Do pensamento à práxis: Fernando Henrique Cardoso, diplomata

Autores

  • Enrique Carlos Natalino

DOI:

https://doi.org/10.22409/rep.v6i12.39799

Palavras-chave:

institucionalismo histórico, análise de política externa, pensamento internacional, globalização, Fernando Henrique Cardoso.

Resumo

O artigo busca investigar o papel das ideias de Fernando Henrique Cardoso acerca da globalização na escolha das diretrizes diplomáticas durante a sua atuação como Ministro das Relações Exteriores (1992-1993) e Presidente da República (1995-2002). Valendo-se da abordagem institucionalista-histórica de Skopcol (1979) e Gourevitch (1986) acerca da influência de fatores ideológicos na definição de escolhas políticas e de Hermann (1980) sobre o papel das lideranças nas opções de política externa dos Estados, o trabalho procura analisar os comportamentos, as preferências, os objetivos e os cálculos estratégicos na condução da inserção internacional do Brasil pós-Guerra fria. As opções de Fernando Henrique Cardoso de reforçar o alinhamento do Brasil com os países desenvolvidos, melhorar a relação com os mercados globais, renovar as credenciais em temas como meio ambiente e ampliar as possibilidades de ação do país no âmbito regional nortearam a sua diplomacia presidencial, secundada por auxiliares capazes de interpretar, vocalizar, reforçar e implementar as suas escolhas externas. Dessa forma, a relação entre pensamento e práxis internacional, permeada por instituições capazes de balizar historicamente os objetivos, as metas, as alianças, as coalizões e as estratégias dos atores políticos, revelase de grande importância para a compreensão dos dilemas da política externa brasileira naquele período de acelerada transformação. A diplomacia presidencial dos anos FHC, espelhando os movimentos concomitantes de modernização do Estado e de abertura econômica do Brasil, reveste-se de relevância para aprofundamento acadêmico nas subáreas de Análise de Política Externa e Pensamento Internacional na seara da Ciência Política.

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Publicado

2019-12-10

Edição

Seção

Dossiê Cultura e Política