Ensaios de Geografia
Essays of Geography | POSGEO-UFF
AO CITAR ESTE TRABALHO, UTILIZAR A SEGUINTE REFERÊNCIA:
AMARAL, João Benvindo do; ALVIM, Ana Márcia Moreira. ANÁLISE DA MIGRAÇÃO INTERNA DA MESORREGIÃO DO
TRIÂNGULO MINEIRO E ALTO PARANAÍBA NOS PERÍODOS 1995-2000 E 2005-2010. Ensaios de Geografia. Niterói, vol. 9, nº 19,
pp. 117-142, set-dez. 2022.
Submissão em: 01/06/2022. Aceito em: 07/09/2022.
ISSN: 2316-8544
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-1,85%, em 2005-2010; o segundo passou de 2,83% em 1995-2000, para -2,19%, em 2005-
2010. Com isso, verifica-se que as oportunidades para onde migrar não se encontram
distribuídas igualmente no espaço, como afirma Lee (1966, p. 106).
Quanto aos municípios com população entre 10.001 e 20.000 mil habitantes, três
chamam a atenção. O primeiro é Planura, que em 1995-2000 detinha uma taxa de -4,75%,
passando para 1,06%, em 2005-2010. O segundo é o caso de Monte Alegre de Minas, cuja taxa
era de -1,42%, em 1995-2000, e esse passou a ter uma taxa de 3,23%, em 2005-2010. E o
terceiro foi Santa Vitória, que em 1995-2000 tinha uma taxa de -4,29%, e passou para 2,73%,
em 2005-2010, um aumento expressivo, mesmo com uma população total de 18.138 mil
habitantes em 2010.
E em relação os municípios da última classe, entre 1.373 e 10.000 mil habitantes, a
migração pode atuar de forma mais evidente. Pode-se pontuar a situação de oito municípios, de
forma mais evidente. A migração nesses municípios teve papel considerável no aspecto
demográfico de: Campo Florido, Pirajuba, Cascalho Rico, Cachoeira Dourada e Estrela do Sul.
O destaque é o último, que em 1995-2000, tinha uma taxa de -9,15%, passando para 3,98%, em
2005-2010. Em Iraí de Minas, Cruzeiro da Fortaleza e Indianópolis, houve uma diminuição da
participação da migração em suas respectivas populações. O último município (Indianópolis),
em 1995-2000, detinha uma taxa de 1,04%, com uma população total, em 2000, de 5.387 mil
habitantes, e passou para -7,87%, em 2005-2010, levando em conta uma população total, em
2010, de 6.190 mil habitantes. A partir disso é necessário também analisar a evasão, a
rotatividade ou a absorção migratória, isto é, a Eficiência Migratória da região.
A eficiência migratória permite verificar quais unidades espaciais tem evasão,
rotatividade ou absorção migratória, pois em seu cálculo leva-se em consideração o saldo
migratório e o volume total da migração (Figura 3). Como primeira análise da eficiência
migratória, na MRTMAP, é necessário colocar que existe uma mudança significativa do
período de 1995-2000, em relação ao 2005-2000. Isso devido ao aumento significativo do
número de municípios com evasão migratória, de um período a outro, fazendo com que a maior
parte desses tenha eficiência negativa, em especial no período 2005-2000. Entretanto também
há o que se explanar sobre a rotatividade e a absorção migratória na região.