O Necrotério dos vivos de Eduardo Taddeo sob a ótica da Necropolítica de Achille Mbembe
Breves considerações
DOI:
https://doi.org/10.22409/rcc.v1i18.55447Resumo
RESUMO
Neste artigo analiso o rap necrotério dos vivos, faixa-título do CD lançado em março de 2020 pelo rapper paulistano Carlos Eduardo Taddeo, ex-vocalista do grupo Facção-Central, a partir da discussão proposta pelo teórico político, filósofo e historiador camaronense Achille Mbembe (2014;2018) sobre necropolítica – as políticas de morte adaptadas e operacionalizadas pelo Estado. Apresento a pertinência teórico-explicativa desse conceito para a compreensão de contextos e experiências de exclusão e extermínio das vidas consideradas subalternas nas favelas e periferias das grandes cidades brasileiras. Estabeleço, por fim, uma aproximação ou convergência do conteúdo narrado/cantado que elegemos como objeto de análise com a crítica pós-colonial de Mbembe a partir de reflexões que permeiam temas como racismo de Estado, política da inimizade e do extermínio das “humanidades” consideradas inferiores e perigosas.
Palavras-chaves: rap. Periferia. Violência. Racismo. Necropolítica.