Cartografia criativa no desafio dos limites da esfera pública

Autores

  • Isabela Frade

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.1319.87-106

Palavras-chave:

esfera pública, subjetividade, comunicação

Resumo

Ao estabelecer-se como vivência socialmente dimensionada, a arte faz convergir referenciais constituintes de um espaço comum. Atua como dispositivo deflagrador de um campo de trocas, lugar da remodelagem do próprio corpo social. Reversivamente, em sua permanência e dispersão, o evento particular se torna registro em um campo politicamente orientado, território de poder e discriminação. Consiste, assim, também no que se deixa demarcar pelo arco institucional. Especialmente focadas, as obras de Oiticica, Clark e Beuys deflagram reflexão sobre a paradoxal condição do artista como agente constituinte da esfera pública. São investigados os desígnios da arte pública que, na ultrapassagem dos limites instaurados, requalifica a presença humana no espaço urbano. Atuando na pesquisa participante e compondo rede de atores diversificada, suas investidas produzem um campo de saberes hibridizados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ASBURY, Michael. O Hélio não tinha Ginga. In: BRAGA, P. A Arte de Hélio Oiticica. São Paulo: Perspectiva, 2008.

BRETT, Guy. Brasil Experimental – arte/vida: proposições e paradoxos. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2005.

CATTANI, I. B. Arte Contemporânea: o lugar da pesquisa. In: O Meio como Ponto Zero- metodologia da pesquisa em artes plásticas. Brasília: Editora da UFRGS, 2002.

DELEUZE, Gilles. A Dobra. Campinas: Papirus, 2005.

COIMBRA, Eduardo e BASBAUM, Ricardo. Tornando visível a arte contemporânea In: Arte Contemporânea Brasileira. Rio de Janeiro: Marca D’Água, 2001, p. 345-349.

FAVARETTO, Celso. Inconformismo Estético, Inconformismo Social, Hélio Oticica. In: BRAGA, P. A Arte de Hélio Oiticica. São Paulo: Perspectiva, 2008.

FREIRE, Cristina. Contexturas: Sobre artistas e antropólogos in Catálogo da 26ª Bienal de Arte de São Paulo. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2006.

FRANGE, Lucimar Bello. Cidades desenhantes, um desnorte. In: Anais XIX ANPAP. Cachoeira: UFBA, 2010 (p.1439-1452).

FOSTER, Hal. O Artista como Etnógrafo. Revista Arte & Ensaios, ano XII n. 12, Rio de Janeiro, UFRJ, 2005.

GUATTARI, Félix. Caosmose – um novo paradigma estético. Rio de Janeiro: Editora 34, 1992.

GROSENICK, Uta. Women Artists – femmes artistes du XXè et XXIè siècle. Paris: Tasken, 2003.

ILDEFONSO, Élder. A arte pública e o corpo despossuído de território no processo de urbanização. In: Anais do I Encontro de Pesquisadores de Pós-Graduação em Artes do Rio de Janeiro, [Des]limites da arte: reencantamentos, impurezas e multiplicidades. Rio de Janeiro: UERJ, UFRJ e UFF, 2010.

KINCELER, José Luiz. Horta Vertical-Saber: uma plataforma de desejos compartilhados em arte pública. In Anais do XX ANPAP. Rio de Janeiro: UERJ, 2011, p.3727-3740.

LANHADO, Lisete. No amor e na Adversidade. In: Catálogo da 26ª Bienal de Arte de São Paulo. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2006.

LIMA, Marisa Alvarez. Marginália, arte e cultura na idade da pedrada. RJ: Aeroplano [Fragmentos] 2002. Disponível em: <http://www.febf.uerj.br/tropicalia/tropicalia_oiticica.htm>. Acesso em: 08/03/2012

MASSON, Michel e QUINTELLA, Ivvy. Amplos Circuitos – a obra fora do museu. In: Anais do II Seminário Internacional sobre Arte Público em Latinoamérica. Belo Horizonte: C/ Arte, 2011.

OITICICA, Helio. Aspiro ao Grande Labirinto. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1986.

OLIVEIRA, Luiz Sérgio de. O Despejo do Artista. Revista Concinnitas, n. 19, Rio de Janeiro, UERJ, 2011.

RANCIÈRE, J. A Partilha do Sensível. São Paulo: Editora 34, 2005.

RIVERA, Tania. A Excrita de Hélio Oiticica. Revista Poiesis, n. 17, Niterói, UFF, 2011.

SILVA, Fernando Pedro. Arte Pública – diálogo com as comunidades. Belo Horizonte: Editora C/Arte, 2005.

ZIMERMAN, Giovana e SANTOS, Cesar. Arte Pública em Florianópolis: A Praça XV como um microterritório. In: Anais do II Seminário Internacional sobre Arte Público em Latinoamérica. Belo Horizonte: C/ Arte, 2011.

Downloads

Como Citar

Frade, I. (2018). Cartografia criativa no desafio dos limites da esfera pública. REVISTA POIÉSIS, 13(19), 87-106. https://doi.org/10.22409/poiesis.1319.87-106