O impacto da idade de veículos automotores no inventário de emissões de gases de efeito estufa

Resumo

A idade média dos automóveis em circulação desempenha um papel crucial no contexto ambiental. Devido à ausência de tecnologias avançadas de controle de emissões, veículos mais antigos geralmente apresentam um desempenho ambiental inferior em comparação com os mais recentes. A evolução das regulamentações e padrões de emissões ao longo dos anos ajudou a desenvolver tecnologias para veículos mais econômicos e sustentáveis, o que contribuiu para essa diferença no desempenho ambiental. Com isso, veículos mais recentes têm dispositivos mais sofisticados, como conversores catalíticos, sensores de oxigênio e sistemas de injeção eletrônica de combustível, que ajudam a reduzir significativamente as emissões de gases poluentes. Dado o cenário nacional em relação à frota veicular, onde ainda há uma parcela significativa de carros antigos em circulação, foi realizado um Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa pelo Programa Brasileiro GHG Protocol, considerando o ano de fabricação de 11 modelos do veículo Hyundai HB20 motor 1.0-12V fabricados de 2012 até 2023. Os resultados indicam que a idade dos veículos e o seu consequente enquadramento em programas de controle de emissões da sua época de fabricação impactam diretamente nas emissões de gases do efeito estufa. Ao comparar os modelos mais recentes com os mais antigos, verificou-se uma redução significativa nas emissões de gases poluentes. Os veículos fabricados nos últimos anos, que incorporaram tecnologias mais avançadas de controle de emissões, apresentaram níveis substancialmente mais baixos de dióxido de carbono (CO2) em relação aos modelos mais antigos, comprovando que renovar a frota com veículos mais modernos e eficientes é fundamental para reduzir o impacto ambiental.