabalho propõe uma reflexão sobre algumas das características do gesto testemunhal enfatizando as aporias que o marcam. Partindo da idéia de que o testemunho de certo modo só existe sob o signo de seu colapso e de sua impossibilidade, o texto enfatiza os dilemas nascidos da confluência entre a tarefa individual da narrativa do trauma e de sua componente coletiva. Nas “catástrofes históricas”, como nos genocídios ou nas perseguições violentas em massa de determinadas parcelas da população, a memória do trauma é sempre uma busca de compromisso entre o trabalho de memória individual e outro construído pela sociedade. O testemunho é analisado como parte de uma complexa “política da memória”.

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Biografia do Autor

Márcio Seligmann-Silva, UNICAMP

É professor livre-docente de Teoria Literária na UNICAMP e pesquisador do CNPq. É autor de Ler o Livro do Mundo (Iluminuras, 1999), Adorno (PubliFolha, 2003) e O Local da Diferença (Editora 34, 2005); organizou os volumes Leituras de Walter Benjamin: (Annablume/FAPESP, 1999; 2ª. edição 2007), História, Memória, Literatura: o Testemunho na Era das Catástrofes (UNICAMP, 2003) e Palavra e Imagem, Memória e Escritura (Argos, 2006) e coorganizou Catástrofe e Representação (Escuta, 2000).

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Publicado

2008-06-30

Como Citar

Seligmann-Silva, M. (2008). Narrar o trauma: escrituras híbridas das catástrofes. Gragoatá, 13(24). Recuperado de https://periodicos.uff.br/gragoata/article/view/33162