Revista Convergência Crítica
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<p>A Revista <em>Convergência Crítica</em> tem periodicidade semestral e é fruto dos debates desenvolvidos no interior do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Teoria Social desde 2010, no âmbito do curso de Ciências Sociais do Instituto de Fundamentos da Sociedade da UFF. Oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento. <br /><strong>ISSN:</strong> 2238-9288</p>UFFpt-BRRevista Convergência Crítica2238-9288Resenha do livro “O Espírito da Floresta” de Bruce Albert e Davi Kopenawa
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/66084
<p>Não se aplica, pois é uma resenha. </p>Bianca Luiza Freire de Castro França
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.66084As Intersecções das Crenças Docentes na Acessibilidade do Ensino de Português Língua Adicional (PLA) em Ambientes Virtuais.
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<p><strong>Resumo</strong></p> <p><span style="font-weight: 400;">Este estudo investiga o ensino de PLA no contexto EAD, focando nas implicações socioeconômicas e tecnológicas da inclusão digital. O objetivo é analisar criticamente os desafios e oportunidades desta modalidade de ensino no cenário brasileiro. Utilizando uma abordagem qualitativa analítica temática, baseada em Savin-Baden e Major (2013), Pischetola (2016), dentre outros; foram analisados dados de literatura especializada. Os resultados indicam que a promessa de democratização do ensino via EAD enfrenta obstáculos significativos, principalmente devido às desigualdades no acesso e uso das TIDCs. Conclui-se que, para o ensino de PLA via EAD alcançar seu potencial transformador, é necessária uma abordagem multifacetada que considere não apenas o acesso tecnológico, mas também o letramento digital, adaptações metodológicas às realidades locais e políticas educacionais que abordem as desigualdades estruturais.</span></p> <p><strong>Palavras-Chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Inclusão Digital; PLA (Português como Língua Adicional); Educação a Distância (EAD).</span></p>João Eduardo Silva de SouzaAlecio Vaneli Gaigher Marely
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64187Breves considerações historiográficas sobre o Nacionalismo
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64112
<p>A história do nacionalismo e sua intersecção com a globalização são temas que têm ganhado destaque nas discussões contemporâneas sobre identidade, política e cultura. O fenômeno da globalização, que se intensificou nas últimas décadas, trouxe consigo uma série de transformações que desafiam as noções tradicionais de estado-nação e nacionalismo. Neste contexto, diversas correntes historiográficas têm se debruçado sobre a análise crítica do nacionalismo, questionando sua relevância e adaptabilidade em um mundo cada vez mais interconectado. Autores como Octavio Ianni e André Moysés Gaio argumentam que, embora a globalização promova uma maior circulação de ideias e pessoas, ela não necessariamente resulta na obsolescência do nacionalismo. Em vez disso, a crise do estado-nação pode ser vista como uma oportunidade para repensar as relações de poder e as identidades culturais em um cenário global. A Escola dos Annales, por exemplo, propõe uma abordagem interdisciplinar que desafia as narrativas históricas tradicionais, enfatizando a importância de fatores sociais e econômicos na formação das identidades nacionais. Este texto busca explorar essas questões, analisando como a historiografia contemporânea aborda o nacionalismo e os impactos da globalização nas políticas nacionais, contribuindo para um entendimento mais profundo das dinâmicas sociais atuais.</p>Tácio Barbosa
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64112Produtivismo Acadêmico e Sofrimento Psíquico no Ensino Superior Pós-Pandemia: Cansaço e Vida Danificada como o Novo Normal
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/62539
<p>Neste artigo desenvolvemos alguns aspectos de uma discussão sobre os impactos do produtivismo acadêmico na saúde mental, especialmente no contexto do ensino superior no momento pós-pandemia. Realizamos esta discussão amparados em autores como Adorno (1993), Alvarez (2004), Han (2015), Leher, (2004), Lockmann (2013) e Schwartzman (1979). Fazemos esse compartilhamento teórico denunciando a realidade, mas ao mesmo tempo, anunciando afirmativas esperançosas. É necessário que os pesquisadores se unam e criem redes de apoio: além de cuidar da saúde física e mental, construir grupos de estudos bem articulados, uma relação dialógica permanente, com pessoas engajadas e direcionadas a realizar o processo formativo de forma leve e organizada, para que os trabalhos não se tornem exaustivos e patologistadores.</p>Alex Sander da SilvaKaroline Cipriano dos SantosSilvana Mazzuquello TeixeiraGuilherme Orestes Canarim
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.62539A Guerra Lúdica e o Neo Orientalismo em Call Of Duty Modern Warfare (2007)
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64117
<p><span style="font-weight: 400;">A partir das teorias de cultura da mídia e neo-orientalismo, com um breve diálogo com as teorias pós-coloniais e marxistas, o presente artigo visa analisar as representações culturais e de violência em jogos eletrônicos de guerra moderna em </span><em><span style="font-weight: 400;">Call of Duty 4: Modern Warfare</span></em><span style="font-weight: 400;"> (Activision, 2007) com ênfase em um estudo de modo que as ideologias neo-orientalistas são reproduzidas em jogos de guerra moderna em </span><em><span style="font-weight: 400;">videogames</span></em><span style="font-weight: 400;">. O presente artigo resulta de uma discussão em curso da dissertação de mestrado. Nesse sentido, para a realização deste estudo organizamos em quatro tópicos: de antemão intenciono realizar uma breve discussão sobre o contexto histórico do desenvolvimento tecnológico dos </span><em><span style="font-weight: 400;">videogames</span></em><span style="font-weight: 400;">; em seguida, problematizar esse desenvolvimento histórico; além de analisar a guerra lúdica como combinação do complexo entretenimento-militar como produção de representações neo-orientalistas; para concluir aplicando o referencial metodológico de Douglas Kellner (2001) para analisar contexto e conteúdo de </span><em><span style="font-weight: 400;">Call of Duty 4: Modern Warfare</span></em><span style="font-weight: 400;">. Com efeito, conclui-se com a seguinte hipótese: a cultura da mídia dos jogos eletrônicos de guerra lúdica estão submetidos a racionalidade militar, a econômica de mercado e a lógica neo-orientalista em discursos e representações, isto é, formas entrelaçadas e dominantes na criação de experiências visuais, textuais e sonoras nas mídias.</span></p>Rodrigo Queiroz de Aguiar
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64117As filosofias contratualistas e suas relações com a obra, "A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes"
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<p><span style="font-weight: 400;">O presente artigo tem como objetivo analisar e compreender as relações do livro “A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” da autora norte-americana Suzanne Collins, com os conceitos filosóficos de estado de natureza, medo como categoria filosófica, sociedade civil e contrato social na perspectiva de Thomas Hobbes, a partir de seu clássico, “Leviatã”. A obra de Collins trata-se de uma sociedade distópica com a formação de um controle forte e absoluto, em que o temor à guerra assume um papel restrito na busca de manipulação dos indivíduos por um Estado controlador. Aliado a isso, há a especificidade de estado de natureza, desigualdades e liberdades, conceitos que autores como John Locke e Jean-Jacques Rousseau trabalham em “Dois tratados sobre o governo” e “Discurso sobre a origem das desigualdades entre os homens”, respectivamente, e podem ser atribuídos aos personagens de “A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes”.</span></p>Pedro Henrique da Silva
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.65036A Institucionalização da Transição Democrática
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<p>Este trabalho apresenta uma discussão sobre a Redemocratização do Brasil no pós Ditadura Civil-Militar sobre as leis advindas com a Constituição de 1988, dita <em>Constituição Cidadã. </em>Busca entender esse processo sobre as bases da Nova História Política - NHP, buscando abordar de forma concisa as suas contribuições para a história atual e para o entendimento da nova política trabalhada e vivida no presente.</p>Ryan Igor da Costa Souza
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.60552A Temática Indígena nos Livros Didáticos de História:
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64286
<p>Sabemos que os povos indígenas foram silenciados durante décadas e esse artigo científico tem como objetivo discutir essa questão ao analisar livros didáticos 7°, 8° e 9° ano de duas diferentes coleções. Alguns pontos são fundamentais para entender melhor esse assunto, como a construção do currículo e as disputas em volta dele; a promulgação da lei n° 11.645/08, que alterou o currículo e, consequentemente, os livros didáticos, dessa forma melhorando a abordagem da temática indígena nos livros e nas salas de aula; e ao analisar de que maneira e em quais momentos da história esses povos são retratados nos livros. Foi possível observar, após toda a discussão, que há avanços e lacunas na abordagem da temática indígena nos livros examinados, assim como na educação no geral. Por fim, apesar dos pontos positivos, é evidente que precisamos ir além. É possível e necessário incluir mais da história e cultura indígenas nos livros didáticos.</p>Lara Siqueira Rangel Fernandes
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2025-01-182025-01-18121A Inteligência Artifical na Educação Latino-Americana
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<p>O texto apresentado tem como objetivo problematizar as preconizações da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para a Educação, sobretudo ao tratar-se da Inteligência Artificial (IA). Para tanto, selecionamos dois documentos intitulados de “Consenso de Beijing: sobre a inteligência artificial e a educação” (2019) e “<em>Computational Thinking, Artificial Intelligence and Education in Latin America”</em> (2022), estes se constituem como fontes primárias para a análise por contribuírem como documentos que tem como proposição apresentar um panorama sobre as ações empreendidas por diferentes países e, especialmente, a orientar políticas e ações para a inserção das IA’s na Educação. Na análise enfocamos os países latino-americanos: Uruguai, Argentina e Brasil, com pesquisa de caráter exploratório, de tipo documental e bibliográfica e de abordagem qualitativa. Conclui-se que a Unesco tem sido indutora de políticas de educação, disseminando análises que remetem à democratização da Educação, flexibilidade dos processos educativos por meio das IA’s, ancorando-se no conceito de aprendizagem ao longo da vida e incentivando a participação do setor privado na efetivação das mudanças a serem promovidas pela via da digitalização educacional, especialmente incentivando a articulação dos Governos com o setor privado. Por outro lado, desvincula tais indicações e preconizações de uma análise que considere as condições socioeconômicas objetivas em que a educação se realiza.</p>Márcia CossetinRenan Antonio Pais de Godoy
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64537“Se Podes Olhar, Vê. Se Podes Ver, Repara"
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64513
<p>Nos últimos anos, o uso de tecnologias digitais aumentou significativamente, provocando mudanças na realidade social e no comportamento das pessoas. Baseado na epígrafe “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara” do livro <em>Ensaio sobre a cegueira</em>, o presente artigo pretende debater o colonialismo digital e seus impactos no campo da educação, levando em consideração experiências cotidianas, textos literários e perspectivas críticas sobre o uso da tecnologia. Todos os dias, nossos olhos são receptores do excesso de informação e estímulos visuais mediados pelas telas, mas, será que reparamos nas suas obscuridades, ou apenas nos centramos nas suas ideias luminosas? O acesso ao excesso nem sempre nos permite estar conscientes da escassez. Entre textos teóricos e literários, este estudo realiza uma revisão teórica que parte da premissa de buscar “ser contemporâneo” para olhar criticamente a realidade, discutir as problemáticas presentes no colonialismo digital e encontrar brechas no sistema colonial-capitalista para que a tecnologia possa ser utilizada no sentido emancipatório. Com isso, revela-se a urgência de descolonizar a tecnologia, de modo a enfrentar o colonialismo digital e suas alterações nas dimensões ontológicas, epistemológicas e axiológicas.</p>Marília Claudia Favreto Sinãni
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64513Memes, mitadas e propaganda política na era do colonialismo digital: o bolsonarismo e as eleições presidenciais brasileiras de 2022 no X
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64502
<p>Este trabalho apresenta uma investigação sobre o processo de propaganda política realizada por setores do chamado bolsonarismo na rede social X durante a campanha presidencial de 2022, com foco na aproximação entre esses sujeitos e comunidades dedicadas aos memes, sugerindo haver uma miscelânea entre a política defendida e a propaganda transmitida via memes. A pesquisa foi realizada através da análise do discurso, cujos dados foram obtidos por meio da técnica de observação dos perfis que compõem o corpus e interpretados à luz da teoria do colonialismo digital.</p> <p><strong> </strong></p>Giuseppa Maria Daniel SpenilloCarlos Eduardo Muniz Borges
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64502A Dataficação das Cidades e o Impacto na Gestão Urbana
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64486
<p>O presente estudo visa compreender como o processo de dataficação tem sido abordado na gestão das cidades, identificando quais os tipos de abordagens prevalecem sobre este tema, suas características e estratégias adotadas para sua propagação. Para tal, foram aplicadas as técnicas e instrumentos de pesquisa para filtrar trabalhos acadêmicos sobre o tema no recorte de 2013 a 2023. Com base nas leituras e sistematização crítica dos artigos foram identificados três tipos de abordagem: regulatória, tecnocrática e sociotécnica. A análise dessas abordagens visa contribuir para ampliar o conhecimento sobre as possibilidades e desafios do processo de dataficação no planejamento e gestão territorial das cidades do século XXI.</p>Carolina Bracco Delgado de Aguilar
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64486O dilema homem-máquina
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64468
<p>Pretende-se neste artigo destacar o comprometimento do sistema do capital relativo à introdução de máquinas informacionais em todas as esferas da contraditória produção capitalista cujas finalidades últimas são a extração, a apropriação e a realização de mais-valor gerando não só um imenso número de desempregados ao redor do mundo como também a criação de um arcabouço ideológico que, por um lado, obscurece as relações de trabalho e, por outro, destitui do ser humano sua condição de ser ativo nos processos criativos do trabalho. Para tal empreitada, primeiro, pretendemos recuperar como a produção de mercadorias visava o valor de uso; segundo, destacar o processo histórico que se segue de apropriação do saber-fazer cujas consequências em larga medida foram não só a implosão das fronteiras da produção local de mercadorias como a transformação do saber-fazer em capital. Por fim, o artigo propõe um debate sobre o arcabouço ideal que sustenta a reprodução contemporânea do capital que, entre outras características, equipara máquinas ao humano reproduzindo aí uma dada concepção ontológica. Também destacaremos o papel que a ideologia de classe cumpre na sustentação de uma concepção desumanizadora do trabalho e dos trabalhadores.</p>Terezinha FerrariFelipe Saluti Cardoso
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64468Colonialismo Digital e Racismo Algorítmico
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64482
<p>Este artigo busca investigar como o racismo algorítmico, perpetuado pelas novas tecnologias de informação e comunicação (TICs), pode ser compreendido dentro do contexto mais amplo do colonialismo digital. Argumenta-se que as estruturas de poder e dominação, historicamente estabelecidas pelo colonialismo, continuam a operar no ambiente digital através de algoritmos que reproduzem e reforçam desigualdades raciais. O artigo, enquanto recorte do trabalho de conclusão de curso, pretende analisar a forma como as práticas algorítmicas, desenvolvidas predominantemente por grupos hegemônicos, contribuem para a exclusão e marginalização de pessoas negras, ao mesmo tempo em que se inserem em uma lógica de controle e exploração características do colonialismo.</p>Maria Alice Silva Santos Félix
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64482Dos algoritmos ancestrais à crítica da digitalização
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64906
<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo tem como objetivo apresentar uma crítica das condições do processo contemporâneo de digitalização em quatro partes: 1) desde seus princípios remotos na história antiga, passando pela constituição do capitalismo industrial; enfatizando, posteriormente, 2) a relação entre o desenvolvimento de fundamentos do digital nas duas grandes guerras; assim, pretendemos argumentar que o mítico “tempo real” das mercadorias no contemporâneo está relacionado ao Tempo do Fim [</span><em><span style="font-weight: 400;">Endzeit</span></em><span style="font-weight: 400;">] como horizonte transcendental negativo inescapável após a fusão entre ciência e capital, com o advento da bomba atômica; 3) chegaremos à penúltima parte, onde a crítica da digitalização, através da relação cabal entre (economia) política e guerra, revelará enfim; 4) as consequências éticas, epistemológicas e políticas radicais desde os princípios inscritos nas próprias máquinas digitais. Da bomba à digitalização, vemos então diferentes figuras do mesmo processo. </span></p>Cian Barbosa
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64906Is There A State's Right to Security?
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64207
<p>This study aims to explore the consequences of the use of artificial intelligence (AI) systems to deepen defense and security inequalities and its interaction with a right to security. The possible future effects of a bigger adoption of automated systems in the strategic area are notable. One can realize, though, that, as in other moments of history, the states’ capacity of assuring its own security associates itself with the level of technological advancement of the nation, which implies that Global South countries’ technological inequalities also have strategic asymmetry as a consequence. Hence, a realist logic of observing the international system is intensified, as there is an even greater affirmation of those who detain the force, or, in this case, technological dominance. Although, a notion of a right to security is based on the Theory of the International Society, recognizing shared expectations from the common agreements on norms, even if they are crossed by issues such as capacity and context. Regulation proposals on legal automated systems are also explored, in a sense that rule-making and enforcing are constructed in a way so as to diminish or to break the raising of technological-strategic asymmetries. As results, it was possible to notice that the right to security is being compromised by autonomous weapons draft regulations that are vague, which are even being proposed by South Global countries.</p>João Vitor Sales ZaidanWisley Simon de Lima Cunha
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64207Moda, dataficação, inteligência artificial e colonialismo digital: reflexões introdutórias
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64904
<p>O presente trabalho parte de uma abordagem fenomenológica, com fontes bibliográficas e<br>documentais, e propõe uma reflexão sobre a relação entre moda e colonialismo digital. A moda é o<br>que torna nossos corpos vestidos e ornamentados, culturalmente visíveis; organiza pulsões tangíveis<br>e intangíveis. Por meio do vestir, a moda articula o corpo com a territorialidade nas práticas do<br>cotidiano. Compreendemos que a moda atuando no campo do sensível e na constituição subjetiva<br>do sujeito, junto à indústria da moda, originada no Norte global, acaba que agindo como dispositivo<br>colonizador, por onde atua. Já a moda sistematizada ou a indústria da moda é entendida em uma<br>perspectiva ampla, como organização econômica, que contempla não apenas as tendências no ramo<br>do vestuário, mas também seu processo produtivo e ideológico. A moda sistematizada serve de<br>estrutura social de divisão de classes. O colonialismo digital está diretamente relacionado a uma<br>fase do modo de produção capitalista, que objetifica e mercantiliza as relações sociais, como mais<br>uma forma de opressão e controle, que expropria corpos, recursos naturais e o tempo, por meio da<br>tecnologia dataficada. Articulando-se as duas temáticas, é possível refletir que ambas têm a<br>capacidade de excluir pessoas conforme sua raça, etnia, classe social, gênero, dentre outros<br>marcadores sociais. Abordamos neste trabalho, ainda incipiente, não apenas os impactos da<br>dataficação e do colonialismo digital na moda, mas também as possibilidades de resistência por<br>meio de movimentos hacktivistas. </p>Suzana AvelarLucilene Mizue HidakaLara Leite Barbosa
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64904Descolonizar a tecnologia digital
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64894
<p><span style="font-weight: 400;">A descolonização da tecnologia digital é um gesto urgente e absolutamente necessário na agenda política. Da luta pelos direitos humanos ao letramento científico, dos hackerspaces à soberania digital, a tecnologia digital tem sido apropriada em diferentes frentes democráticas com diversas aplicações, inclusive na governança ambiental. Este artigo de caráter exploratório e transdisciplinar tem como objetivo apresentar reflexões, controvérsias e bifurcações deste processo. Neste movimento, buscarei enfatizar os atributos extrativistas e o impacto ambiental gerado pelas ferramentas digitais, em especial, a Inteligência Artificial (IA). Por fim, o texto esboça a noção de cosmotécnica (Yuk Hui, 2020) no intuito de apontar outros imaginários tecnopolíticos que possam ser fundamentados em outras lógicas de racionalidade e sensibilidade situadas e terrestres.</span></p>Andi Almeida
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64894Tecnologias de exploração: colonialismo, cotidiano e relações de trabalho no capitalismo digital
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64470
<p>O presente artigo apresenta uma discussão sobre os modos de atuação do colonialismo no contexto do capitalismo digital e suas implicações sobre o cotidiano e as relações de trabalho na contemporaneidade. Por meio de uma revisão bibliográfica sobre colonialismo de dados, produção social da realidade e trabalho, indica-se que a sociedade dataficada é marcada por uma atualização permanente das ferramentas de exploração e controle de corpos e de territórios, promovendo o aprofundamento das desigualdades, do racismo e da precarização da vida. A partir de uma reflexão sobre o tempo e o espaço, construiu-se uma leitura sobre consequências dos processos de automação da vida social e da produção algorítmica de novas tecnologias de exploração.</p>Paulo MeloBruna RochaCássio Santana
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64470Do Twitter Pro X
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/63948
<p>Plataformas digitais exploram o uso de dados em um modelo de negócios baseado em algoritmos, inteligência artificial e venda de engajamento e atenção dos usuários para oferecer oportunidades de publicidade segmentada. O Twitter, agora renomeado de X, é uma empresa deste campo organizacional que apresenta significativa influência política e foi comprada por Elon Musk em outubro de 2022. O objetivo do artigo é entender práticas e ações desencadeadas pela gestão de Elon Musk como forma de ampliação do colonialismo digital contemporâneo. A pesquisa é qualitativa com metodologia etnográfica, compreendendo observação entre setembro de 2020 e junho de 2024, organizada em uma planilha com os tópicos diários, em conjunto com a elaboração de um diário de campo que envolveu a coleta de tuítes de Musk e matérias de mídia que foram publicados durante e após o anúncio da compra. Como resultados, traz ações empreendidas por Musk no período de sua gestão e apresenta facetas desta, como estilo autocrático de gestão, confusão, descontentamento, êxodo, divisão, politização a favor da extrema-direita e até reconfiguração do campo organizacional, caracterizando uma vertente do colonialismo digital contemporâneo em aliança com o neoextrativismo.</p>Marcelo CastañedaLuana Marcelino
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.63948O caso da Rede Nacional de Dados em Saúde
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64878
<p>Neste artigo o autor refletirá sobre aspectos ideológicos subjacentes à relação público-privada na gestão dos dados em saúde a partir da análise de uma entrevista com o então diretor do DATASUS Jacson Barros, responsável por conduzir a migração da Rede Nacional de Dados em Saúde para a nuvem da Amazon Web Service.</p>Henrique de Azeredo Mirenda
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2025-01-182025-01-1812110.22409/rcc.v1i21.64878Geopolíticas da Tecnologia
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64550
<p>O objetivo deste trabalho é pensar o processo de digitalização da Modernidade em relação às dinâmicas globais de geopolítica e disputas de poder. A partir das noções referentes à chamada “sociedade da informação”, busco compreender o Direito Digital como campo necessariamente global e, por isso mesmo, sujeito aos processos internacionais de disputas por hegemonia. Com isso, pretendo pensar, através das legislações de proteção de dados, qual a relação entre o campo do Direito Digital e os processos sociais de manutenção e atualização de práticas coloniais nos ambientes digitais, e qual o lugar dessa relação dentro dos recentes problemas apontados nas democracias modernas.</p>Pedro Odebrecht Khauaja
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2025-01-182025-01-18121 Pânico de nada
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64726
<p>O rapper Don L impactou a cena com seu álbum Roteiro Pra Aïnouz, Vol. 2, refletindo sobre uma revolução socialista brasileira e os efeitos de se pensar a história do Brasil em três tempos: passado, presente e futuro. Dentro do repertório que o músico apresenta, observa-se uma estética sonora, visual e poética que destaca o campo de pensamento socialista brasileiro. Nesse sentido, o que Don L está nos mostrando em sua arte e como essa arte se insere na batalha digital pela história? Ao meu ver, pode-se recorrer a Walter Benjamin, Lélia González e Frantz Fanon para tentar responder essas questões e entender a realidade das disputas políticas brasileiras sob a ótica do colonialismo digital. Assim, Don L abre um horizonte político ao se inserir nessas disputas sobre história e memória.</p>Hiasmim da Silva do Espírito Santo
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2025-01-182025-01-1812110.22409/rcc.v1i21.64726“Nós estamos lutando!”:
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/66112
<p>O presente trabalho trata-se de uma entrevista feita com o professor Paulo Munurí, indígena da etnia Yawalapiti do Xingu, no estado do Mato Grosso. A entrevista foi realizada em 3 de julho de 2024 no âmbito de pesquisa de estágio pós-doutoral realizada em 2024 no Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (PPGH/Unirio) sob supervisão da Prof.ª Dr.ª Heloisa Maria Bertol Domingues. O texto tem por objetivo abordar, no contexto das discussões da História Ambiental e História do Antropoceno, os impactos sofridos pelos indígenas brasileiros devido às mudanças climáticas extremas e dos eventos de queimadas ocorridos ao longo do primeiro semestre do ano de 2024. Espera-se que o relato do professor indígena Yawalapiti sirva como fonte de análise e reflexões sobre como a exploração não-sustentável dos recursos naturais pode afetar os diversos povos que vivem no Brasil em suas vidas, histórias e culturas.</p>Bianca Luiza Freire de Castro França
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.66112Os Impactos do Uso da Tecnologia Digital na Geração Z
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64390
<p>Este artigo é resultante de um projeto de iniciação científica do Instituto Dominus de Educação, uma instituição de ensino privada, localizada na cidade de Armação dos Búzios no interior do Estado do Rio de Janeiro. O contato com o método científico e as diversas ferramentas tecnológicas ainda na escola proporciona aos estudantes uma experiência no seu processo de ensino-aprendizagem, além disso, o desenvolvimento crítico e social que podem contribuir na educação superior e no mercado de trabalho. Para estudantes e jovens, o acesso à tecnologia pode transformar o modo como eles estudam. Assim, o artigo buscou compreender os impactos positivos e negativos do uso da tecnologia digital em jovens, denominados geração Z. Refletindo sobre os diferentes desafios que podem causar o excesso de tais aparelhos no cotidiano dessa geração, assim como, o uso da tecnologia para fins educacionais, de modo a facilitar o processo de ensino-aprendizagem. A metodologia baseou-se em uma pesquisa quantitativa com uso do Google Formulário, onde, foram feitas perguntas direcionadas para os jovens da geração Z de diferentes países. Cada indivíduo marcava uma resposta, de acordo com as suas ações do dia a dia envolvendo o uso de meios digitais. Assim é válido ressaltar que o procedimento de coletas de dados supracitados, permitiu analisar duas questões: (I) a grande dependência que os dispositivos digitais têm no cotidiano dos jovens da geração Z, levando-os à hiperconectividade e dependência; e (II) a utilização desses dispositivos digitais para meios de estudos e extração de informações com maior rapidez e facilidade.</p>JÚLIA GABRIELA ALVES CESSOPAULETTE ANTONELLA SANTA INÊS VICUÑALUIS MAXIMILIAN WAGNERALEX JOSÉ LEMOS FILHO
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64390Guerra da Ucrânia: Trajetória de um conflito do Tempo Presente
https://periodicos.uff.br/convergenciacritica/article/view/64476
<p>O presente artigo tem o intuito de tratar os impactos que a Guerra da Rússia contra a Ucrânia vem gerando nas relações internacionais, tanto na esfera econômica como na política. Para tanto, apresentamos a origem histórica da Guerra, destacando as tensões que permeiam a região há bastante tempo. Embasado pelas reflexões da metodologia proposta pelo campo da História do Tempo Presente, o artigo procura discutir os desafios em se lidar com um tema tão atual, sem que sua dimensão histórica seja perdida. Por fim, o artigo disserta sobre o papel do Brasil na Guerra e sobre como nosso país tem se posicionado frente à reconfiguração do cenário geopolítico global. Assim, o artigo busca contribuir para a ampliação do debate público consistente acerca das implicações práticas que um conflito de tais proporções vem causando.</p> <p> </p>Fabiana DiasGuilherme de Souza Fernandes BatistaArthur Casarin ElsenRoberto Rizo Job
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2025-01-172025-01-1712110.22409/rcc.v1i21.64476