Surto de botulismo tipo C em aves domésticas no semiárido do Nordeste, Brasil

Autores

  • Roberio Gomes Olinda Laboratório de Patologia Animal - LPA Universidade Federal de Campina Grande
  • Rayr Cezar Souza Gois UFERSA
  • Rodrigo Otávio Silveira Silva UFMG
  • Rogério Pinheiro Caldas MAPA
  • Francisco Carlos Faria Lobato UFMG
  • Jael Soares Batista UFERSA

Palavras-chave:

Botulismo aviário, toxina botulínica, Clostridium botulinum

Resumo

O presente estudo tem como objetivo relatar um surto de botulismo tipo C em galinhas (Gallus gallus domesticus), patos (Anasplatyrhynchos) e em galinhas-d’-angola (Numida meleagris) criadas no semiárido do Rio Grande do Norte, Brasil. As aves incluídasneste estudo foram oriundas de um criatório com 80 animais, sendo 48 galinhas, 12 patos e 20 galinhas-d’angola. Os animaisapresentaram paralisia flácida simétrica das patas, asas, pescoço e pálpebras, desprendimento de penas e dispneia. Vinte e quatrohoras após início dos sinais clínicos constatou-se a mortalidade de 30 aves (37,5%). Após 48 horas, os 50 animais restantes tambémapresentaram sinais clínicos similares e vieram a óbito. Três aves com sinais clínicos de botulismo foram enviadas ao Laboratóriode Patologia Veterinária da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, onde coletou-se sangue e realizou-se necropsia seguidade avaliação anatomopatológica. Não foram observadas lesões macro e microscópicas nos órgãos da cavidade celomática eencéfalo. As alíquotas de soro foram encaminhadas para o Setor de Clostridioses do Laboratório Nacional Agropecuário de MinasGerais (LANAGRO-MG) para pesquisa da toxina botulínica por soroneutralização em camundongos, que resultou na detecçãoda toxina botulínica tipo C. Este é o primeiro relato de botulismo em aves na região Nordeste do Brasil, e a primeira descrição dadoença em galinhas d’Angola.

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Biografia do Autor

Roberio Gomes Olinda, Laboratório de Patologia Animal - LPA Universidade Federal de Campina Grande

Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com enfase em anatomia patológica, em rotina de diagnóstico patológico, incluindo exames de necropsias e histopatológicos, em doenças de suínos, ruminantes, equinos, cães, gatos e de animais selvagens.

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Publicado

2016-01-10

Edição

Seção

Patologia e Análises Clínica Veterinária