As canetas corretoras e o jornalismo em tempos de redes sociais

Autores

  • Edson Dalmonte Universidade Federal da Bahia - UFBA.
  • Caio Cardoso de Queiroz Universidade Federal da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.22409/ppgmc.v12i3.27112

Palavras-chave:

Jornalismo, Paratexto, Mídia Hostil, Caneta Desmanipuladora, Caneta Desesquerdizadora

Resumo

A circulação de produções de páginas que questionam e buscam reescrever os conteúdos jornalísticos tem sido uma forma comum de contestação dos sentidos informativos em redes sociais. A partir da atuação das páginas Caneta Desmanipuladora e Desesquerdizadora como fenômeno atual das redes sociais, buscamos compreender as estratégias envolvidas nas disputas que tais páginas engendram com os demais veículos de imprensa. Compreendemos tais ocorrências por meio das noções de Paratexto e da percepção de mídia hostil e, por meio de uma análise das publicações das páginas ao longo dos primeiros oito meses de 2017 buscamos compreender como estes espaços tentam se consolidar como arenas de crítica jornalística. Os diferentes exercícios dessas críticas jornalísticas nas duas páginas ensejam questões sobre orientações políticas e suas relações com aspectos de normatividade profissional.

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Biografia do Autor

Edson Dalmonte, Universidade Federal da Bahia - UFBA.

Professor do Depto de Comunicação Social da UFBA e da Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas

Caio Cardoso de Queiroz, Universidade Federal da Bahia

Doutorando -  Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas

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Publicado

2018-12-31

Como Citar

Dalmonte, E., & de Queiroz, C. C. (2018). As canetas corretoras e o jornalismo em tempos de redes sociais. Mídia E Cotidiano, 12(3), 223-244. https://doi.org/10.22409/ppgmc.v12i3.27112