Perfil de susceptibilidade antimicrobiana e identificação de patotipos diarreiogênicos entre amostras de Escherichia coli isoladas de alimentos

Autores

  • Leandro Leão Faúla Fundação Ezequiel Dias
  • Mônica Maria Oliveira Pinho Cerqueira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Paula Prazeres Magalhães Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Escherichia coli diarreiogênica, susceptibilidade antimicrobiana

Resumo

O presente estudo objetivou avaliar o perfil de susceptibilidade antimicrobiana e a   ocorrência de patotipos diarreiogênicos (E. coli entoropatogênica/EPEC, E. coli enterotoxigênica/ETEC, E. coli produtora de shiga toxina/STEC, E. coli enteroinvasiva/EIEC e E. coli enteroagregativa/EAEC) em amostras  de Escherichia coli, isoladas de diversos alimentos destinados ao consumo humano e naqueles envolvidos em surtos de Doença de Transmissão Alimentar (DTA), em Minas Gerais, Brasil.  O perfil de susceptibilidade antimicrobiana das amostras de E. coli foi avaliado por meio da técnica de Concentração Mínima Inibitória e os patotipos de E. coli diarreiogênica pela Reação em Cadeia de Polimerase, utilizando-se os marcadores de virulência eae, bfpA, eltB, estA, st1, stx1, stx2, ipaH e aatA. Dentre as 220 amostras de E. coli analisadas, 60 (27,3%) apresentaram-se resistentes ou com resistência intermediária. Entre estas, oito (13,3%) foram consideradas multirresistentes. Os fármacos amicacina e gentamicina foram os mais eficazes, diferentemente da ampicilina, que apresentou o maior percentual de amostras resistentes (10,9%). Não foram identificados os patotipos de EPEC, STEC, EIEC e EAEC. Duas amostras de E. coli (0,9%), isoladas de um salgado (pão de queijo) e de uma refeição mista (galinhada), foram classificadas como ETEC. Ambas albergavam os marcadores de virulência eltB, estA e st1. Estas foram caracterizadas como pertencentes sorotipos O9:H10 e O9:H33. Conclui-se que entre as amostras de E. coli, isoladas de alimentos destinados ao consumo humano em Minas Gerais e naqueles envolvidos em surtos de DTA, existem de amostras consideradas multirresistentes e diarreiogênica.

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Biografia do Autor

Leandro Leão Faúla, Fundação Ezequiel Dias

É graduado em Medicina Veterinária pela UFMG (2006), especialista em Higiene e Inspeção de Produtos de Origem Animal e Vigilância Sanitária de Alimentos pela UNIP (2009) e mestre em Ciência Animal pela UFMG (2016). Desde de 2007 é Servidor Público na Fundação Ezequiel Dias onde ocupa o cargo de Analista e Pesquisador de Saúde e Tecnologia no Serviço de Microbiologia de Produtos, desenvolvendo atividades relacionadas a análises microbiológicas de alimentos e águas. Tem experiência com o Sistema de Gestão da Qualidade Laboratorial (ISO 17025:2005) e como Auditor técnico em microbiologia, consoante aos requisitos do ISO 17025.

Mônica Maria Oliveira Pinho Cerqueira, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais (1984), Mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Federal de Minas Gerais (1988) e Doutora em Ciência Animal pela Universidade Federal de Minas Gerais (2000). Atualmente é Professora Associado da Universidade Federal de Minas Gerais e Coordenadora Geral do Laboratório de Análise da Qualidade do Leite (LabUFMG), um dos laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e que compõem a Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite (RBQL). Tem experiência na área de Medicina Veterinária, com ênfase em Qualidade de Leite e Derivados, Microbiologia de Leite e derivados, Doenças transmissíveis por leite e derivados, atuando principalmente nos seguintes temas: qualidade, leite, leite cru, microbiologia e inspeção de leite e derivados. Orienta estudantes de Mestrado e Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais.

Paula Prazeres Magalhães, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (1986), mestrado em Ciências Biológicas (Microbiologia) pela Universidade Federal de Minas Gerais (1990) e doutorado em Ciências (Microbiologia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2001). Atualmente é professor associado da Universidade Federal de Minas Gerais. É orientadora de mestrado e doutorado do Programa de Pós-graduação em Microbiologia da UFMG. Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Bacteriologia.

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Publicado

2017-10-17

Edição

Seção

Tecnologia e Inspeção de Produtos de Origem Animal