arte :lugar :cidade https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade <p><strong>arte :lugar :cidade</strong> é uma publicação científica semestral, avaliada por pares, dedicada às investigações em torno das práticas de arte nos espaços públicos. </p> <p><strong>ISSN 2966-0491</strong></p> UFF | Unicamp | UnB | UFES | USP-SC pt-BR arte :lugar :cidade 2966-0491 Capa | Créditos da edição https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/65169 Editoras - Editores Copyright (c) 2024 Editoras - Editores https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 Arte-Infraestrutura-Meio ambiente [apresentação do dossiê] https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/65120 <p>Sem resumo.</p> David Sperling Ana Carolina Tonetti Ruy Sardinha Lopes Copyright (c) 2024 David Sperling, Ana Carolina Tonetti, Ruy Sardinha Lopes https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 16 22 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.65120 Seeds of Change: Nova York, uma botânica da colonização, 2017-2018 https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/65121 <p>O texto explora criticamente os processos pelos quais plantas não nativas, em sua maioria europeias, foram introduzidas na Costa Leste dos EUA – especialmente Nova York e Nova Jersey –, através do lastro de navios, transformando o ecossistema local. Destaca o impacto do colonialismo na transformação da flora e da topografia da região, enfatizando a relação entre a exploração de recursos e a violência ambiental e social. Alves defende que o solo e as plantas de Nova York testemunham o passado colonial e aponta para a necessidade de reconhecer essas paisagens como produto da violência colonial.</p> Maria Thereza Alves David Sperling Copyright (c) 2024 Maria Thereza Alves , David Sperling https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 23 45 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.65121 Germinar contramapas: Seeds of Change e as perspectivas críticas de Maria Thereza Alves sobre deslocamento e pertencimento [entrevista] https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/65122 <p>Entrevista de Maria Thereza Alves por David Sperling e Ana Carolina Bezerra, realizada de forma remota entre Nápoles e São Carlos, em 1 de agosto de 2024.</p> Maria Thereza Alves David Sperling Ana Carolina Bezerra Copyright (c) 2024 Maria Thereza Alves , David Sperling, Ana Carolina Bezerra https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 46 71 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.65122 Spurensicherung - Reter traços. O chão urbano como arquivo de ecologias reparadoras https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/65124 <p>Este artigo se baseia na tradição artística alemã de <em>Spurensicherung</em>/“reter traços” para explorar como novas formas de cura, de reparo e de reparação emergem do espaço urbano e, em particular, dos seus chãos, ao mesmo tempo orgânicos e construídos, elementares e poluídos. A primeira parte do artigo expõe como como os “solos de entulho” (<em>rubble soils</em>) da Berlim pós-guerra, a partir dos anos 1970, geraram novas alianças entre artistas e cientistas de solo que contradiziam imaginários de “pureza elementar” e de “renaturalização”, apresentando assim os solos urbanos como arquivos perturbadores. Passa-se então para a atual São Paulo para argumentar que novos movimentos ecopolíticos, que traçam os chãos urbanos em busca dos seus rios escondidos e comunidades ribeirinhas urbanas, não estão simplesmente “evidenciando”, mas produzindo coletividades humano-materiais de testemunhas que decretam múltiplos passados, presentes e futuros para reivindicar justiça ambiental e novas formas de reparação.</p> Laura Kemmer Copyright (c) 2024 Laura Kemmer https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 72 100 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.65124 Fluxo Colonizador: a estética do poder hídrico e assemblage pós-cinética na bacia do Orinoco https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/65130 <p>Mesmo em meio ao crescente aumento da instabilidade climática, a fé em megaprojetos hidrelétricos continua em todo o mundo. Essa situação exige uma revisão das relações entre humanos e a natureza historicamente entrelaçados nessas infraestruturas. Este artigo explora a infraestrutura hidrelétrica como "veículos semióticos e estéticos concretos" (Larkin) dos discursos desenvolvimentistas e das estruturas materiais que enredam humanos e não humanos. Eu retraço essas relações por meio das concepções históricas e modernas do Rio Orinoco como uma fonte a ser colonizada. Analiso as valências estéticas e discursivas da infraestrutura hidrelétrica e das obras de arte em escala industrial construídas ali em meados do século XX, ligando-as às narrativas nacionais de industrialização. Ao considerar as interrupções recentes na produção hidrelétrica à luz do pensamento novo materialista, reformulo a hidreletricidade venezuelana como um assemblage moldado pelas façanhas humanas de engenharia e arte, e pela "matéria vibrante" (Bennett) dos actantes não-humanos.</p> Lisa Blackmore Ana Carolina Tonetti Copyright (c) 2024 Lisa Blackmore; Ana Carolina Tonetti https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 101 127 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.65130 Amarelo-Ouro, 2024 https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/65131 <p>Em julho de 2019, um assalto no Aeroporto Internacional de Guarulhos resultou no roubo de 720 kg de ouro, com destino aos EUA e Canadá. No mesmo mês, a Terra Indígena Waiãpi foi invadida, levando ao assassinato do cacique Emyra. O governo Bolsonaro, que havia recentemente autorizado o garimpo em terras indígenas, minimizou o ocorrido. Esses incidentes introduzem uma reflexão sobre a contínua e institucionalizada expropriação da vida e da terra no Brasil, reforçando um modelo desenvolvimentista e extrativista, que se mistura hoje com novas infraestruturas tecnológicas, dando sequência à dominação colonial. O artigo dialoga com o trabalho de artistas que criticam esses sistemas, propondo formas outras de reimaginar o território brasileiro.</p> Cláudio Bueno Copyright (c) 2024 Cláudio Bueno https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 128 144 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.65131 Ruínas do Atlântico Sul: um exercício poético-crítico sobre a história material da cidade, violência racial e a recusa do fim https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/65132 <p>Ao investigar criativa e criticamente o acesso à terra e o impacto das arquiteturas coloniais e estrangeiras no Brasil durante os séculos XIX e XX, o texto os conecta a eventos históricos e ideologias raciais da época. Mobilizada pela ideia de "herança existencial", da historiadora Beatriz Nascimento, a investigação traça um percurso performativo e ritualístico que tem como ponto de partida o Oceano Atlântico, seguindo um trajeto que toma lugar no estado do Espírito Santo, mais precisamente nos entornos do rio Santa Maria, alcançando o trecho entre a capital Vitória e a cidade de Santa Leopoldina. Utilizando-se de diferentes linguagens, mídias e suportes, a proposta é tramada a partir de documentos históricos, acervos familiares, referências intelectuais do campo dos estudos negros e disciplinas espaciais.</p> Gabriela Leandro Pereira Mariana Leandro Pereira Copyright (c) 2024 Gabriela Leandro Pereira, Mariana Leandro Pereira https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 145 167 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.65132 Uma arte para o encanto-espanto https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/65133 <p>Este artigo parte da análise da série fotográfica da artista visual Uýra Sodoma, intitulada <em>Mil (quase) mortos</em>, e faz referência a outras performances que compõem sua obra. Escrito por uma professora paraense de arquitetura e urbanismo, sediada hoje na Paulicéia, teve o propósito científico, legítimo, de homenagear a <em>drag queen </em>conterrânea que a tem ajudado, sem saber, a aludir à vida na Região Amazônica, tendo como suporte a proposta crítico-estético-política de Uýra, que apresenta o tema da duração da vida na região de forma inédita, ampla, disruptiva. Trata das condições de vida nas cidades da região debatendo a ecologia nas cidades e florestas do norte do Brasil.</p> Karina Oliveira Leitão Copyright (c) 2024 Karina Oliveira Leitão https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 168 177 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.65133 A paisagem desta capital apodrece https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/63663 <p><span style="font-weight: 400;"><strong>A paisagem desta capital apodrece</strong> é um cartaz-letreiro em fotocópia publicado em 2022 pela edicoes agua para cavalos. O trabalho foi elaborado com um fragmento gráfico do livro "Me segura qu'eu vou dar um troço" (1972) de Waly Salomão, que, na verdade, é uma frase do romance "Serafim Ponte Grande" (1933) de Oswald de Andrade. </span><span style="font-weight: 400;">Apresentado como intervenção urbana, o cartaz cria pontuações discursivas na paisagem que buscam introduzir novas camadas de significado para a leitura crítica do lugar e do contexto territorial em que cada letreiro é inserido.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">O cartaz-letreiro já foi veiculado no Eixo Monumental de Brasília, capital do Brasil, e em Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, João Pessoa e Natal. A proposta é apresentá-lo em todas as atuais 27 capitais dos estados brasileiros e em cidades que já foram capitais, como Piratini/RS, capital da efêmera República Rio-Grandense; Cachoeira/BA, </span><span style="font-weight: 400;">Sede do Governo Provisório do </span><span style="font-weight: 400;">Brasil</span><span style="font-weight: 400;"> em dois momentos do século 19; e Niterói/RJ, capital fluminense entre 1834 e 1894 e entre 1903 e 1975.</span></p> <p><span style="font-weight: 400;">edicoes agua para cavalos é um projeto editorial desenvolvido pelos artistas visuais Diego Passos e Juliano Ventura desde 2014 em Florianópolis/SC. Sua produção, pensada a partir de táticas de reprodução e autopublicação, envolve o uso da fotocópia e da serigrafia e abrange cartazes, livretos, panfletos, camisetas entre outros meios. Algumas das publicações são veiculadas no espaço público como pontuações em muros, paredes, placas, paradas de ônibus, pedestais, tapumes e vitrines cidades afora.</span></p> <p> </p> <p> </p> Juliano Menegaes Ventura Diego Passos Amaral Copyright (c) 2024 Juliano Menegaes Ventura, Diego Passos Amaral https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 215 229 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.63663 entretanto, olho o chão de Lisboa https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/63638 <p>Ensaio de fotos feitas em junho de 2024 durante residência artística em Lisboa. A residência foi realizada a convite da Fogo Posto Associação (Portugal) e financiada com recursos do programa Funarte Mobilidade.</p> Jonatas Olier Araújo da Silva Copyright (c) 2024 Jonatas Olier Araújo da Silva https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 231 243 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.63638 O coletivo Manifesto Crespo e as potencialidades das intervenções antirracistas na cidade de São Paulo https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/63659 <p>O principal objetivo da entrevista é apresentar o coletivo Manifesto Crespo de maneira abrangente, mostrando como as produções do coletivo podem ser lidas como trabalhos que se relacionam às interfaces e potencialidades crítico-epistêmicas da Arte enquanto instrumento de subversão, renovação e reinvenção constante, e que possibilitam a produção de narrativas e projetos de mundo diversos, oportunizando uma mudança macro e micropolítica, além do grande potencial de subjetivação relacionado às intervenções produzidas no espaço público, mas também, e de maneira basilar, a produção que é realizada de maneira comunitária. O foco de interesse e convergência da entrevista são as práticas de arte nos espaços públicos, demonstrando que nestes gestos criativos e ativistas, e sobretudo, pautados em uma produção comunitária, o coletivo inverte o sentido colonial das práticas de apropriação (que foram e são utilizadas pelo pensamento hegemônico, eurocêntrico, eugenista, cisheteronormartivo, entre outros) e reinventam suas próprias formas de reapropriação a partir da sua potencialidade de produção artística.</p> Debora Visini Copyright (c) 2024 Debora Visini https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 201 213 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.63659 Editorial https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/65157 Luiz Sérgio de Oliveira Copyright (c) 2024 Luiz Sérgio de Oliveira https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 9 15 Manifesto Paulistano https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/63660 <p><span class="TextRun SCXW240987647 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW240987647 BCX0">Resenha do desfile <em>Capítulo 4, Versículo 3 - Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano</em> da Escola de Samba Vai-Vai no Sambódromo do Anhembi no carnaval de 2024, assinado pelo carnavalesco Sidnei França, acerca das relações entre o <em>hip-hop</em>, as ruas da cidade de São Paulo e Exu.</span></span></p> Leandro de Santana Silva Copyright (c) 2024 Leandro de Santana Silva https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 304 313 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.63660 Diálogos entre forma e espaço através dos Objetos Ativos de Willys de Castro https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/65033 <p>Resenha do catálogo da exposição <em>Willys de Castro: Lado a lado</em>, realizada pelo Instituto de Arte Contemporânea (IAC) em parceria com o Museu de Belas Artes de São Paulo (MUBA) em 2016. A exposição reuniu, de maneira inédita, obras da série <em>Objetos Ativos</em> (1959-1962), de Willys de Castro. A resenha apresenta brevemente a trajetória do artista e o conceito de seus <em>Objetos Ativos</em> e também a estruturação geral desta publicação, na forma de catálogo, discutindo aspectos de sua diagramação e dos conteúdos expostos, baseados, em grande termo, na análise elaborada pelo curador Gabriel Pérez-Barreiro, representantes do IAC e MUBA, além do artista convidado, Steve Roden, que integram a publicação.</p> Nicole Izzo Piccinin Copyright (c) 2024 Nicole Izzo Piccinin https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 314 323 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.65033 Espaço em todas as dimensões https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/65034 <p>Resenha do catálogo <em>Amilcar de Castro: Estudos e Obras</em> (2014), resultado da exposição homônima realizada pelo Instituto de Arte Contemporânea (IAC) em 2013-2014, em parceria com o Museu de Belas Artes de São Paulo (muBA) e o Instituto Amilcar de Castro. Analisou-se o recorte curatorial, os textos e o projeto gráfico do catálogo em relação ao projeto expográfico da mostra. Destacou-se o equilíbrio de obras bidimensionais e tridimensionais apresentadas, com ênfase nos estudos, desenhos e maquetes que constituem o pensamento criador de Amilcar de Castro em materialidades e suportes diversos – diferenciando-se, assim, de outras publicações sobre o artista. Amilcar de Castro é referência nacional na expansão do campo da expressão tridimensional para o espaço público e urbano, e o catálogo é um ótimo ponto de partida para a pesquisa sobre a sua produção.</p> Julia Nogueira Duarte de Oliveira Copyright (c) 2024 Julia Nogueira Duarte de Oliveira https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 324 330 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.65034 Arte, Infraestrutura, Meio ambiente | arte :lugar :cidade | v.1, n. 2, nov. 2024/abr.. 2025 https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/65159 Editoras - Editores Copyright (c) 2024 Editoras - Editores https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2 Da série Mil (Quase) Mortos https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/65134 <p>UÝRA, 33 anos, indígena em diáspora, dois espíritos (Travesti), habitante de Manaus, Amazonas, Brasil.<br /><br />É Bióloga, Mestra em Ecologia da Amazônia e atua como Artista Visual e Arte-educadora de comunidades tradicionais. Mora em um território industrial no meio da Floresta, onde se transforma para viver uma Árvore que Anda, sempre criada com elementos orgânicos. Já participou de mais de 50 exposições coletivas, nacionais e internacionais, e apresentou 5 individuais, incluindo sua estreia no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Brasil, e Currier Museum of Art, Estados Unidos. Foi destaque da 34º Bienal de São Paulo, da Bienal Manifesta! (Kosovo), da 13º Bienal de Arquitetura de São Paulo e da 1ª Bienal das Amazônias, além de vencedora do Prêmio EDP nas Artes - Instituto Tomie Ohtake, do Prêmio PIPA 2022, do Prêmio SIM à Igualdade Racial 2023 e do Prêmio FOCO Arte Rio 2023. Uýra utiliza o corpo como suporte para narrar histórias de diferentes Naturezas via fotoperformance, performance e instalações. Se interessa pelos sistemas vivos e suas violações, e a partir da ótica da diversidade, dissidência, do funcionamento e adaptação, (re)conta histórias naturais, de encantarias e diásporas existentes na paisagem floresta-cidade. Suas obras compõem acervos nacionais, de colecionadores e de instituições, tais como a Pinacoteca de São Paulo, Instituto PIPA, e internacionais como Castello de Rivoli (Itália), Institute for Studies on Latin American Art of New York (ISLAA), Currier Museum of Art e Los Angeles County Museum of Art, Estados Unidos.</p> Uýra Sodoma Copyright (c) 2024 Uýra Sodoma https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 179 199 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.65134 Cinemáticas errantes da Boca do Lixo https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/63550 <p>A proposta deste texto é refletir, através de uma narrativa geopoética, sobre as trajetórias e a poética cinemática do artista Rogério Sganzerla na Boca do Lixo e no mundo. A Boca do Lixo, situada no bairro Santa Efigênia, no centro de São Paulo, hoje também conhecida como Cracolândia, foi um ativo polo de intensa produção cinematográfica independente nas décadas de 1960 e 1970. Sganzerla foi um atuante crítico de cinema desse período, escreveu artigos marcantes para importantes publicações e filmou nesse topônimo de São Paulo várias cenas de <em>O Bandido da Luz Vermelha</em> (1968), um dos filmes mais emblemáticos da história do cinema brasileiro. A partir de uma grande amizade e de uma colaboração criativa nos últimos 15 anos de vida com o cineasta (1946-2004), este texto fez parte de minha pesquisa de doutorado no PPGCA-UFF, cujo título é <em>Rogério Sganzerla: poéticas cinemáticas de invenção.</em></p> Marcos Bonisson Copyright (c) 2024 Marcos Bonisson https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 245 261 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.63550 Sob a sombra do Castelo https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/63635 <p class="p1">O trabalho a seguir busca investigar efeitos da violência em diferentes políticas públicas de urbanismo sobre a configuração geográfica, social e política da cidade do Rio de Janeiro, ao longo de sua história, para então tratar das imbricadas relações entre sintomas de tais reformas urbanísticas e o processo de criação artística. Para isso, irei articular questões pertinentes à temática da habitação na cidade, com foco nas problemáticas inerentes às lógicas gentrificadoras que nela alicerça o binômio centro-periferia. Além do conteúdo teórico, a apresentação contará com uma seleção de trabalhos realizados por mim, que irei, a partir do arcabouço teórico, relacionar com a temática apresentada. Entre os assuntos a serem abordados estão a influência do conceito neoliberal de <em>planejamento estratégico urbano </em>sobre a construção da paisagem urbana da cidade, além da analise dos conceitos de<em> gentrificação </em>e <em>real traumático</em> como elementos poéticos para relacionar o fazer artístico com a produção teórica.</p> João Paulo Racy Copyright (c) 2024 João Paulo Racy https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 262 283 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.63635 Entre a arte e uma catraca https://periodicos.uff.br/arte-lugar-cidade/article/view/63671 <p><span style="font-weight: 400;">A partir da análise dos processos e desdobramentos do trabalho </span><em><span style="font-weight: 400;">Programa para a Descatracalização da Própria Vida</span></em><span style="font-weight: 400;"> (2004), de autoria do coletivo Contra Filé, o presente artigo pretende discutir como se conjugam as relações entre arte, público e espaço construídas a partir de práticas artísticas públicas. A investigação se concentra em compreender de que maneira as dimensões estéticas e discursivas da arte são capazes de propor arranjos antagônicos à estrutura política dominante, através da produção de dissensos na ordem hegemônica vigente. </span></p> Victor Gecils Lopes Copyright (c) 2024 Victor Gecils Lopes https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2024-11-01 2024-11-01 1 2 284 302 10.22409/arte.lugar.cidade.v1i2.63671