Conhecimento sobre leishmaniose visceral canina na população do Município de Cotia (SP), Brasil, e participação dos clínicos veterinários locais na propagação de medidas preventivas

Autores

  • Eduardo Bondan Universidade Paulista, São Paulo, Brasil
  • Thaiana Camargo

Palavras-chave:

cães, conhecimento, Cotia, epidemiologia, leishmaniose visceral

Resumo

A leishmaniose visceral (LV) ou leishmaniose visceral americana, uma zoonose inicialmente associada a áreas rurais, encontra-se em franca expansão no Estado de São Paulo. Em direção às regiões metropolitanas da capital paulista desde os primeiros casos autóctones em cães notificados em 1998, com consequente aumento na população humana, a doença vem se constituindo em importante preocupação para a saúde pública no estado. Nesse contexto, o presente estudo objetivou analisar, por meio da aplicação de questionários, o conhecimento da população do município de Cotia (SP), Brasil, sobre a LV, bem como dos clínicos veterinários do município e sua participação no repasse de informações sobre a prevenção da mesma. Dos 860 munícipes entrevistados, 98,6% afirmaram não ter conhecimento prévio da LV. Observou-se ainda, em relação a este conhecimento, associação estatisticamente significante entre o grupo de proprietários com renda familiar maior que 6 salários mínimos, quando comparado ao grupo com renda de até 3 salários mínimos. Observaram-se 98,6 % de respostas para o desconhecimento da forma de transmissão da LV. Nenhum método de prevenção no cão era adotado por 99,2% dos entrevistados e 99,8% dos proprietários de cães nunca tinham ouvido falar sobre a vacina canina contra a LV. O inquérito demonstrou que os principais sinais clínicos da LV canina eram conhecidos por 37,5% dos veterinários entrevistados e que 62,5% destes faziam orientação sobre a prevenção da LV a todos os seus clientes.

 

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Publicado

2015-04-16

Edição

Seção

Medicina Veterinária Preventiva