AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA IDENTIDADE SURDA E O DIREITO AO RECONHECIMENTO

Autores

  • Márcia Vidal Nunes Universidade Federal do Ceará (UFC)
  • Marina Gomes Portela Universidade Federal do Ceará (UFC)

DOI:

https://doi.org/10.22409/ppgmc.v11i1.9813

Palavras-chave:

Comunicação, Cultura surda, Inclusão social, Representações sociais.

Resumo

Este artigo pretende contribuir com a luta pelo reconhecimento e direitos dos surdos, através de diferentes campos do saber, como a Educação, no intuito de identificar as variadas concepções sobre cultura surda e as representações sociais, buscando distintas maneiras de se fazer entender. Há momentos em que é destacada as mudanças ao longo da história, decorrentes de diferentes posturas ideológicas nos modos de pensar a comunicação bilíngue, a importância da alteridade e a inclusão social além dos direitos adquiridos. Outro ponto que será abordado, nesta pesquisa, são os Estudos Surdos, que, em Comunicação, procuram problematizar as questões antes não discutidas. Um desses temas centrais envolvem as representações hegemônicas e ouvintistas sobre as identidades surdas. Seguindo essa linha de pesquisa, devemos refletir, a fim de desvelar os limites para que sejam incorporadas novas possibilidades de comunicação, com o desígnio de melhorar as condições de relacionamento da sociedade como um todo.

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Biografia do Autor

Márcia Vidal Nunes, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Doutora e professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará. Área de concentração: Comunicação e Linguagens. Linha de Pesquisa: Mídia e Práticas Socioculturais.

Marina Gomes Portela, Universidade Federal do Ceará (UFC)

Mestre em Comunicação pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará. Área de concentração: Comunicação e Linguagens. Linha de Pesquisa: Mídia e Práticas Socioculturais.

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Publicado

2017-05-17

Como Citar

Nunes, M. V., & Portela, M. G. (2017). AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA IDENTIDADE SURDA E O DIREITO AO RECONHECIMENTO. Mídia E Cotidiano, 11(1), 88-105. https://doi.org/10.22409/ppgmc.v11i1.9813