Ensaios de Geografia
Essays of Geography | POSGEO - UFF
AO CITAR ESTE TRABALHO, UTILIZE A SEGUINTE REFERÊNCIA:
GONÇALVES, Talita Souza dos Reis. Os biomas brasileiros e seus cantores: “O Brasil não conhece o Brasil”. Revista Ensaios de
Geografia. Niterói, vol. 8, nº 15, pp. 86-91, setembro-dezembro de 2021.
Submissão em: 09/06/2021. Aceite em: 29/08/2021.
ISSN: 2316-8544
Este trabalho está licenciado com uma licença Creative Commons.
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SEÇÃO VISUALIDADES
OS BIOMAS BRASILEIROS E SEUS CANTORES:
“O Brasil não conhece o Brasil”
BRAZILIAN BIOMES AND THEIR SINGERS:
Brazil doesn’t know the Brazil
Talita Souza dos Reis Gonçalves
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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
talitasrg@gmail.com
JUSTIFICATIVA
O Brazil não merece o Brasil - O Brazil tá matando o Brasil. (Querelas do
Brasil, Aldir Blanc e Maurício Tapajós. Intérprete: Elis Regina. 1978)
2
Conhecer é preservar.
A partir da proposta do livro didático “Projeto Mosaico” da Editora Scipione
3
, da
letra “Querelas do Brasil” e de vivências afetivas com o meio ambiente e com a música,
a série “Os Biomas brasileiros e seus cantores” foi pensada como um projeto ambiental
online, através da plataforma Instagram durante o período da pandemia de COVID-19 no
ano de 2020; com o objetivo de descortinar de maneira simples e compreensível a flora e
fauna brasileiras. Afinal, conhecer é uma forma de preservação e de independência. Desse
modo, de forma lúdica espécies de todo um ecossistema, desde a importância de uma
1
Formada em Belas Artes pela UFRRJ, desenvolve pesquisas e aquarelas sobre a natureza e a música
brasileira. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-3591-4326.
2
Elis Regina. Transversal do tempo. Produção artística: César Camargo Mariano. Rio de Janeiro. Philips,
1978 1 Disco Sonoro. (41 min) disco gravado ao vivo.
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A proposta das autoras Béa Meira, Silvia Soter, Ricardo Elia e Rafael Presto, 2016, 1ª edição, seria
aplicada na escola antes da pandemia romper com o ano letivo.
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GONÇALVES, Talita Souza dos Reis. Os biomas brasileiros e seus cantores: “O Brasil não conhece o Brasil”. Revista Ensaios de
Geografia. Niterói, vol. 8, nº 15, pp. 86-91, setembro-dezembro de 2021.
Submissão em: 09/06/2021. Aceite em: 29/08/2021.
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pequenina abelha do sertão até a majestade de uma sumaúma amazônica (Seiba
pentramba), foram articuladas a músicas e cantores que observavam a natureza e
escreviam de acordo com o bioma em que viviam.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE):
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Bioma é um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento
de tipos de vegetação que são próximos e que podem ser identificados em nível
regional, com condições de geologia e clima semelhantes e que,
historicamente, sofreram os mesmos processos de formação da paisagem,
resultando em uma diversidade de flora e fauna própria. São biomas do Brasil:
Mata Atlântica, Amazônia, Cerrado, Pampa, Pantanal e Caatinga. (IBGE,
2003)
Temos como exemplos de associações feitas com os biomas através da música a
Peroba (Aspidosperma cylindrocarpon) e pássaros da Mata Atlântica cantados por Tom
Jobim, o sertão cantando por Luíz Gonzaga, as vivências do cantor Vitor Ramil no Pampa,
o carimbó de “Dona Onete” ilustrando as lendas e a biodiversidade do bioma amazônico,
a viola pantaneira tocada por Hellena Meireles, os ciclos do Cerrado cantados pelo grupo
musical “Os sons do Cerrado”, acrescentamos a cultura ao redor dos Mangues cantada
pela Nação Zumbi.
Para que esse trabalho fosse realizado de maneira poética e didática, as aquarelas
5
foram desenvolvidas a partir de referências, observação, ou processo criativo em que
fotos se misturavam. Cada imagem foi publicada com sua história, com seu valor
etnobotânico e filmadas com suas respectivas músicas. Apresentamos frutas nativas e
endêmicas ameaçadas de extinção ou que desconhecíamos como o cambucá (Plínia
edulis) – uma espécie endêmica da Mata Atlântica. O conceito de vida sustentável, desde
as embalagens e possibilidades de nutrição, como a utilização das Plantas Alimentícias
Não Convencionais (PANCs) também foram colocados em discussão. Parte da venda dos
4
IBGE <https://cnae.ibge.gov.br/en/component/content/article.html?catid=0&id=1465>. Acesso em: 22
mar. 2021.
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A aquarela é uma técnica pictórica que utiliza a água e o pigmento em camadas sobre o papel, causando
manchas translúcidas. Com essa escolha foi possível, por exemplo, mapear a distribuição de espécies
endêmicas, raras ou em risco de extinção pelas regiões do país, e assim, dar-lhes visibilidade. Essa
catalogação vem sendo registrada historicamente; primeiro pelos artistas viajantes que vinham da Europa
e faziam expedições, coletavam e desenhavam, o que chamamos de ilustração científica/botânica.
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trabalhos foi direcionado para instituições de pesquisa e preservação de nossos
ecossistemas. Aqui apresentamos partes desse projeto ainda em atividade.
Tom Jobim e a Mata Atlântica
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Ilustração da Peroba de Águas de Março - (Aspidosperma cylindrocarpon). Disponível em Sítio da Mata
<https://floresbella.com.br/materia.php?id=826&n=%C3%81rvore+Peroba-Rosa-
+Aspidosperma+Polyneuron+Muell.>. Acesso em: 29 mar. 2021.
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A Amazônia cantada pelo ritmo do Carimbó
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A lenda do Boto cor-de-rosa é cantada na música de Dona Onete. Aquarela realizada inspirada a partir de
referência coletada na página: Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis). Disponível em página:
<https://portalamazonia.com/noticias/meio-ambiente/cientistas-desenvolvem-plataforma-para-mapear-e-
ajudar-na-conservacao-de-botos-da-amazonia>. Acesso em: 29 mar. 2021.
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Helena Meirelles e o Pantanal
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Panapaná - Paná em Tupi significa borboleta, seria então uma reunião delas. Em Dicionário Estraviz
<https://www.estraviz.org/panapan%C3%A1> Acesso em: 24 mar. 2021.
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O movimento Mangue Beat de Chico Science e o universo dos Mangues
