O mito moderno de François Villon e a origem do argot antigo

Autores

  • Daniel Padilha Pacheco da Costa Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.22409/gragoata.v22i42.33484

Palavras-chave:

François Villon. Baladas em jargão. Argot antigo. Jargão dos criminosos.

Resumo

Neste artigo, procura-se reconstituir a origem do argot antigo, definido pela linguística diacrônica do início do século XX como uma variedade socioletal de caráter convencional e secreto. Essa definição se baseia, sobretudo, na descrição por um documento jurídico medieval do jargão falado por uma quadrilha criminosa chamada os Coquillards. Por outro lado, essa definição foi utilizada para interpretar a mais importante composição do período a explorar literariamente esse jargão – as Baladas em jargão, atribuídas ao célebre malfeitor da época François Villon (1431–?). Pretende-se mostrar que a origem do argot antigo é indissociável do mito moderno sobre François Villon, considerado por seus editores e tradutores como o suposto autor empírico dessas baladas.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2017n42a854

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Biografia do Autor

Daniel Padilha Pacheco da Costa, Universidade Federal de Uberlândia

Professor do curso de Tradução e do programa de Pós-graduação em Estudos Literários do Instituto de Letras e Linguística da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Doutor pelo Departamento de Letras Modernas da USP (Programa de Estudos Linguísticos, Literários e Tradutológicos em Francês), com um estágio doutoral de um ano na Université Paris-Sorbonne (Paris IV). Graduado em Filosofia pela Universidade de São Paulo e em Letras Francesas pela Université Sorbonne Nouvelle (Paris III), com proficiência em Língua Francesa. Integrante de grupos de pesquisa sobre tradução e antiguidade clássica. Tradutor profissional do francês, com ênfase em Filosofia Francesa Contemporânea.

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Publicado

2017-07-13

Como Citar

da Costa, D. P. P. (2017). O mito moderno de François Villon e a origem do argot antigo. Gragoatá, 22(42), 540-557. https://doi.org/10.22409/gragoata.v22i42.33484