Acontecimentos traumáticos e memória local

Reflexões a partir do caso do acidente de 13 de maio de 1974 em Currais Novos/RN

Autores

  • Fabiana Alves Dantas Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Fernando Romão Oliveira de Assis Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.22409/rcc.v2i20.61630

Resumo

Este artigo trata de como os acontecimentos traumáticos passam a fazer parte da memória local, no recorte de uma cidade. Discutimos essa questão a partir da memória de um acidente ocorrido em 13 de maio de 1974 em Currais Novos/RN, no qual uma procissão católica foi atropelada por um ônibus, levando vinte e quatro pessoas a falecerem. Analisamos diferentes fontes referentes ao processo de elaboração memorialística acerca desse fato, contando com o suporte teórico de autores que discutem as dinâmicas sociais e culturais da memória, como Assmann (2011; 2013), Pollak (1989; 1992) e Ricoeur (2007). Identificamos que esse acidente foi transformado em um fato rememorado por diversos meios, de modo que sua inserção na memória local se deu associada a um discurso de coesão identitária, nesse caso, uma identidade relacionada às tradições cristãs-católicas predominantes na cidade. Portanto, concluímos que acontecimentos traumáticos podem ser rememorados para reforçar identidades locais a partir de articulações que envolvem as esferas social e cultural.

Palavras-chave: Acontecimentos traumáticos. Currais Novos. Memória.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fernando Romão Oliveira de Assis, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Graduando em Psicologia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Downloads

Publicado

2024-04-29

Edição

Seção

Artigos