Freud e a criação da técnica psicanalítica

Autores

  • Mariana de Toledo Barbosa UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.22409/ayvu.v1i1.22174

Palavras-chave:

Freud, Técnica Psicanalítica, Psicanálise, Clínica Contemporânea

Resumo

Pretende-se, neste artigo, refazer o trajeto da criação da técnica psicanalítica por Freud, com o intuito de explicitar a fidelidade freudiana ao primado da clínica sobre a teoria. Freud construiu a psicanálise como um sistema aberto e em variação e não hesitou em transformar a técnica psicanalítica quando a clínica assim o exigiu. Deste modo, na fase conhecida como pré-psicanalítica, desenvolveu, com Breuer, o método catártico, muitas vezes associado à hipnose. Em seguida, já delineado o método propriamente psicanalítico, pôs em primeiro plano a associação livre e a interpretação. Estas, por sua vez, revelaram a transferência e as resistências. O papel da repetição, notado por Freud desde o início de sua prática clínica, assumiu uma outra feição com a concepção da pulsão de morte. A mudança da tópica freudiana também implicou a reformulação de alguns aspectos da técnica psicanalítica. Por fim, já nos seus últimos anos de vida, Freud propôs as construções em análise como alternativa às interpretações, e buscou estabelecer os limites da psicanálise. Acompanhando os passos de Freud, nota-se que os impasses da clínica sempre o levaram a formular inovações técnicas, e é este o destino que se espera para os impasses da clínica psicanalítica atual.

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Biografia do Autor

Mariana de Toledo Barbosa, UFRJ

Professora Adjunta do Instituto de Psicologia da UNiversidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ.

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Publicado

2014-12-19

Edição

Seção

Artigos