Os Silva, a floresta

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/poiesis.2033.85-104

Palavras-chave:

selva, Silva, floresta, fronteira, arte contemporânea

Resumo

O artigo procura refletir sobre a ideia de floresta na construção de uma possível identidade brasileira a partir dos trabalhos da autora produzidos para a exposição Selva, montada em Brasília e em Rio Branco em 2018. O pro-jeto foi contemplado com o Prêmio Funarte Conexão Circulação Artes Visuais – Atos Visuais Funarte Brasília/Acre. Em companhia dos trabalhos de Carla Gua-gliardi, João Modé e Rochelle Costi, Analu Cunha produziu duas videoinstala-ções em que aborda as relações semânticas e simbólicas entre os termos selva e silvo – em Silva, serpente, 2018 –, e entre a ideia de hospitalidade e o bu-gio, macaco da família de primatas mais presente em território nacional – em Guariba, guarida, 2018. Do latim silva, um dos sobrenomes mais comuns no país, a palavra selva flui subjacente em nossa “brasilidade”, pontuando o sel-vagem em brasa adormecido em berço esplêndido. Diante das perplexidades complexas que nos cercam, como pensar a emergência dessa selva (mal) re-calcada?

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Biografia do Autor

Analu Cunha, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil

Analu Cunha é artista, doutora em Linguagens Visuais (PPGAV/UFRJ), professora adjunta do Instituto de Artes da UERJ, da EAV/Parque Lage e atual coordenadora de exposições das galerias da UERJ. Trabalha como artista visual, curadora e pesquisadora, com ênfase nas interfaces entre os elementos constitutivos do audiovisual.

Referências

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Como Citar

Cunha, A. (2019). Os Silva, a floresta. REVISTA POIÉSIS, 20(33), 85-104. https://doi.org/10.22409/poiesis.2033.85-104