Cadernos de Letras da UFF https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras <p>A revista <em><strong>Cadernos de Letras da UFF</strong> </em>aceita artigos inéditos que contribuam para o debate nas áreas de Letras e Linguística. Além de artigos e resenhas de obras relevantes para a área, aceitam-se traduções de ensaios de reconhecida importância. Trabalhos redigidos em espanhol, francês ou inglês poderão ser recebidos para avaliação. Nesse caso, o primeiro resumo deverá ser obrigatoriamente em português.<br /><strong>ISSN:</strong> 2447-4207</p> <p>QUALIS CAPES A3</p> ABEC Brasil pt-BR Cadernos de Letras da UFF 1413-053X <p>Autores que publicam em <em>Cadernos de Letras</em> concordam com os seguintes termos:</p><p>Os autores mantêm os direitos e cedem à revista o direito à primeira publicação, simultaneamente submetido a uma licença <em>Creative Commons</em> CC-BY-NC 4.0, que permite o compartilhamento por terceiros com a devida menção ao autor e à primeira publicação pela <em>Cadernos de Letras</em>.</p><p>Os autores podem entrar em acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada da obra (por exemplo, postá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com o reconhecimento de sua publicação inicial na <em>Cadernos de Letras</em>.</p><p> </p><p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/" rel="license" target="_blank"><img style="border-width: 0;" src="https://i.creativecommons.org/l/by-nc/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a><br /> O periódico <strong><em>Cadernos de Letras da UFF</em></strong> uriliza uma Licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/" rel="license" target="_blank">Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional <span>(CC BY-NC 4.0)</span></a>.</p> Sentidos produzidos sobre Clarice Lispector em podcasts https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/55622 <p>O objetivo deste estudo é conhecer os principais sentidos sobre Clarice Lispector produzidos em <em>podcasts</em>. Foram analisados quatro <em>podcasts</em>, totalizando 17 episódios produzidos no ano de 2020 em comemoração ao centenário de nascimento da autora. Os <em>podcasts</em> analisados representam a celebração de Clarice como figura da nossa literatura, definindo-a como figura excêntrica, genial, capaz de apresentar várias faces e de surpreender permanentemente os seus leitores. As análises de suas obras são apresentadas ancoradas na vida da autora, sem que um processo mais crítico em relação ao conceito de autoria seja compartilhado. Clarice é representada como uma autora ainda em movimento, o que vem sendo fomentado, por exemplo, pelo modo como Clarice tem circulado nas malhas do digital, o que põe em destaque fortemente os <em>podcasts</em>. O <em>podcast</em> torna-se, por excelência, um veículo capaz de evidenciar a escuta de Clarice, produzindo, ao mesmo tempo, leitores e ouvintes que promovem a circulação da autora e de seus escritos em um espaço que não é o livro tradicional, mas uma mídia na qual a palavra deve ser escutada, em um importante processo de percepção sensorial.</p> Fabio Scorsolini-Comin Loise Ishikawa Rodrigues Soraya Maria Romano Pacífico Copyright (c) 2023 Cadernos de Letras da UFF http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-30 2023-12-30 34 67 10.22409/cadletrasuff.v34i67.55622 O fio de Ariadne: tradutoras dos clássicos no Brasil https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/57264 <p>As primeiras traduções dos clássicos no Brasil datam dos tempos da Colônia, mas versões assinadas por mulheres só têm registro a partir da década de 30 do último século. Minha proposta é apresentar um levantamento, ainda que incipiente, dessa produção, de modo a fornecer um panorama das tradutoras brasileiras do grego e do latim, contribuindo, assim, para dar visibilidade a uma atividade muitas vezes relegada ao segundo plano. Vou me deter sobre as precursoras e sua condição de trabalho nas décadas de 30 e 40; as desbravadoras, primeira geração oriunda dos cursos universitários de Letras Clássicas nos anos 50 e 60; chegando às doutoras, que hoje se fazem cada vez mais presentes no mercado editorial. A ideia é lançar o fio de Ariadne para que seja possível nos orientarmos nos labirintos da desmemória, dando assim início a um projeto mais ambicioso, o de se escrever a história da tradução dos clássicos no Brasil.</p> Adriane da Silva Duarte Copyright (c) 2023 Cadernos de Letras da UFF http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-30 2023-12-30 34 67 10.22409/cadletrasuff.v34i67.57264 Filósofas antigas para filósofas brasileiras https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/59888 <p style="font-weight: 400;">Essa é uma contribuição ao editorial Mulheres que Traduzem os Clássicos, que se dedica a fomentar um maior impacto de traduções de clássicos gregos e latinos feitas por mulheres. Trata-se de apresentar os resultados parciais do projeto <em>Filósofas Antigas para Filósofas Brasileiras</em>, desenvolvido desde 2021 com apoio Faperj, a partir de seu objetivo central de diminuir a desigualdade de gênero na formação acadêmica em filosofia no Brasil. A primeira seção apresenta dados da desigualdade de gênero no mundo e as hipóteses formuladas sobre as suas causas. A segunda seção apresenta os objetivos do projeto e seus resultados parciais. A última seção trata de questões de método de tradução e análise de texto, com ênfase no fato de que as fontes sobre filósofas antigas são sempre indiretas. Concluo apontando como o projeto, ao conectar uma questão metafilosófica contemporânea com a identificação do filósofo na antiguidade, coloca a tradução dos clássicos para o português como peça central no combate à desigualdade de gênero.</p> Carolina Araújo Copyright (c) 2023 Cadernos de Letras da UFF http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-30 2023-12-30 34 67 10.22409/cadletrasuff.v34i67.59888 Uma perspectiva feminina sobre traduzir Xenofonte no Brasil de hoje https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/58892 <p>O texto discute minha trajetória como pesquisadora de literatura grega antiga, da qual resulta a tradução de duas obras de Xenofonte de Atenas usualmente consideradas historiográficas: <em>Ciropédi</em>a (2021) e <em>Anábase</em> (publicação prevista em 2024). Procuro refletir sobre como minha relação com a tradução dos clássicos se definiu (e se alterou) a partir do contexto mais amplo dos Estudos Clássicos no Brasil no século XXI, considerando-se, entre outros fatores, a expansão da nossa área de pesquisa no país resultante de políticas públicas; as condições de trabalho no campo acadêmico e a ascensão do pensamento conservador e extremista no país nos últimos anos.</p> Lucia Sano Copyright (c) 2023 Cadernos de Letras da UFF http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-30 2023-12-30 34 67 10.22409/cadletrasuff.v34i67.58892 Tradução, traduzir, tradutora: uma experiência empenhada com a poesia grega antiga https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/59396 <p>Este artigo trata da experiência desta tradutora em seu engajamento com a poesia grega antiga, notadamente nos gêneros da mélica e da elegia. Nesse sentido, também procura fazer algumas reflexões sobre a tradução e sobre a tradução por mulheres no nosso mundo dos Estudos Helênicos, não pautadas por teorias da tradução, mas decorrentes da experiência, da formação e das preocupações que enformam o trabalho que tenho oferecido como contribuição a leitores, pesquisadores, estudiosos, e que se junta ao de outras tradutoras em nosso país.</p> Giuliana Ragusa Copyright (c) 2023 Cadernos de Letras da UFF http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-30 2023-12-30 34 67 10.22409/cadletrasuff.v34i67.59396 Traduzindo poetisas: reflexão sobre o processo de tradução https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/60244 <p><span class="TextRun SCXW207080152 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW207080152 BCX0">O artigo propõe uma reflexão sobre o processo de traduzir </span><span class="NormalTextRun SCXW207080152 BCX0">poetisas gregas antigas, levando em consideração o que </span><span class="NormalTextRun SCXW207080152 BCX0">muitas vezes é necessário à tradutora </span><span class="NormalTextRun SCXW207080152 BCX0">lev</span><span class="NormalTextRun SCXW207080152 BCX0">ar</span><span class="NormalTextRun SCXW207080152 BCX0"> em conta</span> <span class="NormalTextRun SCXW207080152 BCX0">no momento de traduzir. Ainda, reflito sobre a importância dessas traduções para os estudos clássicos, e como a traduçã</span><span class="NormalTextRun SCXW207080152 BCX0">o pode </span><span class="NormalTextRun SCXW207080152 BCX0">ser</span><span class="NormalTextRun SCXW207080152 BCX0"> instrumento para a preservação dos textos-fontes, trazendo como exemplo principal o poema </span></span><span class="TextRun SCXW207080152 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW207080152 BCX0">A Roca</span></span><span class="TextRun SCXW207080152 BCX0" lang="PT-BR" xml:lang="PT-BR" data-contrast="auto"><span class="NormalTextRun SCXW207080152 BCX0">, de </span><span class="NormalTextRun SpellingErrorV2Themed SCXW207080152 BCX0">Erina</span><span class="NormalTextRun SCXW207080152 BCX0">.</span></span></p> Clara Mossry Sperb Copyright (c) 2023 Cadernos de Letras da UFF http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-30 2023-12-30 34 67 10.22409/cadletrasuff.v34i67.60244 As metamorfoses de uma mulher que traduz romance latino: Petrônio e Apuleio em perspectiva feminina https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/59930 <p><span style="font-weight: 400;">As versões para o português das obras </span><em><span style="font-weight: 400;">Satyricon</span></em><span style="font-weight: 400;"> de Petrônio, e </span><em><span style="font-weight: 400;">Metamorphoseon</span></em><span style="font-weight: 400;">, de Apuleio, dois importantes marcos em noss carreira acadêmica de professora de língua e literatura latinas na UFMG, caracterizam-se como resultado final de diferentes experiências tradutórias, no tempo e no espaço, não só no que se refere ao processo de tradução em si, mas também no que tange ao percurso que conduziu à publicação das traduções. Nosso objetivo nas próximas páginas é trazer à discussão aspectos relevantes de cada um desses contextos de produção de nosso trabalho como tradutora de um conjunto de obras conhecido como ‘romance latino’, com destaque para a (trans)formação da voz e da perspectiva femininas nos textos tornados públicos.</span></p> Sandra Bianchet Copyright (c) 2023 Cadernos de Letras da UFF http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-30 2023-12-30 34 67 10.22409/cadletrasuff.v34i67.59930 Gemini lib(e)ri para Ovídio: os Tristia/Tristezas, de tese a livro https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/60189 <p>Este trabalho apresenta um relato sobre o processo de tradução dos <em>Tristia</em>, de Ovídio, para o português e sua posterior publicação em livro. Partindo do entendimento da tradução como interpretação (MARTINDALE, 1993, p, 75), discuto o processo tradutório em estreita relação com a análise literária, de modo a evidenciar que a tradução efetuada dos <em>Tristia</em> baseou-se na ideia de uma “teoria ovidiana da literatura” (AVELLAR, 2019; 2023), constituída a partir dos comentários e reflexões metapoéticos de Nasão nos versos de exílio. Estendo essa ideia para apresentar também as concepções envolvidas na publicação do texto traduzido como livro. Ao fim, proponho uma breve teorização da tradução com base nas metáforas da metamorfose e do diálogo, ideias recorrentes nos versos ovidianos de exílio.</p> Júlia Avellar Copyright (c) 2023 Cadernos de Letras da UFF http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-30 2023-12-30 34 67 10.22409/cadletrasuff.v34i67.60189 A tradução da comédia aristofânica: reescrita de resistência à tradição https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/59729 <p>Este artigo busca fazer uma análise comparativa de duas traduções da peça <em>Acarnenses</em>, de Aristófanes, realizadas por SILVA (1988) e POMPEU (2021), examinando ações estratégicas de tradução do texto cômico para a língua portuguesa, como resultado de uma prática ideológico-discursiva em seus contextos de tradução.&nbsp; Entende-se a tradução como um processo de reescrita (LEFEVERE, 2007) que dialoga não só com a Teoria dos Polissistemas (EVEN-ZOHAR, 1979) mas também com uma releitura de “resistência” (VENUTI, 2002) para pensar os processos de estrangeirização e domesticação em um tipo de composição considerado menor. Procura-se defender que o processo de domesticação faz parte de um grito de resistência, a fim de propor novas formas de considerar a comédia aristofânica em traduções no Brasil, situada à margem do que é considerado clássico ou canônico, como construção de um discurso dissidente.</p> Stefania Sansone Bosco Giglio Copyright (c) 2023 Cadernos de Letras da UFF http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-30 2023-12-30 34 67 10.22409/cadletrasuff.v34i67.59729 Entre fábulas, mitos e epopeia: Alaíde Lisboa e a Antiguidade Clássica Grega e Romana https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/59893 <p>Este estudo pretende observar a presença da antiguidade clássica grega e romana nas obras destinadas ao público infantil e juvenil da escritora mineira Alaíde Lisboa de Oliveira, buscando compreender de que maneira a autora reinterpreta, revitaliza e se apropria do repertório clássico em seu processo criativo.</p> Katia Teonia Costa de Azevedo Copyright (c) 2023 Cadernos de Letras da UFF http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-30 2023-12-30 34 67 10.22409/cadletrasuff.v34i67.59893 A ἐπιτροπῆς δίκη DE DEMÓSTENES https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/59452 <p>Assuntos relacionados com o direito de família e o direito sucessório constituem matéria recorrente em discursos forenses dos oradores áticos, especialmente Iseu (depois de 415- depois de 343 a.C.) e Demóstenes (384-322 a.C.). De acordo com a legislação vigente na Atenas clássica, só estava habilitado à herança do patrimônio paterno o filho legítimo, nascido de uma união entre cidadãos atenienses mediada pela <em>engýe</em> ou pela <em>epidikasía</em><a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a>. No entanto, se o filho fosse menor de idade por ocasião da morte do pai, a sucessão era administrada por tutores (<em>epítropoi</em>) que o representavam até o segundo ano após o cumprimento da maioridade, momento em que, simultaneamente, assumia a condição de <em>kýrios </em>do <em>oîkos</em><a href="#_ftn2" name="_ftnref2">[2]</a>, por um lado, e o de cidadão, por outro. Tecemos, no presente artigo, comentários sobre o direito sucessório, considerando-se, especialmente, o discurso do orador Demóstenes, <em>Contra Áfobo I </em>(D.27), cujo argumento de acusação se concentra na má gestão da herança do orador por parte de seus três tutores, especialmente Áfobo.&nbsp; São abordados, ainda, outros tópicos relacionados com o direito de família, como o contrato de casamento, a pensão alimentícia da mãe de Demóstenes e o dote desta última e da irmã do orador.</p> <p>Palavras-chave: Demóstenes. <em>Contra Áfobo I</em> (D. 27). Herança. Direito sucessório.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p><a href="#_ftnref2" name="_ftn2"></a>&nbsp;</p> Glória Braga Onelley Copyright (c) 2023 Cadernos de Letras da UFF http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-30 2023-12-30 34 67 10.22409/cadletrasuff.v34i67.59452 “O texto grego é sempre o ponto de partida e o de chegada”: entrevista com a tradutora e docente Glória Braga Onelley https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/61144 <p>Glória Onelley relata em detalhe o desenvolvimento da docência e pesquisa em literatura grega no Rio de Janeiro desde o final da década de 1970, quando o Brasil retomava a abertura política após a ditadura militar instaurada em 1964. A docente de grego esclarece que as suas duas mais recentes traduções, ambas em edição bilíngue autofinanciada, têm como público-alvo alunos e orientandos, com objetivo assumidamente pedagógico.</p> Alice Haddad Maria Fernanda Gárbero Greice Ferreira Drumond Renata Cazarini de Freitas Copyright (c) 2023 Cadernos de Letras da UFF http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-30 2023-12-30 34 67 10.22409/cadletrasuff.v34i67.61144 Apresentação https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/61113 <p>não tem</p> Alice Haddad Maria Fernanda Gárbero Renata Cazarini de Freitas Copyright (c) 2023 Cadernos de Letras da UFF http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0 2023-12-30 2023-12-30 34 67 10.22409/cadletrasuff.v34i67.61113