A experiência através da repetição: a Ditadura Militar no cinema brasileiro

Autores

  • Cristiane Freitas Gutfreind Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Helena Stigger Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Luiza Carmona Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v0i22.94

Palavras-chave:

enquadramento, experiência, tortura, documentário brasileiro

Resumo

O presente artigo analisa dois filmes documentários sobre a ditadura militar brasileira: Tempo de resistência (André Ristum, 2004) e Vlado – 30 anos depois (João Batista de Andrade, 2006). O que distingue as duas obras é que numa a narrativa está voltada para o particular, enquanto que a outra, está centrada em narrar o geral. Mas, quando os testemunhos ocupam-se em narrar as torturas, as diferenças entre os filmes desaparecem. Assim, buscamos entender as razões que justificam a repetição do mesmo discurso, a tortura, nestes filmes, para em um segundo momento, compreendermos como os depoimentos sobre a tortura se estruturam, a partir da noção de “enquadramento” proposta por Michael Pollack. Com essa finalidade, buscamos analisar, auxiliados pelos estudos de Walter Benjamin, a relação destes depoimentos com uma peculiaridade que marca a sociedade contemporânea: a expropriação da experiência.

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Biografia do Autor

Cristiane Freitas Gutfreind, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Professora do Programa de Pós-graduação em Comunicação da PUCRS, pesquisadora do CNPq e editora da Revista Famecos

Helena Stigger, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Doutoranda do Programa de pós-graduação em Comunicação da PUCRS e bolsista CNPq. Atualmente realiza doutorado sanduiche na Université René Descartes Paris V - Sorbonne

Luiza Carmona, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Bacharelanda em jornalismo e bolsista de iniciação científica PBA-PUCRS.

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Publicado

2011-04-14