Plantas com potencial medicinal e tóxico em comunidade atendida pelo Ambulatório Veterinário-UFPel

Autores

  • Claudia Giordani Universidade Federal de Pelotas
  • Caroline Bohnen de Matos Universidade Federal de Pelotas
  • Karina Affeldt Guterres Universidade Federal de Pelotas
  • Cristine Cioato da Silva Universidade Federal de Pelotas
  • Rosema Santin Autônoma
  • Luiz Filipe Damé Schuch Universidade Federal de Pelotas
  • Marlete Brum Cleff Universidade Federal de Pelotas

Palavras-chave:

animais, espécies vegetais, veterinária

Resumo

O objetivo deste trabalho foi identificar plantas utilizadas como medicinais e aquelas com potencial tóxico localizadas no bairro Simões Lopes, Padre Réus e Porto em Pelotas-RS. Durante um ano foram entrevistados 111 proprietários de animais atendidos no Ambulatório Veterinário-Universidade Federal de Pelotas, com o propósito de avaliar o conhecimento, cultivo, utilização e forma de obtenção das plantas medicinais, faixa etária e o sexo das pessoas, número de animais nas residências e resultados do uso de plantas nos animais. Após investigação inicial, realizou-se visitas na comunidade com intuito de fotografar e coletar amostras das plantas para identificação botânica. Foram listadas 74 plantas com fins medicinais, principalmente das famílias Asteraceae e Lamiaceae, usadas em minoria nos animais. As principais indicações de uso foram para o sistema digestório e tegumentar, seguido do musculoesquelético e respiratório, sob forma de infusão e decocto. Grande parte dos entrevistados desconhecia os efeitos adversos do uso inadequado de plantas medicinais, e espécies diferentes eram conhecidas com o mesmo nome popular, podendo resultar em toxicidade, dosagens errôneas e ações desconhecidas. Em relação ao cultivo e utilização das plantas medicinais, predominava em pessoas com idade média de 41,2 anos, que obtiveram o conhecimento principalmente de pais e avós. As plantas com potencial tóxico encontradas pertenciam às famílias Araceae, Euphorbiaceae e Araliaceae, totalizando 20 espécies, porém, apenas seis foram citadas como tóxicas pelos entrevistados. Assim, observou-se a existência e uso de muitas plantas medicinais, além da presença de espécies potencialmente tóxicas na região, sendo imprescindível ressaltar, com embasamento científico, possíveis benefícios e riscos da administração em animais.

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Biografia do Autor

Claudia Giordani, Universidade Federal de Pelotas

Graduação em Medicina Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (2010); Especialização em Radiodiagnóstico Veterinário - Universidade Federal de Pelotas (2011); Mestre em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (2013); Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (Atual)

Caroline Bohnen de Matos, Universidade Federal de Pelotas

Graduação em Medicina Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (2011); Mestre em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (2014); Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (Atual).

Karina Affeldt Guterres, Universidade Federal de Pelotas

Graduação em Medicina Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (2010); Especialização em Clínica Médica em Animais de Companhia - Universidade Federal de Pelotas (2013); Mestre em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (2014); Doutoranda pelo Programa de Pós-graduação em Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (Atual)

Cristine Cioato da Silva, Universidade Federal de Pelotas

Graduação em Medicina Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (2011); Especialização em Clínica Médica em Animais de Companhia - Universidade Federal de Pelotas (2014); Mestranda em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (Atual)

Rosema Santin, Autônoma

Graduação em Medicina Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (2007); Mestrado em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (2009); Professora temporária do Departamento de Clínicas Veterinárias - Faculdade de Veterinária -Universidade Federal de Pelotas (2012-2013); Doutorado em Ciências Veterinárias pelo Programa de Pós-graduação em Veterinária - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2013); Professora horista - Faculdade de Veterinária - Instituto de Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai (2013).

Luiz Filipe Damé Schuch, Universidade Federal de Pelotas

Graduação em Medicina Veterinária - Universidade Federal de Pelotas; Mestrado em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (1996) ; Doutorado em Ciências Veterinárias pelo Programa de Pós-graduação em Veterinária - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2008). Atualmente é professor adjunto da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas.

Marlete Brum Cleff, Universidade Federal de Pelotas

Graduação em Medicina Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (1998); Especialização em Homeopatia pela Faculdade de Ciências da Saúde (FACIS) de São Paulo (2002); Mestrado em Ciências pelo Programa de Pós-graduação em Veterinária - Universidade Federal de Pelotas (2003); Especialização em Produtos Naturais - Universidade Federal de Pelotas (2005); Doutorado em Ciências Veterinárias pelo Programa de Pós-graduação em Veterinária - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2008). Atualmente é professora adjunta do Departamento de Clínicas Veterinárias junto a Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas.

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Publicado

2017-03-29

Edição

Seção

Clínica Médica e Cirúrgica