Pornô Cultural: da concepção pornográfica como Indústria Cultural ao movimento Feminista Pornô

Autores

  • Flávia Lages Castro Universidade Federal Fluminense, Instituto de Arte e Comunicação Social, Departamento de Arte, Curso de Produção Cultural. Programa de Pós Graduação em Cultura e Territorialidades UFF https://orcid.org/0000-0002-8182-5201
  • Juliana Crespo Mestranda do Curso de Cultura e Territorialidades da UFF

DOI:

https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v0i15.27266

Resumo

Este artigo pretende discutir a sexualidade como campo e suas disputas, abordando a categoria pornografia para entendimento de sua configuração como fenômeno social. Perpassando pela construção epistêmica de seu termo ao longo dos séculos através do olhar da sociedade Ocidental. Além disso, pretende destrinchar, principalmente, suas especificidades ao decorrer das décadas do século XX, quando se atrela à Indústria Cultural e seus desvios, sobretudo, com a pulsão do movimento feminista pornô nas artes na primeira década do século XXI, que de certa forma redimensionam o caráter comercial da pornografia e atuam como manifestação política de empoderamento e emancipação da mulher.

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Biografia do Autor

Flávia Lages Castro, Universidade Federal Fluminense, Instituto de Arte e Comunicação Social, Departamento de Arte, Curso de Produção Cultural. Programa de Pós Graduação em Cultura e Territorialidades UFF

Doutora em Sociologia e Direito pela Universidade Federal Fluminense. Mestre em História Social. Professora do Departamento de Artes da UFF. Professora do Programa de Pós Graduação em Cultura e Territorialidades

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Publicado

2018-11-12

Como Citar

Castro, F. L., & Crespo, J. (2018). Pornô Cultural: da concepção pornográfica como Indústria Cultural ao movimento Feminista Pornô. PragMATIZES - Revista Latino-Americana De Estudos Em Cultura, (15), 90-104. https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v0i15.27266

Edição

Seção

Artigos (em Fluxo Contínuo)