A Mão e a Luva: Os Festivais como Dispositivos para o World Cinema

Autores

  • Sebastião Guilherme Albano Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

DOI:

https://doi.org/10.22409/ppgmc.v9i9.9787

Palavras-chave:

Festivais, World Cinema, Cinema Comercial, Cinema mexicano.

Resumo

Neste texto tentamos traçar, seguindo o conceito de dispositivo, o arco histórico em que os festivais de cinema surgiram e se proliferaram. Para tanto, vinculamos as circunstâncias políticas de receio mútuo entre as potências europeias entre si e entre os Estados Unidos, o avanço do capitalismo transnacional e seus corolários em discursividades tais como o audiovisual, especialmente o cinema. Faremos uma exposição sumária das conjunturas políticas, econômicas e sociais a fim de nos encaminhar ao caso do México e da atual realização de cerca de oitenta festivais no país, que conta com uma das indústrias culturais mais sólidas da América Latina. Nosso fito é estabelecer um laço entre as mais diversas instituições modernas e contemporâneas que ateste seu intuito de convergência, cujo resultado é uma constante apropriação recíproca, uma dependência mesmo, de programas estéticos (retóricos e poéticos) por instâncias de ordem econômica e política.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sebastião Guilherme Albano, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Seus últimos livros são A imaginação revolucionária. Política, cinema e literatura no México (São Paulo: Annablume, 2011) e Continente e conteúdo. Mídia e sociedade na América Latina (Porto Alegre: Sulina, 2014). Este artigo foi escrito com bolsa de DGAPA, da Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), onde o autor foi pesquisador convidado em 2015 e 2016 no Instituto de Investigaciones Filológicas (IIF). sgac@ufrnet.br

Referências

AGAMBEN, Giorgio. “O que é um dispositivo?”. Trad. De Nilcéia Valdati. Ilha de Santa Catarina, segundo semestre de 2005, pp. 9-16. Disponível em https://www.rbcdh.ufsc.br/index.php/Outra/.../11743. Acesso em 01/06/2015.

ANDREW, Dudley. “Times zones and jet lag: the flows and phases of world cinema”. In: DUROVICOVA; Natasa; NEWMAN, Kathleen. World Cinemas, Transnational Perspectives. Nova York/Londres: Rutledge, 2010. P. 59-89.

APTER, Emily. Against World Literature. On the Politics of Untranslatability. Londres; Nova York: Verso, 2013.

IMCINE. Anuario estadístico de cine mexicano 2013. Ciudad de México: Secretaría de Educación Pública/Consejo Nacional para la Cultura y las Artes, 2014.

IMCINE. Anuario estadístico de cine mexicano 2014. Ciudad de México: Secretaría de Educación Pública/Consejo Nacional para la Cultura y las Artes, 2015.

CHARENSOL, Georges. “Cinéma Americain; Cinéma Européen”, Formes et Couleurs, n.6 , 1946.

DEBORD, Guy. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1998.

DELEUZE, Gilles. Conversações. Rio de Janeiro: ed. 34, 1992.

Fédération Internationale des Associations de Producteurs de Films (FIAPF) http://en.unifrance.org/directories/company/93498/fiapf-federation-internationale-des-associations-de-producteurs-de-films. Acesso em 02/05/2015.

FOLLOWS, Stephen. Film Festivals Pt 1: The Truths Behind Film Festivals. In: HYPERLINK "http://stephenfollows.com/film-festivals-pt1-the-truths-behind-film-festivals/"http://stephenfollows.com/film-festivals-pt1-the-truths-behind-film-festivals/ Acessado em 25 de junho de 2015.

KUHN, Anette; GRANT, Catherine (edts.) “Screening World Cinema.” In: Kuhn, Anette; Grant, Catherine. Screening World Cinema. A Screen Reader. Nova York; Londres: Routledge, 2006, p. 1-14.

HÉNONIN, Abel Muñóz. “Cannes y Rotterdam: paradigmas e paradojas”. Cine Toma. Revista Mexicana de Cine. Ano 5, n.25, nov-dez 2012, p.18-21.

LÓPEZ, Sergio Raúl. “El innagotable festín fílmico. Aproximación a los festivales cinematográficos”. Cine Toma. Revista Mexicana de Cine. Ano 5, n.25, nov-dez 2012, p.12.

MATHIJS, Ernest; SEXTON, Jamie. Cult Cinema. An Introduction. Massachusets/ Oxford: Blackwell, 2011.

MILLER, Toby. “National cinema abroad: The new international division of cultural labor, from production to viewing”. In: DUROVICOVA; Natasa; NEWMAN, Kathleen. World Cinemas, Transnational Perspectives. Nova York/Londres: Rutledge, 2010. P. 137 - 159.

NAGIB, Lúcia (2005). “Towards a Positive Definition of World Cinema”. In: LIM, Song Hwee; DENNISON, Stephanie (orgs). Remapping World Cinema: Identity, Culture and Politics in Film. Londres: Wallflower Press, p. 30-37.

NORIEGA, Mariana Cerrilla. “El impacto de los festivales cinematográficos en México. Ventajas culturales, sociales y económicas”. Cine Toma. Revista Mexicana de Cine. Ano 5, n.25, nov-dez 2012, p. 22- 25.

PRENDERGAST, Christopher. “World Republic of Letters”. In: PRENDERGAST, Christopher (Ed.). Debating World Literature. Londres; Nova York: Verso, 2004, p. 1-25.

RANCIÈRE, Jacques . La Mésentente – politique et philosophy. Paris: Galilée, 1995. __________________Le partage du sensible: esthétique et politique. Paris: La Fabrique éditions, 2010.

__________________ Dissensus: on politics and aesthetics. Tradução de Steven Cordoran. Londres: Continuum, 2010.

SONTAG, Susan. The Image World. In: EVANS, Jessica; HALL, Stuart. Visual Culture. The Reader. California; Londres; Nova Deli: Sage, 1999.

VALCK, Marijke. Film Festivals. From European Geopolitics to Global Cinephilia. Amsterdan: University of Amsterdan Press, 2007.

Downloads

Publicado

2016-08-12

Como Citar

Albano, S. G. (2016). A Mão e a Luva: Os Festivais como Dispositivos para o World Cinema. Mídia E Cotidiano, 9(9), 189-210. https://doi.org/10.22409/ppgmc.v9i9.9787

Edição

Seção

Artigos Seção Livre