Revista Cantareira https://periodicos.uff.br/cantareira <p>A Cantareira é um periódico semestral organizado pelo corpo discente do Instituto de História da Universidade Federal Fluminense e recebe trabalhos inéditos, teóricos ou empíricos, que contribuam para o desenvolvimento da pesquisa no campo historiográfico. Além das contribuições para o Dossiê Temático, a revista recebe artigos, resenhas e transcrições documentais.<br /><strong>ISSN</strong> 1677-7794</p> Universidade Federal Fluminense pt-BR Revista Cantareira 1677-7794 <span>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</span><br /><br /><ol type="a"><ol type="a"><li>Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new">Licença Creative Commons Attribution</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.</li></ol></ol><br /><ol type="a"><ol type="a"><li>Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</li></ol></ol><br /><ol type="a"><ol type="a"><li>Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja <a href="http://opcit.eprints.org/oacitation-biblio.html" target="_new">O Efeito do Acesso Livre</a></li></ol></ol> Sumário https://periodicos.uff.br/cantareira/article/view/64023 Revista Cantareira Copyright (c) 2024 Revista Cantareira 2024-08-08 2024-08-08 1 38 Povos indígenas e a Segunda Guerra Mundial: da legislação racial aos code talkers https://periodicos.uff.br/cantareira/article/view/56248 <p>O artigo traça um percurso desde o tratamento dado aos povos indígenas pelos EUA até a participação destes povos – notadamente os Navajo – na Segunda Guerra Mundial. Com isso busca-se desconstruir a ideia de que a legislação racial proposta pelo III Reich, e mesmo sua chamada “solução final”, foram algo inédito na história humana – os EUA e sua política para com os povos indígenas de seu território foram sua fonte de inspiração –, além de expor, a partir do caso navajo, como mesmo passando por todo o processo de destruição e cativeiro em reservas muitos destes povos acabaram por colaborar, muitas vezes de maneira decisiva, com a frente aliada durante o conflito contra as forças nazifascistas.</p> Vicente Cretton Pereira Copyright (c) 2024 Revista Cantareira 2024-08-05 2024-08-05 1 38 “Parabéns aos que beijaram a flor nativa da nossa história”: https://periodicos.uff.br/cantareira/article/view/52896 <p>O desfile de homenagens a diferentes estados brasileiros não é uma novidade nas atividades carnavalescas do Rio de Janeiro. Buscando enredos que tivessem como temática o Rio Grande do Sul, encontrei vinte e duas ocorrências entre os anos de 1949 e 2009. A partir deles, pretendo analisar como o estado do extremo sul brasileiro foi cantado nos carnavais, evidenciando o processo de profissionalização nas apresentações das escolas de samba e as possibilidades de patrocínio para o desenvolvimento dos desfiles. Para isso, utilizo como fontes os sambas-enredo produzidos, sinopses e notícias na imprensa sobre os preparativos das agremiações.</p> Fabricio Romani Gomes Copyright (c) 2024 Revista Cantareira 2024-08-05 2024-08-05 1 38 Cabra Marcado Para Morrer e a construção de narrativa da contrarrevolução preventiva https://periodicos.uff.br/cantareira/article/view/55225 <p>O presente artigo tem por objetivo analisar a relação entre eventos maiores que levaram ao golpe empresarial-militar de 1964 e a atuação da <em>Ligas Camponesas</em> na Região Nordeste. Motivado por interesses econômicos de grupos empresariais nacionais e estadunidenses, o golpe propalou uma falsa narrativa de ameaça comunista que gerava medo na população e, por consequência, consenso quanto a sua pertinência. Vista como um foco de subversão comunista, as <em>Ligas</em> estavam longe de alcançar a maturidade necessária a uma tentativa de tomada do poder, mas mesmo assim embasaram as justificativas golpistas. Nesse sentido, é ilustrativo o caso da <em>Liga Camponesa</em> do Engenho da Galiléia (PE), onde era gravado o filme <em>Cabra Marcado Para Morrer</em> (1984), de Eduardo Coutinho, quando o golpe eclodiu. Na construção da narrativa que referendava a necessidade de uma contrarrevolução preventiva, o material de filmagem apreendido foi divulgado na imprensa como equipamento de treinamento guerrilheiros de uma iminente revolução comunista a ser deflagrada no país.</p> Bruna Ayres Copyright (c) 2024 Revista Cantareira 2024-08-05 2024-08-05 1 38 O lugar da história das mulheres nas provas do ENEM (2016-2018) https://periodicos.uff.br/cantareira/article/view/53598 <p>Este texto trata da análise do lugar social da História das Mulheres nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) entre os anos de 2016 a 2018, mais notadamente, nas questões aplicadas no processo avaliativo da área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. O trabalho apresenta o significado do ENEM para a sociedade brasileira ao historicizar o processo avaliativo a nível nacional através dos exames de admissão e vestibulares para ingressar em instituições de ensino. Para observar o fenômeno/problema de investigação, usamos as provas aplicadas no período de 2016 á 2018, a Matriz de Referência, e dados produzidos pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Como referencial teórico usamos as reflexões de pesquisadores do Ensino de História (SFFENER, 2020, 2021; CERRI, 2004, 2017) e dos Estudos de Gênero (SCOTT, 1995; BUTLER, 2019; SOIHET, PEDRO, 2007; DAUPHIN, 2001; PERROT, 2017; RAGO, 1995). Como resultado da pesquisa, identificamos a presença pontual da História das Mulheres no ENEM.</p> Stéphane Martins Juliana Alves de Andrade Copyright (c) 2024 Revista Cantareira 2024-08-05 2024-08-05 1 38 “Pesado é o coração deste povo” https://periodicos.uff.br/cantareira/article/view/51526 <p class="Normal tm5"><span class="tm6">Neste artigo abordamos a questão do antijudaísmo na trajetória de Cesário, aristocrata gálico que entre 502 e 542 foi bispo da cidade de Arles e que se destacou como uma das principais autoridades políticas e eclesiásticas da região sul da Gália (atual França). Embora tenha sido objeto de crescente atenção acadêmica desde meados do século XX, em que se deu grande destaque para sua atuação como pregador e “reformador da Igreja”, observa-se que sua relação com os judeus permaneceu um tema subexplorado – uma lacuna que almejamos ajudar a preencher. Neste trabalho, para além de observações sobre o bispado de Cesário, objetivamos apresentar a historiografia que analisou sua relação com os judeus, discorrer sobre as peças de evidência disponíveis para a abordagem do tema, e por fim sugerir novas possibilidades de leitura sobre o mesmo.</span></p> João Victor Machado da Silva Copyright (c) 2024 Revista Cantareira 2024-08-05 2024-08-05 1 38