Cortinas de fumaça: Os discursos políticos e a hegemonia do desenvolvimento
DOI:
https://doi.org/10.22409/rcc.v1i13.38108Palavras-chave:
Poder, Discurso, Desenvolvimento, Cultura, NaturezaResumo
Intrínseca à ontologia moderna, a ideologia do desenvolvimento parece ter se convertido em uma maneira única e hegemônica de se pensar e praticar o meio, como o único caminho a ser trilhado pela Humanidade. Modernidade, desenvolvimento sustentável e progresso são palavras constantes nos discursos políticos relacionados às questões ambientais. Pretendemos, neste trabalho, mostrar como esses discursos são falaciosos, na medida em que, na prática, mantém-se a separação moderna de natureza e cultura e trazem relações de poder constituintes do campo ambiental, deixando certos coletivos às margens e fronteiras desse pressuposto progresso. Buscaremos mostrar também, como esses discursos podem ser perigosos, incitando e legitimando narrativas violentas e práticas catastróficas para a humanidade.