Reflexões a respeito das pesquisas desenvolvidas sobre temas raciais: a luz da política de cotas e da Lei 10.639/03 na Universidade Federal de Sergipe (UFS)

Autores

  • Selma da Silva Santos Mestranda em História Social da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Bibliotecária Documentalista da UFS.
  • José Francisco dos Santos Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFOB

DOI:

https://doi.org/10.22409/rcc.v1i8.2030

Palavras-chave:

Política de cotas. Lei 10.639/03. Lei 12.711/2012. Negros. Ensino superior.

Resumo

As ações afirmativas são um conjunto de medidas que visam reparar a situação de desigualdade em que foi colocada a população negra desde o período da escravidão e que se perpetua até os dias atuais. A política de cotas dentro das ações afirmativas permite o ingresso de afrodescendentes na universidade a partir de uma reserva de vagas, sendo essa de forma variada, ficando cada universidade pública federal livre para determinar essa porcentagem, não podendo ser menor que 50%. Desde o período da escravidão, os negros foram alijados no acesso a educação, e principalmente no ensino superior, onde a universidade era e continua sendo majoritariamente composta em seus corpos discente e docente pela população branca, ficando assim os negros fora desse espaço elitizado. Como também tiveram a sua História suprimida ou contada de forma errônea ou distorcida na historiografia oficial, sendo os negros representados sempre de forma estereotipada e preconceituosa. Então esse trabalho a partir da política de cotas e da Lei 10.639 tem o objetivo de identificar a relação na produção científica dos trabalhos acadêmicos com os assuntos étnico-raciais na Universidade Federal de Sergipe (UFS) entre os anos de 2003 a 2014, com as referidas ações afirmativas. Para tanto utilizou como técnica, a metodologia de coleta de informações no sistema de gerenciamento de informação da biblioteca central da referida universidade, achando um aumento considerável no quantitativo de pesquisas em assuntos étnico-raciais entre os anos que antecede os debates acerca das cotas, como também várias pesquisas em diversas temáticas étnico-raciais no intervalo do recorte temporal desse trabalho.

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Biografia do Autor

Selma da Silva Santos, Mestranda em História Social da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Bibliotecária Documentalista da UFS.

Possui graduação em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade Federal da Bahia (2009). Atualmente trabalha como Bibliotecária documentalista na Universidade Federal de Sergipe (UFS), e cursando especialização em História e Humanidades pela Universidade Estadual do Maringá (UEM). Possui trabalhos publicados na área de Preservação e Conservação especificamente de materiais gráficos e em História.

José Francisco dos Santos, Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFOB

Possui graduação em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho campus de Assis (2005) curso de Especialização Latu-Sensu em História, Sociedade e Cultura (2008), Mestrado (2010) e Doutorado(2015) todos em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC. Tem curso livre em História de África: Problemas, Fontes e Métodos realizado no programa de pós-graduação mestrado e Doutroado em História da África pela Faculdade de Letras da Univerisadade de Lisboa (2011) .Foi professor do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU. (2010-2011) foi docente colaborador Adjunto na Universidade Estadual de Maringá - UEM (2012 -2016) foi bolsista CAPES II e CNPq no mestrado e doutorado . Tem experiência na área de História, com ênfase em História da África, atuando principalmente nos seguintes temas: processo de independencia de Angola, Regime Civil-Militar brasileiro e Guerra Fria e Diplomacia.. Atualmente é docente assistente na disciplia de Histórias das Africas/Cultura Afro-brasileira na Universidade Federal do Oeste da Bahia - UFOB

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Publicado

2017-01-10