O ADVOGADO DO TERCEIRO MUNDO’

PRÁTICAS COLONIAIS E RESISTÊNCIA PELO DIREITO INTERNACIONAL NO CHILE DE ALLENDE

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Resumo

Este artigo descreve em detalhes e analisa os argumentos de direito internacional que justificaram políticas econômicas de nacionalização de recursos naturais adotadas no contexto do governo de Salvador Allende (1970-1973) no Chile. Nosso foco será o trabalho do jurista Eduardo Novoa Monreal, assessor de Allende e mente jurídica por trás do projeto chileno de nacionalização do cobre. Analisaremos suas principais publicações da década de 1970 buscando responder às seguintes questões: quais foram os argumentos de direito internacional elaborados por Novoa Monreal que tornaram legalmente adequado o projeto de nacionalização do cobre no Chile? Quais foram as principais referências que sustentaram suas teses? Como o autor chileno via o colonialismo e o imperialismo em sua relação com o direito internacional? Em que medida o direito pode ser visto como um obstáculo ou um instrumento de transformação social, na opinião de Novoa Monreal? Com essa análise, busca-se abrir espaço para futuras pesquisas sobre como posicionar juristas latino-americanos como Novoa Monreal nas discussões sobre direito internacional crítico dos anos 1970.

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Biografia do Autor

João Roriz, Universidade Federal de Goiás

Professor na Faculdade de Ciências Sociais, Universidade Federal de Goiás. Doutor em direito internacional (USP), mestre em direito internacional (London School of Economics). Realizou estágio pós-doutoral na Universidade de Oxford (2015-2016).

Fabia Fernandes Carvalho, Universidade Federal de Goiás

Pesquisadora de pós-doutorado junto ao Laureate Program in International Law da Faculdade de Direito da Universidade de Melbourne (2017-2021). Docente colaboradora dos Programas de Pós-Graduação em Ciência Política e em Direitos Humanos da Universidade Federal de Goiás no segundo semestre de 2021. Doutora e mestre em direito internacional (USP).

Publicado

2021-12-02