Manoel Bomfim, racismo e intelectualidade no Brasil do final do século XIX e início do XX

Autores

  • Vinicius Carlos da Silva UNESP Assis

DOI:

https://doi.org/10.22409/rcc.v1i8.2047

Resumo

Este trabalho almeja abordar as críticas de Manoel Bomfim as teorias raciais que se desenvolveram no Brasil no final do século XIX e se estenderam até o início do XX.  Nesse período, muitos autores nacionais renomados como Euclides da Cunha, Nina Rodrigues e Silvio Romero, para citarmos apenas alguns, escreveram sob a influência de ideias racistas vindas do exterior e, em seus trabalhos, é nítido o tom pejorativo atribuído as supostas características inatas dos negros e mestiços, tais como imoralidade, sexualidade, etc. Bomfim, médico de formação, cuja maior parte de sua atuação se deu como pedagogo, realizou estudos sobre psicologia e antropologia na França no início da centúria passada, período no qual tais pressupostos já vinham sofrendo diversas críticas. Ao retornar ao Brasil, Bomfim publicou sua principal obra A América Latina – males de origem (1905), na qual defendia que nossas elites escreviam sob forte influência estrangeira, através de um viés incapaz de abordar as especificidades da formação nacional brasileira, deturpado pelos interesses dos países imperialistas. Assim, este pequeno ensaio visa analisar as críticas tecidas por Manoel Bomfim às teorias raciais e suas supostas bases científicas, bem como à intelectualidade brasileira do período que defendia tais pressupostos.

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Biografia do Autor

Vinicius Carlos da Silva, UNESP Assis

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Publicado

2017-01-10