Lopes Ramos Reinaldo e Maria Marta dos Santos Buriti. Nele, é discutida a relação entre
a forma como o componente solo é lecionado na Educação Básica e a sua abordagem na
formação continuada de professores de Geografia, argumentando-se pela reformulação
do ensino de solo na formação de professores e, consequentemente, a problematização
da forma como o assunto é ensinado na Educação Básica.
Já o artigo “Geografia Física: a necessidade de uma abordagem mais integradora na
relação sociedade x natureza”, de autoria de Carlos Augusto Abreu Tórnio, tem seu foco
na problematização de uma questão central da Geografia. Tensionando a cisão entre os
conhecimentos do campo social e os das dinâmicas da natureza, o autor busca uma
abordagem mais integradora desses campos, com especial destaque às possibilidades e
desafios que essa integração ofereceria à Geografia física.
“Áreas de Preservação Permanente de Nascentes Protegidas pelo Programa de
Desenvolvimento Rural Sustentável — Rio Rural, Microbacia do Rio Fagundes, Paraíba do
Sul (RJ): conflitos, lacunas e alternativas”, dos autores Cintia de Andrade Corrêa, Nadja
Maria Castilho da Costa e Miguel Fernandes Felippe, também desafia pressupostos
estabelecidos, dessa vez no campo da legislação ambiental. Através da elaboração de
propostas de mapeamento de nascentes na área delimitada em seu escopo, os
pesquisadores apontam a necessidade da adequação dos dispositivos legais referentes à
demarcação de nascentes de forma que estes abarquem também a proteção de
microbacias não contempladas pelos parâmetros atuais.
Guido Lins Bragioni, com seu “Corpo-Espaço na Fluidez da Paisagem”, reflete sobre a
construção da paisagem urbana pelos corpos que nela circulam. Pensando o urbano a
partir do par dialético cidade-corpo, o texto concebe um diálogo inovador entre
diversidades e espacialidades na compreensão da dinâmica fluida que esses atores
estabelecem na produção do espaço.
No artigo intitulado “O Ensino de Geografia e as Práticas Pedagógicas: desafios e
possibilidades de uma práxis revolucionária”, Silvano Artur Busch Vergutz e Marsiel
Pacífico analisam a categoria Organização do Trabalho Didático a partir de uma
perspectiva histórica que pensa o processo de ensino-aprendizagem em seu potencial
como práxis revolucionária. Detendo-se no ensino de Geografia, os autores refletem
sobre os desafios e as possibilidades da aprendizagem nesse campo e constatam um
descompasso entre os modelos pedagógicos vigentes e a realidade material dos
estudantes.
Em seu “A Metrópole Sob Enfoque da Voz Periférica: o rap no ensino de Geografia”, Victor
Hugo Sodré da Costa e Ana Claudia Ramos Sacramento pensam nas possibilidades do
emprego do rap como recurso didático nas aulas de Geografia no Ensino Básico. Para esse