Ayvu: Revista de Psicologia https://periodicos.uff.br/ayvu <p class="p1">A <em>Ayvu: Revista de Psicologia</em> é uma publicação de fluxo contínuo que tem por objetivo acolher e difundir a produção acadêmica, científica e profissional da Psicologia e áreas afins, em sua diversidade de linhas, propostas teóricas e metodológicas. <em>Ayvu: Revista de Psicologia </em>é uma publicação vinculada ao Departamento de Psicologia do Instituto de Ciências Humanas e Sociais de Volta Redonda (ICHS/VR), Universidade Federal Fluminense e ao Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Contato: ayvu.vch@id.uff.br <br /><strong>ISSN:</strong> 2446-6085</p> Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação - PROPPI-UFF pt-BR Ayvu: Revista de Psicologia 2446-6085 <p><object id="0ada3a1a-cafb-adb6-7a5b-398a59a88cbf" type="application/gas-events-abn" width="0" height="0"></object>Autores que publicam na Ayvu - Revista de Psicologia concordam com os seguintes termos:</p><br /><ol type="a"><li>Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" target="_blank">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li><li>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li><li>A responsabilidade do conteúdo dos artigos é exclusiva dos autores</li></ol><p> </p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Creative Commons License" /></a><p>This work is licensed under a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons Attribution 4.0 International License</a>.</p><div> </div> Sobre a experiência estética e processos coletivos nas batalhas de rap https://periodicos.uff.br/ayvu/article/view/57193 <p>Este artigo se dedica a uma análise da dimensão coletiva da experiência estética no contexto das batalhas de rap. A partir de uma reflexão sobre a dinâmica das batalhas, percebemos o papel importante desempenhado pela plateia, que se envolve no processo inventivo de composição das letras com os Mcs no calor dos acontecimentos do evento. As rimas não são fruto exclusivo da criatividade do MC, mas surgem numa trama cognitiva intersubjetiva, tendo o ritmo como fio condutor. De maneira que MCs e plateia participam de um processo coletivo de produção de sentidos, na reinvenção de si e do mundo.</p> Fabio Montalvão Soares Moisés Alves Silva Campos Copyright (c) 2024 Ayvu: Revista de Psicologia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-16 2024-10-16 11 Violência doméstica e intrafamiliar como experiência educativa na concepção de pais e mães https://periodicos.uff.br/ayvu/article/view/57871 <p>Buscamos compreender os sentidos atribuídos à violência doméstica e intrafamiliar contra crianças e adolescentes enquanto experiência educativa, na concepção de pais e mães. Trata-se de pesquisa qualitativa pautada nos fundamentos teóricos-metodológicos do materialismo histórico-dialético, construída com uso de entrevistas semidirigidas. Participaram 8 (oito) pais ou mães. A análise dos dados foi feita por meio de núcleos de significação. Identificamos que a concepção de violência é subjetiva e construída dentro da singularidade de cada família. Mesmo que os/as participantes considerem a violência como algo prejudicial, ainda assim é normalizada e justificada por questões como cuidado, disciplina, amor, respeito e atribuições sociais. Observamos o fator transgeracional na perpetuação da violência doméstica/intrafamiliar. Nesse caso, percebemos a diminuição da intensidade do uso de violência ao longo das gerações, considerado como um caminho para o enfraquecimento dessas práticas.</p> Isaque Alves Adriane Erbs de Abreu Jhulianne Oliveira Santos Tatiana Machiavelli Carmo Souza Copyright (c) 2024 Ayvu: Revista de Psicologia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2024-10-16 2024-10-16 11 Ecologia do cuidado https://periodicos.uff.br/ayvu/article/view/63963 <p>A partir de uma etnografia em uma comuna anarquista na zona rural do Rio Grande do Sul, este artigo objetiva discutir o “lixo” enquanto um agente de cuidado. Levando em consideração que não existe “fora” do planeta, a comunidade cria estratégias de descarte, de reaproveitamento, de invenção e de criatividade com aquilo que se costuma considerar lixo. A partir de uma perspectiva ecológica, em diálogo com Bruno Latour e Isabelle Stengers, discute-se os conceitos de ecologia política e cosmopolítica, para compreender que o “lixo” atua em uma ecologia do cuidado, onde os humanos são apenas parte de uma rede de engajamentos possíveis. O “lixo” requer negociações específicas, sazonalidades, temporalidades, relações com microrganismos, provocando o que é considerado “inutilizável” ou “morto”. Conclui-se que o “lixo” integra a política de cuidado dessa comunidade de modo interdependente e que se ressignifica à medida que está em constante relação com agentes humanos e não-humanos.</p> Daniela Dalbosco Dell'Aglio Paula Sandrine Machado Copyright (c) 2025 Ayvu: Revista de Psicologia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-13 2025-07-13 11 Mulheres na agricultura de subsistência https://periodicos.uff.br/ayvu/article/view/63956 <p><span style="font-weight: 400;">Este trabalho objetiva discorrer acerca de saberes e práticas da roça transmitidos entre mulheres com trajetórias de vida marcadas pela agricultura de subsistência no Sul do Brasil. Por meio de uma cartografia tecida com memórias compartilhadas por intermédio de histórias orais, nota-se que a relação estabelecida com a terra em práticas de policultivo oferecem pistas para a construção de posicionamentos éticos, estéticos e políticos dentro da inserção recente da psicologia nas ruralidades brasileiras. Saberes e práticas que criados e transmitidos por mulheres agenciadas à terra, se colocam como possibilidade de composição de políticas de cuidado baseadas em epistemologias ecológicas que tensionam a lógica Antropocena. Um saber-fazer de pesquisadoras que tomam o chão como produção de sentidos e afirmação da pluralidade da vida dentro de uma perspectiva comunitária.</span></p> Alais Benedetti Inês Hennigen Copyright (c) 2025 Ayvu: Revista de Psicologia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-13 2025-07-13 11 Modulações do cuidado https://periodicos.uff.br/ayvu/article/view/63882 <p>A partir do acúmulo de um percurso de pesquisa cartográfica sobre a dimensão de cuidado do Modo Operativo AND (MO_AND), o presente artigo inaugura um segundo momento de investigação: as potenciais contribuições do MO_AND para o campo da clínica. Tomando MO_AND e clínica como expressões possíveis das práticas de cuidado, tratamos de apresentar o MO_AND e sua relevância clínico-política. Destacamos efeitos de cuidado da prática do MO_AND, resultados da primeira fase de nossa pesquisa, que ensejam uma certa redefinição possível do cuidado, a partir do MO_AND. Elencamos impactos em alguns conceitos e elementos da clínica, terminando por propor uma releitura da prática clínica a partir da tripla modulação do reparar.</p> Iacã Machado Macerata Ruan Rocha Mariana Pelizer de Albuquerque Patrícia Bergantin Diego Corrêa Lima Copyright (c) 2025 Ayvu: Revista de Psicologia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-13 2025-07-13 11 Da Experiência da dualidade às potências (re)inventivas do uno https://periodicos.uff.br/ayvu/article/view/64121 <p><span style="font-weight: 400;">As problematizações do presente artigo são colhidas a partir da experiência de estágio em Psicologia Escolar Institucional, na rede de Educação Básica de um município do sul fluminense. Ao entrar em contato com o espaço da escola, uma dicotomia de base das relações escolares se apresenta: alunos x professores. Esta dualidade performatizada como rivalidade e conflito será tomada como ponto central de análise, considerando quais suas condições de possibilidade no contemporâneo, bem como por quais vias específicas ela se instala no contexto escolar. A partir desse diagnóstico, se conduz a uma demanda de formulação de diretrizes de atuação da Psicologia no contexto escolar que favoreçam</span><span style="font-weight: 400;"> práticas de transversalidade em reposicionamentos subjetivos e a disrupções destas experiências particionadas dissipadas no universo subjetivo daquele contexto, nos mais diferentes aspectos. A dissolução dos entes que sustentam a dicotomia opositiva entranhada na maquinaria escolar faz emergir, por sua vez, uma ecologia na escola que se coloca como objeto de trabalho da Psicologia na escola.</span></p> Everson Rach Vargas Valquíria Mota de Souza Sarah Nery Copyright (c) 2025 Ayvu: Revista de Psicologia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-13 2025-07-13 11 Fazendo a biblioteca sambar à cidade https://periodicos.uff.br/ayvu/article/view/64069 <p>O artigo narra a visita do griot Mestre Paraquedas para uma roda de samba e conversa em uma biblioteca universitária. Entre samba e histórias, o encontro é narrado agenciando a presença do griot e a re-existência festiva do samba aos processos constitutivos das cidades e aos tensionamentos moderno-coloniais que instituem lógicas patrimonialistas fetichizadas e histórias únicas sobre as cidades e bibliotecas. As histórias do Mestre Paraquedas e as ecologias de práticas de bibliotecas comunitárias são convocadas para produzir outros modos de habitar as paisagens de bibliotecas e cidades.</p> Celvio Derbi Casal Miguel João de Deus Luis Artur Costa Copyright (c) 2025 Ayvu: Revista de Psicologia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-13 2025-07-13 11 Contos de Bruxas https://periodicos.uff.br/ayvu/article/view/64044 <p><span style="font-weight: 400;">A pesquisa está dedicada a ouvir e recontar histórias de quem exerce (ou exerceu) o papel de madrasta. Objetiva-se discutir a estigmatização do papel familiar de madrasta a partir dos contos infantis. Como aporte teórico, utilizam-se conceitos de autoras feministas, como as figurações de Donna Haraway, a teoria da bolsa da ficção científica de Ursula Le Guin e a noção de cuidado como ato político de María Bellacasa. A metodologia é a cartografia, que permitiu a criação de uma história ficcional de uma madrasta.&nbsp;</span></p> Jéssica Becker Moraes Vanessa Soares Maurente Copyright (c) 2025 Ayvu: Revista de Psicologia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-13 2025-07-13 11 Jornal da exystêncya https://periodicos.uff.br/ayvu/article/view/63798 <p><span style="font-weight: 400;">O tempo do coração batendo findou no descaso médico, no racismo bem articulado, na transfobia anunciada, na transparência do médico implicada na parcela de vida que se manifestava no corpo, outrora manifesto pulsante da existência, outrora em ebulição de manifestações e festas bacterianas. Encerrar nos atos pulsantes do coração a&nbsp; vida, seria como atualizar o abuso racista do médico, na raiz única do aclamado tempo linear. Encerrar a vida no corpo, contrapô-la à morte e não ao desencanto e a infertilidade da secura, é a ideia a qual neste conjuro - relato recusamos , que não nega o racismo e a transfobia da negligência médica, mas pede estar à altura dessa violência e narrar outro destino. Nesta edição do Jornal da exystêncya, o relato de uma morte que, na exigência de um ato ético, aduba um bando e subverte a sentença racista de quais vidas importam, para dar outro destino que não a indignidade, que o modo de vida colonial convoca.&nbsp;</span><span style="font-weight: 400;"><br></span></p> zeca carú de paula Seabra Copyright (c) 2025 Ayvu: Revista de Psicologia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-13 2025-07-13 11 Testemunhos desde a ferida https://periodicos.uff.br/ayvu/article/view/63958 <p>Este artigo deriva da tese de doutorado <em>Testemunhos desde a ferida</em>, realizada no Núcleo de Estudos da Subjetividade da PUC-SP, e atravessa as questões do testemunho, por meio das fissuras na carne da própria pesquisadora, decorrentes de abusos sexuais vividos durante a infância. O testemunho, assumido enquanto uma pista do método cartográfico, consiste em um <em>modo de dizer</em> e uma <em>arte de contar</em> desde um lugar insólito: a ferida. É da perspectiva da ferida que uma pesquisa é tecida. A partir dela, esta pesquisa busca ir além da dicotomia vítima e agressor. Sem atribuir a violência exclusivamente a um sujeito, trata-se de pensar as práticas abusivas além e aquém dos sujeitos, agenciadas no e pelo campo social. Assim, a escrita fragmentária, parcial e aberta, se torna uma ética e opera enquanto um dispositivo para a criação de uma língua menor, capaz de produzir outros modos sensíveis para além da violência.</p> Karina Acosta Camargo Copyright (c) 2025 Ayvu: Revista de Psicologia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-13 2025-07-13 11 O sonho como autodiagnóstico da pulsão https://periodicos.uff.br/ayvu/article/view/63934 <p>Este trabalho busca escutar os sonhos em seu potencial de transmutação da subjetividade. Inspirada pela pragmática dos sonhos (Guattari, 2022), que busca o potencial de criação de mundos contido nos sonhos, bem como pelo trabalho de Schiavon (2019), que propõe um tratamento pulsional do inconsciente, é que tenho entendido os sonhos como um autodiagnóstico da pulsão: ou seja, a potencialidade da própria pulsão, que se expressa enquanto formação do inconsciente nos sonhos, de diagnosticar a si mesma. Este trabalho, que tenho entendido como decifração dos sonhos, diferencia-se da interpretação psicanalítica, já que nesta última o sonho é associado a cadeias significantes e dele se busca extrair um significado. No tipo de escuta que aqui se propõe, trata-se de não submeter o conteúdo do sonho a um sentido pré-estabelecido, mas de entendê-lo como um verdadeiro ato performático do inconsciente que, ao se fazer escutar, nos leva ao ato de sonhar junto.</p> Maria Eduarda Parizan Checa Copyright (c) 2025 Ayvu: Revista de Psicologia https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-07-13 2025-07-13 11