Os Trabalhadores rurais em Campos dos Goytacazes
Uma análise sobre a resistência camponesa e a busca por direitos entre 1920-1950
DOI:
https://doi.org/10.22409/rcc.v1i19.58883Resumo
O presente artigo propõe uma discussão acerca das relações trabalhistas em Campos dos Goytacazes – RJ, entre os anos de 1920 e 1950. Assim, buscamos investigar o processo de fragmentação das relações tradicionais do trabalho rural, como o colonato e moradia, e sua gradativa substituição pelo trabalho assalariado na região geográfica da Baixada Campista. Logo, visamos aclarar passagens da conflituosa relação entre os trabalhadores rurais e a classe patronal da indústria sucroalcooleira no município. O objetivo central será investigar o processo de transformação das relações trabalhistas no campo e as formas cotidianas de resistência dos trabalhadores rurais em Campos dos Goytacazes. Em síntese, para compor a base documental desta pesquisa, recolhemos periódicos depositados no Arquivo Público Municipal Waldir Pinto de Carvalho e documentos online depositados na Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional, sobretudo jornais dos anos de 1925 a 1955. Por este caminho analítico, concluímos que a Baixada Campista foi o cenário de inúmeros conflitos envolvendo a classe dos trabalhadores rurais e a elite usineira e proprietária de terras. Por fim, constatamos, também, que a extinção dos vínculos trabalhistas tradicionais modificaram a identidade do homem do campo; permitindo sua inserção no mercado de trabalho assalariado e sua participação no movimento sindical rural.