O leitor e o cotidiano na história do jornalismo

Autores

  • Leticia Cantarela Matheus Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)

DOI:

https://doi.org/10.22409/ppgmc.v1i1.9671

Resumo

O artigo apresenta uma reflexão sobre a participação do público nos processos jornalísticos a partir de uma comparação histórica. Traz exemplos empíricos de diferentes modos de interação do leitor com os principais periódicos impressos que circularam no Rio de Janeiro nas últimas três décadas do século XIX. Elabora a hipótese de que as condições para essa participação tenham sido dois fatores: a nova possibilidade tecnológica, fornecida pela ampliação da telegrafia, e a introdução dos temas do cotidiano como objetos noticiosos. O corpus da pesquisa é formado por dez periódicos que circularam entre 1870 e 1900: Jornal do Commercio, O Fluminense, Jornal do Brasil, Gazeta de Notícias, Diário do Rio de Janeiro; Gazeta da Tarde; O Paiz; A Pátria, Diário de Notícias, A Cidade do Rio.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leticia Cantarela Matheus, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj)

Professora do Departamento de Jornalismo da Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Doutora em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense.

Referências

BARBOSA, Marialva. Carlos. História Cultural da Imprensa. Brasil – 1800-1900. RJ: Mauad X, 2010.

BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas linguísticas. São Paulo: Edusp, 2008,

BRAMBILLA, Ana Maria. A reconfiguração do jornalismo através do modelo open source. Sessões do imaginário, 2005. Disponível em: www6.ufrgs.br/limc/PDFs/reconfig.pdf

BRAMBILLA, Ana Maria. Jornalismo open source em busca de credibilidade: como funciona o projeto sulcoreano OhMyNews International, São Paulo: Intercom, 2005.

HELLER, Agnes. O cotidiano e a história. São Paulo: Paz e Terra, 1992.

LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. RJ: Record, 2011.

MATHEUS, Leticia Cantarela. Comunicação, tempo, história: tecendo o cotidiano em fios jornalísticos. RJ: Mauad-X, 2011.

MATHEUS, Leticia Cantarela. O Jornalismo e o Sistema Telegráfico no Brasil no Final do Século XIX. Intercom, Fortaleza, 2012. Disponível em: http://www.intercom.org.br/sis/2012/resumos/R7-0668-1.pdf

PRIMO, Alex; TRÄSEL, Marcelo Ruschel. Webjornalismo participativo e a produção aberta de notícias. Contracampo (UFF), v. 14, p. 37-56, 2006.

PRIMO, Alex. Enfoques e desfoques no estudo da interação mediada por computador. 404NotFound, n. 45, 2005. Disponível em: www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/404nOtF0und/404_45.htm

ROCHA, Jorge; BRAMBILLA, Ana Maria. Comunicação relacional e as mediações possíveis no Jornalismo Colaborativo. Anais do VII Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo – SBPJor, São Paulo, 2009.

SCHUDSON, Michael. Descobrindo a notícia. Uma história social do jornais nos Estados Unidos. Petrópolis (RJ): Editora Vozes, 2010.

SODRÉ, Muniz. O monopólio da fala. Rio de Janeiro: Vozes, 1977.

Downloads

Publicado

2012-12-30

Como Citar

Matheus, L. C. (2012). O leitor e o cotidiano na história do jornalismo. Mídia E Cotidiano, 1(1), 44-59. https://doi.org/10.22409/ppgmc.v1i1.9671

Edição

v. 1 n. 1 (2013): Revista Eletrônica do Programa de Pós-Graduação em Mídia e Cotidiano da UFF

Seção

Artigos Seção Livre

Licença

Aviso de Direito Autoral Creative Commons


1. Política para Periódicos de Acesso Livre

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
    1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
    2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
    3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).