Será que ainda há tempo para mudar?
Perspectivas sobre tempo e Ensino de História no Novo Ensino Médio
DOI:
https://doi.org/10.22409/2v3bcc17Resumo
O presente artigo investiga as concepções de tempo histórico presentes na produção textual de estudantes da 2ª série do Ensino Médio em uma escola pública estadual de Salvador (BA). A pesquisa buscou compreender como os alunos articulam as relações entre passado, presente e futuro em suas discussões e produções textuais, revelando compreensões e possibilidades de agência histórica e construção de identidades. A análise fundamentou-se nas contribuições de Jörn Rüsen (2001), especialmente no que se refere à didática da História e ao conceito de consciência histórica, além das reflexões de Reinhart Koselleck (2006) sobre o tempo histórico e suas categorias de experiência e expectativa. Também dialogamos com os estudos de Ana Maria Monteiro, que aborda as relações entre memória, identidade e práticas pedagógicas. Por fim, os resultados preliminares indicaram a presença de múltiplas percepções de tempo entre os estudantes, variando entre visões fatalistas e outras que indicam possibilidades de transformação e intervenção no presente e construção de futuros possíveis.