ASPECTOS ESTRATÉGICOS DO CONTEXTO DA INTERNACIONALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO NO BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.22409/engevista.v16i2.603Resumo
Este artigo trata da questão da internacionalização das empresas da indústria de petróleo no Brasil. O tema analisado ganha maiores dimensões nas discussões desta indústria, quando do advento das descobertas nas áreas de fronteiras exploratórias do pré-sal. Como será exposto neste artigo, em futuro breve, as referidas descobertas colocarão a indústria de petróleo brasileira e o seu maior representante, a Petrobrás, em uma posição de grande exportador líquido de óleo cru, o energético na forma de matéria prima bruta. A questão que se quer levantar é se este modelo exportador de matérias primas bruta ou semiacabadas, predominante na história do Brasil desde o seu descobrimento, será benéfico para o país ou mesmo para o maior ícone da indústria nacional de petróleo, a Petrobras. Também será feita uma análise de outras empresas, suas estratégias e forma de operação, empresas de outras nacionalidades, de capital estatal e privado, internacionalizadas desde o seu nascimento ou em francos processos de internacionalização, onde a atuação em países diferentes das suas sedes era, ou passou a ser, objetivo a ser perseguido por suas organizações. Finalmente será analisado uma iniciativa de internacionalização, que foi a aquisição de 87,5% de participação da ExxonMobil na empresa japonesa, NSS Nansei Sekiyu KK, pela Petrobras em 2008. A empresa adquirida tem em seu portfólio de ativos, uma refinaria, um terminal de armazenagem e um porto composto por três atracadouros e uma monobóia para barcos do tipo VLCC (Very Large Crude Carriers). A aquisição de empresa com operação no Japão por empresa de capital Latino Americano foi inédita na história daquele país.