https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/issue/feedRevista Convergência Crítica2024-04-29T18:24:02+00:00NEPeTSnovarconvergenciacritica@gmail.comOpen Journal Systems<p>A Revista <em>Convergência Crítica</em> tem periodicidade semestral e é fruto dos debates desenvolvidos no interior do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Teoria Social desde 2010, no âmbito do curso de Ciências Sociais do Instituto de Fundamentos da Sociedade da UFF. Oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento. <br /><strong>ISSN:</strong> 2238-9288</p>https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/62792Apresentação2024-04-29T18:24:02+00:00Editoresleossga@yahoo.com.br<p> </p> <p>Com muita alegria lançamos o vigésimo número da <em>Revista Convergência Crítica</em>. Essa edição é livre, ou seja, recebemos os mais variados trabalhos, abordando diversas temáticas, a partir de diferentes perspectivas e áreas do saber.</p> <p>Abrindo a edição, temos o trabalho intitulado “Anarchism and the History of Social Movements in Slovenia” [Anarquismo e a História dos Movimentos Sociais na Eslovênia], de autoria de Daša Tepina, pesquisadora da Escola de Humanidades da Universidade de Nova Gorica (Eslovênia). Nele, a autora lança luz sobre um aspecto historicamente marginalizado nos estudos sobre movimentos revolucionários eslovenos, que é a grande influência neles exercido pela tradição anarquista e seu conjunto de práticas e ideias. Movida por esse objetivo, a autora decide consultar uma vasta bibliografia sobre o tema e procura desbravar acervos de vários arquivos locais e inúmeros periódicos cobrindo todo o século 20 e início do 21. Ao fim do empreendimento, Tepina conclui que “podemos falar sobre fragmento de eventos e grupos históricos que estavam conectados e irmanados com ideias anarquistas em várias práticas conectadas com princípios anarquistas”.</p> <p>O segundo artigo trata dos movimentos sindicais nos Estados Unidos a partir da análise do documentário ''Deadline for Action'', de 1946. As autoras, Sthefaniy dos Santos Henriques e Eduarda Jardim Monteiro, esmiuçam como a produção trata da relação entre crescentes lucros das gigantes do setor elétrico (no caso, a General Electric) e a “estagnação dos salários dos trabalhadores da indústria elétrica após a Segunda Guerra Mundial”.</p> <p>A seguir temos o minucioso estudo de Filipe Tavares, que através de “O que pensam os Afropessimistas? Notas introdutórias ao Pensamento Negro Radical” se debruça sobre a Teoria Afropessimista na visão de seus/suas intelectuais: Orlando Patterson, Frank Wilderson III, Saidiya Hartman, Sylvia Wynter e Denise Ferreira da Silva. Tavares tem como principal objetivo discutir o “papel da negritude, racismo, antirracismo, violência sistêmica e do “pacto da branquitude” na construção do conhecimento histórico e sociológico”. Uma das conclusões desse instigante estudo diz respeito às “críticas à homogeneidade da categoria ‘sujeito’”, que foi “produzida para ser aplicada a contextos europeus e a pessoas brancas, em especial, ocidentalizadas”.</p> <p>Em outro artigo, “Análise do livro didático de História para o Ensino Fundamental: um estudo sobre os desafios e possibilidades de utilização em turmas do sexto ano”, de Daiana Junqueira Moreira, encontramos uma detalhada análise sobre como esse tipo de material é construído e estruturado, e como ele pode ser trabalhado na “interrelação entre conteúdo curricular e História Regional”.</p> <p>O quinto artigo, “A Importância da Linguagem na religião: A conexão entre o sagrado e as expressões religiosas”, de autoria de Vitor Emanoel Correa de Mesquita, aborda a “importância da língua nas cerimônias religiosas transcende fronteiras culturais e confissões religiosas, desempenhando um papel unificador que é digno de uma exploração mais profunda”.</p> <p>Depois, temos um trabalho que trata da questão da utilização do teatro pelos abolicionistas campistas em sua luta pelo fim da escravidão entre 1884 e 1888. Eis o tema de “Teatro Oitocentista e Manifestações Abolicionistas em Campos dos Goytacazes (1884-1888)”, escrito por Danielle Tavares da Rocha.</p> <p>A seguir, Fabiana Alves Dantas e Fernando Romão Oliveira de Assis analisam em “Acontecimentos traumáticos e memória local” questões traumáticas a partir da memória de um acidente ocorrido em 13 de maio de 1974 em Currais Novos/RN, revelando como “sua inserção na memória local se deu associada a um discurso de coesão identitária, nesse caso, uma identidade relacionada às tradições cristãs-católicas predominantes na cidade”.</p> <p>No oitavo artigo, Mario Junior desenvolve uma importante reflexão em “Aspectos do autoritarismo brasileiro: formação social, dependência e neoliberalismo”. Ele demonstra como a combinação entre neoliberalismo e chauvinismo ultrarreacionário se apresenta “no período de refluxo ou estagnação que vai da redemocratização a partir dos anos 1980” e então ressurge “no continente latino-americano com a crise econômica global desencadeada nos Estados Unidos a partir de 2008”. Nesse cenário conjuntural, o autor explicita as “especificidades do autoritarismo brasileiro combinado à recente ofensiva neoliberal, enfatizando a nossa formação social e modo de produção típicos diante do processo histórico latino-americano”.</p> <p>Finalizando a presente edição, temos o artigo escrito por Daniel Paulino Filho, intitulado “Aos Brancos, os Direitos Humanos, aos Negros, Nada: considerações acerca do julgamento do Habeas Corpus 208.240 sobre perfilamento racial”. Ele tece importantes considerações sobre o <em>Habeas Corpus</em> 208.240, julgado no âmbito do STF. Com base nos conceitos de <em>zona do ser (“</em>atributos exclusivos do grupo social dominante, a branquitude”) e <em>zona do não ser</em> (“constituída como inferior e naturalmente perigosa”), Paulino Filho conclui que a “violação de direitos e garantias fundamentais, por parte dos agentes de segurança pública em abordagens policiais, mesmo que observadas, não são consideradas plausíveis para anular o processo criminal”.</p> <p>Na esperança que tais trabalhos encorajem novas reflexões e pesquisas, desejamos uma boa leitura a todos, todas e todes!</p>2024-04-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Convergência Críticahttps://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/62155Anarchism and the History of Social Movements in Slovenia2024-03-02T15:42:16+00:00Daša Tepinadasa.tepina@ung.si<p class="western" style="line-height: 150%; margin-bottom: 0in;" align="left"><span style="font-weight: normal;">The article is a compilation of fragments of revolutionary movements in the Slovenian region, which in one way or another were connected to or derived from the tradition of anarchist ideas and practises. It is an overview of an omnipresent phenomenon that never had or has never had a broader social visibility, but was always present in the shadows and on the margins, continuously shaping social movements and communities in revolt and offering refuge to many marginalised and oppressed people, thus amplifying their voice, which gradually changed the general social conditions. A modest overview, supplemented by archival sources from the Slovenian archives and newspaper articles from different periods. It covers a wide area of the fragmented 20th century, touching at the end on the transition to the 21st century. So even it is difficult to argue that there is a history of the anarchist movement in this region, that can be described as a rooted, consistent anarchist history, and it takes a certain spirit of enquiry to discover and bring to the surface anarchist ideas and practises, we, however, can talk about fragments of historical events and groups that were connected and intertwined with anarchist ideas in various practices connected with anarchist principles. And all of them were inherent for an organized anarchist movement, which was established in the last three decades that we can speak today of an overtly coherent set of ideas and practises. </span></p>2024-04-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Convergência Críticahttps://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/62668Os Movimentos Sindicais nos Estados Unidos2024-04-19T21:07:02+00:00Sthefaniy dos Santos Henriquessthefaniyhenriques@id.uff.brEduarda Jardim Monteiroeduardajardim@id.uff.br<p><span class="fontstyle0">Este artigo assume como temática de pesquisa a análise de um documentário produzido pela ‘</span><span class="fontstyle2">Union Films</span><span class="fontstyle0">’ para o sindicato estadunidense “</span><span class="fontstyle2">United Electrical, Radio and Machine Workers of America</span><span class="fontstyle0">” (UE). O curta-metragem, que foi uma produção do ano de 1946, buscou abordar em seu conteúdo crescentes lucros vinculados à economia dos Estado Unidos da América (EUA) e a estagnação dos salários dos trabalhadores da indústria elétrica após a Segunda Guerra Mundial. Nesse sentido, o documentário foi utilizado como a fonte principal do objeto de pesquisa que norteou este artigo, sendo este enquadrado em torno da história de Bill Turner, um trabalhador da </span><span class="fontstyle2">General Electric </span><span class="fontstyle0">cujos salários foram cortados. Além disso, o trabalho engloba questões como a greve maciça dos eletricitários e das táticas gerenciadas pelos trabalhadores grevistas da indústria e do governo, da consolidação da riqueza e das estruturas corporativas sob um número muito pequeno de indivíduos e entidades. Por fim, a temática atrelada a este momento histórico dos Estados Unidos também perpassa questões administrativas e políticas do governo, pois o documentário defende a importância de atentar-se às prerrogativas existentes do trabalhador quando relacionadas com as decisões de republicanos e democratas do sul.</span></p>2024-04-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Convergência Críticahttps://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/62128O que pensam os Afropessimistas? Notas introdutórias ao Pensamento Negro Radical2024-02-28T21:10:30+00:00Filipe Tavaresfilipe.tavares3@live.com<p>O papel do sujeito está presente em diversas teorias das Ciências Sociais e cada uma delas concebe-os de formas distintas. Este artigo visa explorar os principais argumentos do pensamento negro radical, exponenciado pela Teoria Afropessimista, cujos principais autores são Orlando Patterson (2008); Frank Wilderson III (2020; 2021); Saidiya Hartman (2021; 2023); Sylvia Wynter (2021) e Denise Ferreira da Silva (2022). Propomos a apresentação das ideias centrais da teoria por seus principais intelectuais, com vistas a fomentar as discussões acadêmicas acerca do papel da negritude, racismo, antirracismo, violência sistêmica e do “pacto da branquitude” na construção do conhecimento histórico e sociológico. Apesar das divergências , fruto das múltiplas experiências sociais, religiosas, políticas e acadêmicas dos autores, as interpretações são congruentes ao partirem de algumas premissas, sendo elas: a rejeição da História ocidental branca como a História da humanidade; a permanência de contextos de violência gratuita aos corpos negros; a reprodução das ações e práticas escravistas – e escravocratas – na sociedade moderna; a construção da dicotomia entre humanos (brancos) e negros (coisas, objetos, peça). Conclui-se que, nas discussões apresentadas, os autores suscitam críticas à homogeneidade da categoria “sujeito”, produzida para ser aplicada a contextos europeus e a pessoas brancas, em especial, ocidentalizadas.</p>2024-04-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Convergência Críticahttps://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/61346Uma Análise do livro didático de História para o Ensino Fundamental2024-01-03T20:16:31+00:00Daiana Junqueira Moreiradaiana.moreira.209@gmail.com<p class="western" align="justify"><span style="font-size: medium;"><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">O</span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> objetivo deste artigo é apresentar uma leitura analítica do livro didático de História para o 6° ano do Ensino Fundamental. O livro didático supracitado faz parte da coleção </span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><em>Estudar História: das origens do homem à era digital </em></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">(2018)</span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">, de autoria das pesquisadoras Patrícia Ramos Braik e Anna Barreto. Nossa análise partiu, inicialmente, da revisão teórica a partir de autores que abordam o livro didático como objeto de estudo e material de apoio a prática pedagógica. Para compor o referencial teórico, valemo-nos dos seguintes autores: Bittencourt, 2008; Cassiano, 2017; Choppin, 2004. </span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span lang="pt-BR">A seguir</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;">, desenvolvemos uma análise aprofundada do capítulo 04 do livro didático selecionado, cujos pontos determinantes de observação foram o conteúdo textual, historiográfico, exercícios e os recursos visuais presentes na obra. Foi verificado, então, que o material estudado possui textos bem estruturados, com sugestões de leituras complementares e material audiovisual que estimulam a curiosidade investigativa e criativa dos educandos. Por fim, a parte final desse artigo tem como objetivo discutir as possibilidades de se trabalhar o capítulo analisado a partir da inter-relação entre conteúdo curricular e História Regional, explorando possibilidades e potencialidades por meio </span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"><span lang="pt-BR">de um</span></span></span><span style="color: #000000;"><span style="font-family: Times New Roman, serif;"> plano de ensino.</span></span></span></p>2024-04-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Convergência Críticahttps://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/61248A Importância da Linguagem na religião: A conexão entre o sagrado e as expressões religiosas2023-12-27T13:32:43+00:00Vitor Emanoel Correa de Mesquitavitoor_00@hotmail.com<p>A língua desempenha um papel profundamente fundamental nas cerimônias religiosas em todo o mundo, estabelecendo uma ligação intrincada entre o sagrado e a palavra falada e escrita. Ela serve como uma ponte entre os fiéis e suas crenças, transmitindo os ensinamentos, orações e rituais que são essenciais para muitas tradições religiosas. Essa conexão linguística é a espinha dorsal de práticas religiosas, permitindo que as pessoas expressem, compartilhem e vivenciem sua fé de maneira tangível e significativa. A importância da língua nas cerimônias religiosas transcende fronteiras culturais e confissões religiosas, desempenhando um papel unificador que é digno de uma exploração mais profunda. Neste artigo, falaremos da relação intrínseca entre a linguagem como veículo de conexão com o Sagrado.</p>2024-04-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Convergência Críticahttps://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/60117Teatro Oitocentista e Manifestações Abolicionistas em Campos dos Goytacazes (1884-1888)2023-10-03T22:47:47+00:00Danielle Tavares da Rochadanielletdrocha@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo, versão resumida da monografia de trabalho de conclusão do curso de licenciatura em História pela Universidade Federal Fluminense, tem por objetivo demonstrar como o teatro foi utilizado pelos abolicionistas campistas em sua luta, no recorte temporal que vai de 1884 a 1888, período entre a criação do Clube Abolicionista Carlos de Lacerda e do jornal </span><em><span style="font-weight: 400;">Vinte e Cinco de Março</span></em><span style="font-weight: 400;">– ambos fundados pelo líder abolicionista da cidade, Luiz Carlos de Lacerda– e o fim da escravidão. O jornal </span><em><span style="font-weight: 400;">Vinte e Cinco de Março</span></em><span style="font-weight: 400;"> foi a fonte usada para mapear os eventos abolicionistas, em sua maioria realizados no Teatro Empyreo, e pensar de que forma essa estratégia abolicionista foi utilizada.</span></p>2024-05-07T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Convergência Críticahttps://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/61630Acontecimentos traumáticos e memória local2024-01-28T17:57:09+00:00Fabiana Alves Dantasfabiana.dantas03@gmail.comFernando Romão Oliveira de Assisfernando.cn7@gmail.com<p>Este artigo trata de como os acontecimentos traumáticos passam a fazer parte da memória local, no recorte de uma cidade. Discutimos essa questão a partir da memória de um acidente ocorrido em 13 de maio de 1974 em Currais Novos/RN, no qual uma procissão católica foi atropelada por um ônibus, levando vinte e quatro pessoas a falecerem. Analisamos diferentes fontes referentes ao processo de elaboração memorialística acerca desse fato, contando com o suporte teórico de autores que discutem as dinâmicas sociais e culturais da memória, como Assmann (2011; 2013), Pollak (1989; 1992) e Ricoeur (2007). Identificamos que esse acidente foi transformado em um fato rememorado por diversos meios, de modo que sua inserção na memória local se deu associada a um discurso de coesão identitária, nesse caso, uma identidade relacionada às tradições cristãs-católicas predominantes na cidade. Portanto, concluímos que acontecimentos traumáticos podem ser rememorados para reforçar identidades locais a partir de articulações que envolvem as esferas social e cultural.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Acontecimentos traumáticos. Currais Novos. Memória.</p>2024-04-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Convergência Críticahttps://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/58786Aspectos do autoritarismo brasileiro: formação social, dependência e neoliberalismo.2023-08-15T23:33:18+00:00Mario Juniormmajr1975@gmail.com<p><span style="font-weight: 400;">A atual ofensiva autoritária brasileira, em curso desde o acirramento político nas eleições presidenciais de 2014 e o “golpe branco” de 2016 contra a presidenta eleita Dilma Rousseff, consolida-se com a ascensão do projeto de extrema-direita ultraneoliberal nas eleições de 2018. Combinando neoliberalismo com chauvinismo ultrarreacionário, têm raízes no período de refluxo ou estagnação que vai da redemocratização a partir dos anos 1980, conforme as organizações de resistência às ditaduras militares instauradas nas décadas de 60 e 70 se estabelecem como interlocutores dos trabalhadores e setores populares, opondo-se a agenda neoliberal que caracteriza a década seguinte. Com exceção de Cuba, esse processo atravessa a América Latina como um todo, sobretudo, a parte sul-americana do continente, dominada no pós-revolução cubana por ditaduras militares de extrema-direita apoiadas pelo imperialismo norte-americano no bojo da Guerra Fria. Após esse período, o autoritarismo ressurge no continente latinoamericano com a crise econômica global desencadeada nos Estados Unidos a partir de 2008, restabelecendo o neoliberalismo como reação à onda progressista-desenvolvimentista que se consolida após a década neoliberal de 1990. Dito isto, essa reflexão propõe no âmbito do capitalismo dependente e periférico, apontar as especificidades do autoritarismo brasileiro combinado à recente ofensiva neoliberal, enfatizando a nossa formação social e modo de produção típicos diante do processo histórico latinoamericano.</span></p>2024-04-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Convergência Críticahttps://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/60545Aos Brancos, os Direitos Humanos, aos Negros, Nada: considerações acerca do julgamento do Habeas Corpus 208.240 sobre perfilamento racial2024-03-29T23:27:08+00:00daniel paulino filhodanielpaulinoufpr@gmail.com<p>O presente trabalho tem como objetivo central realizar considerações acerca do julgamento do <em>Habeas Corpus</em> 208.240, no âmbito do STF, sobre a prática do perfilamento racial, com base na noção de que os direitos humanos foram construídos e são concebidos a partir da <em>zona do ser</em>, portanto são atributos exclusivos do grupo social dominante, a branquitude. Sendo a <em>zona do não ser</em> constituída como inferior e naturalmente perigosa, é vedado a corpos negros ocuparem a condição de vítima, ou seja, seu sofrimento não se registra. Assim, a violação de direitos e garantias fundamentais, por parte dos agentes de segurança pública em abordagens policiais, mesmo que observadas, não são consideradas plausíveis para anular o processo criminal.</p> <p> </p>2024-04-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2024 Revista Convergência Crítica