O “We have the ground, but we have no money to build”:

a construção do templo da Primeira Igreja Batista em face das disputas pelo campo religioso em Campos dos Goytacazes (1893-1898).

Autores

  • Murilo Rosa Garcias Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)/Programa de Pós-Graduação em História Social (PPGHIS)

DOI:

https://doi.org/10.22409/zrg79367

Resumo

 O presente artigo pretende, seguindo a abordagem da História Cultural das Religiões, explorar as disputas no interior do campo religioso do município de Campos dos Goytacazes a partir de uma análise voltada à construção do templo da Primeira Igreja Batista daquele município durante a primeira década republicana, momento em que já vigorava a separação entre Igreja e Estado. Para tanto, será útil avaliar os relatos feitos pelo missionário Salomão Ginsburg, pastor da congregação campista e grande entusiasta da construção do templo batista, em relação às instabilidades do campo religioso daquele momento e às repressões movidas pela maioria católica contra a minoria batista. Será avaliada ainda a participação imprescindível dos pedreiros-livres campistas na inserção e na estabilização do protestantismo naquela região, haja vista o recorrente apoio, inclusive de ordem econômica, que os maçons dispensaram aos batistas, especialmente durante o processo da construção do supracitado templo. Desse modo, busca-se delinear de que modo o campo religioso local foi perpassado pelas disputas que opuseram a Igreja Católica, de um lado, e batistas e pedreiros-livres, de outro; bem como os jogos de representações que fizeram parte dessa dinâmica.

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Publicado

2025-09-11