A LEI DO MAIS FORTE: REFLEXÕES ACERCA DAS DISPUTAS E IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PARA “O POVO DO LUGAR” EXPROPRIADOS PELA UHE DE IRAPÉ.

Autores

  • Célia Lopes Azevedo Universidade Estadual de Montes Claros- UNIMONTES

DOI:

https://doi.org/10.22409/conflu20i1.p537

Palavras-chave:

Conflitos, Apropriação, Deslocamento

Resumo

Este trabalho objetiva refletir os conflitos socioambientais no processo de implantação da UHE de Irapé, no rio Jequitinhonha, norte de MG. Realizou-se uma pesquisa qualitativa com entrevistas semi-estruturadas, junto aos reassentados involuntariamente para o reassentamento Araras. São examinados alguns mecanismos adotados para a tomada de poder sobre as terras. Analisa-se o poder desproporcional capaz de suprimir direitos e levar a população a aceitar as “regras do jogo”.  Irapé surge com objetivo de expansão do capital, negligenciando; sustentabilidade ambiental, modo de vida das comunidades rurais, identidades coletivas, memórias sociais e territoriais, tradições alimentares, festivas, religiosas etc. É nesse contexto conflitante que se pretende visibilizar as estratégias dominantes de um lado e de sobrevivência do outro.

 Palavras Chaves: Conflitos, Apropriação, Deslocamento.

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Biografia do Autor

Célia Lopes Azevedo, Universidade Estadual de Montes Claros- UNIMONTES

Mestranda em Desenvolvimento Social- Universidade Estadual de Montes Claros- UNIMONTES
Graduada e Licenciada em Ciências Sociais - UNIMONTES

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Publicado

2018-10-02

Como Citar

Azevedo, C. L. (2018). A LEI DO MAIS FORTE: REFLEXÕES ACERCA DAS DISPUTAS E IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS PARA “O POVO DO LUGAR” EXPROPRIADOS PELA UHE DE IRAPÉ. Confluências | Revista Interdisciplinar De Sociologia E Direito, 20(1), 34-46. https://doi.org/10.22409/conflu20i1.p537

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Seção

Artigos