Do palco para as ruas: O rap como impulsionador das manifestações cívicas em Angola

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22409/rcc.v0i14.42348

Palavras-chave:

Rap, manifestações, ativismo, repressão, Angola.

Resumo

Este artigo mostra o papel do rap como impulsionador de manifestações cívicas em Angola. O texto aborda o rap desde o seu início no país, no começo dos anos 1990. Será visto que a vertente de intervenção no rap local surgiu no final da década de 1990. O governo respondeu a esse ativismo com violência, sobretudo com o assassinato do lavador de carros “Cherokee”, em 2003, cometido por agentes da guarda presidencial, quando a vítima estava reproduzindo uma música de rap. Este texto tem especial atenção com o período posterior a 2011, quando iniciaram as ações de rua. 17 ativistas estiveram presos entre 2015 e 2016, por debaterem um livro revolucionário. Entre esses, quatro são rappers. A divulgação dessas detenções contribuiu para pressões que culminaram com o fim do ciclo de José Eduardo dos Santos (1979-2017) na presidência. O texto ainda traz a opinião de rappers sobre a sucessão presidencial.

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Biografia do Autor

Francisco Carlos Guerra de Mendonça Júnior

Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de Coimbra, além de rapper, jornalista e produtor cultural.

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Publicado

2020-07-12