FATORES ASSOCIADOS AO CADASTRAMENTO E FREQUÊNCIA DE VISITAS DOMICILIARES DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
Resumo
A Estratégia Saúde da Família (ESF) busca reorganizar a atenção básica de saúde no Brasil, por meio de ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, sendo a família o centro de atenção. Este trabalho visa avaliar a associação entre as características sociodemográficas e de saúde dos moradores e o desfecho de cadastramento e frequência de visitas domiciliares das equipes da ESF, no Brasil. Foi conduzido um estudo transversal, com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013. Foram consideradas três categorias para o desfecho de cadastramento e visita domiciliar: 1) cadastrado com no máximo uma visita; 2) cadastrado com pelo menos duas visitas; e 3) não cadastrado na ESF. Usando modelo logístico multinomial, considerando o plano amostral complexo da PNS, foram obtidas as razões de chances ajustadas, os seus intervalos de 95% de confiança e p-valores do teste de Wald. De modo geral, para ambas as equações, observou-se maior chance de cadastramento na ESF para os domicílios na região Nordeste versus Sudeste, os situados em áreas rurais, e aqueles com esgotamento sanitário e densidade habitacional inadequados. Domicílios com mais de 75% a 100% de moradores com autoavaliação de saúde negativa apresentaram maior chance de cadastramento na ESF, comparativamente aqueles com até 25% de moradores com saúde negativa. Conclui-se que a ESF prioriza as visitas domiciliares para as famílias com condições inadequadas de moradia, em termos de esgotamento sanitário e densidade habitacional, e para os domicílios com elevado percentual de moradores com condições de saúde autorreferida negativaDownloads
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Publicado
2024-04-08
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Artigo Simples
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Copyright (c) 2024 Tatiana Souza Martins, José Rodrigo de Moraes
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