Pagando para vencer: Cultura, Agência e Bens Virtuais em Video Games

Autores

  • Thiago Falcão Universidade Federal do Maranhão
  • Daniel Marques Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.22409/contracampo.v36i2.1032

Palavras-chave:

Games, Consumo, Bens Virtuais, Hearthstone.

Resumo

Este artigo centra seu argumento em um entendimento do processo de consumo, na cultura contemporânea, através da noção de pastiche de Fredric Jameson. O intuito é discutir de que forma dinâmicas de produção industrial de bens simbólicos foram responsáveis por produtos cujo intuito não jaz necessariamente em uma diferenciação identitária, mas em seguir uma estratégia de criação de réplicas de todo um contexto simbólico pré-estabelecido. A partir daí, buscamos discutir de que forma as redes sociotécnicas no jogo Hearthstone são o resultado desta condição cultural necessariamente contemporânea que enseja princípios de design que não apenas capacitam ações dentro do jogo, mas que agenciam complexos processos de aquisição e comércio de bens virtuais.

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Biografia do Autor

Thiago Falcão, Universidade Federal do Maranhão

Thiago Falcão é Professor Adjunto do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão e Coordenador do Laboratório de Pesquisa em Estética e Entretenimento Digital da UFMA. Coordena o Grupo de Pesquisa em Games da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação - INTERCOM. Em sua trajetória, foi Professor Visitante no Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Anhembi Morumbi (UAM), em São Paulo, onde obteve também seu pós-doutorado em Comunicação e Audiovisual. Foi Professor Assistente (Substituto) na Universidade Federal Fluminense (UFF) e Professor do curso de Bacharelado em Rádio, TV e Internet da UAM. Doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia, foi bolsista PDSE/Capes na McGill University, em Montreal, no Canadá. Se dedica, em sua trajetória de pesquisa, a questões relacionadas aos game studies, media studies e a representações do gênero do fantástico nas mídias. Seu trabalho de pesquisa resultou na publicação de diversos artigos, capítulos e co-autorias de livros.

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Publicado

2017-08-05