Ensaios de Geografia
Essays of Geography | POSGEO-UFF
AO CITAR ESTE TRABALHO, UTILIZAR A SEGUINTE REFERÊNCIA:
STÜRMER, Arthur Breno. MICROTERRITORIALIZAÇÕES NO ESPAÇO DA ESCOLA PÚBLICA: as pequenas apropriações no
cotidiano do Instituto Federal Farroupilha. Ensaios de Geografia. Niterói, vol. 9, nº 20, pp. 206-214, janeiro-abril de 2023.
Submissão em: 27/12/2022. Aceito em: 30/01/2023.
ISSN: 2316-8544
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SEÇÃO VISUALIDADES
MICROTERRITORIALIZAÇÕES NO ESPAÇO DA ESCOLA PÚBLICA
1
:
as pequenas apropriações no cotidiano do Instituto Federal Farroupilha
MICROTERRITORIALIZATIONS IN THE PUBLIC SCHOOL SPACE:
the small appropriations in the daily life of the Instituto Federal Farroupilha
MICROTERRITORIALIZACIONES EN EL ESPACIO DE LA ESCUELA PÚBLICA:
las pequeñas asignaciones en el día a día del Instituto Federal Farroupilha
Arthur Breno Stürmer2
Instituto Federal Farroupilha (IFFAR),
Rio Grande do Sul, Brasil
E-mail: arthur.sturmer@iffarroupilha.edu.br
1
O presente estudo deriva de ações do projeto “Núcleos Inclusivos e Formação de Agentes Territoriais Inclusivos
em municípios do Noroeste Gaúcho a partir do Laboratório Interdisciplinar da Educação Profissional e
Tecnológica, no Instituto Federal Farroupilha - Campus Frederico Westphalen-RS”, apoiado pela Fundação de
Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (FAPERGS).
2
Doutor em Geografia, Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, Especialista em: Docência na
Educação Básica; Gestão Educacional; Geografia e História Ambiental do Sul do Brasil; Mídias na Educação.
Professor da Educação Básica, Técnica e Tecnológica, ministra Geografia para cursos técnicos e Didática,
Currículo e Organização do Trabalho Pedagógico para Licenciaturas no Instituto Federal Farroupilha (IFFAR).
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cotidiano do Instituto Federal Farroupilha. Ensaios de Geografia. Niterói, vol. 9, nº 20, pp. 206-214, janeiro-abril de 2023.
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JUSTIFICATIVA
O retorno dos estudantes ao ensino presencial, nas escolas públicas aqui inclusos os
Instituto Federais , aconteceu ora como volta ao normal, retomada e recuperação, ora como
um processo complexo que exigia pensar uma nova educação, formas de acolhimento e o
desenvolvimento de práticas pedagógicas mais humanas, condizentes com o contexto gerado
pela Pandemia do Covid-19. Isso porque os espaços e sujeitos nunca mais seriam os mesmos.
Algo escapou aos gestores. A sensibilidade, comprometimento e senso de solidariedade
deveriam ser conteúdos obrigatórios na transição cujo ponto de partida era o ensino remoto ou
emergencial. O papel exercido pelos danos relativos à saúde mental, como a ansiedade, o
estresse e a depressão, foram subestimados e os meios disponíveis em algumas escolas foram
deixados em segundo plano.
O bosque, o jardim, as trilhas ecológicas e demais presenças da natureza entre nós e tão
comuns no conjunto das escolas públicas brasileiras tornaram-se recursos preciosos e à mão
para gerar um mínimo de bem-estar. São eles parte da solução para a repentina mudança de
rotina, do ambiente familiar em direção à escola, e para lidar com o medo do vírus, as fobias
sociais e as dificuldades de aprendizagem. Os espaços que podem ser realmente acolhedores de
pessoas, de sentidos e que podem estar abertos ao uso, à ocupação e às pequenas apropriações
cotidianas são recursos indispensáveis para os alunos necessitados de refúgio, equilíbrio e cura.
Na Educação Profissional e Tecnológica dos Institutos Federais, os alunos de ensino
médio e superior retornaram à sua instituição combalidos, desesperançados e, sob muitos
aspectos, física e mentalmente doentes. A consciência das crises social, econômica e ambiental
veio a afetar sobremaneira quem já vinha realizando sua formação direcionada a uma profissão
específica. A crise do emprego, a instabilidade econômico-financeira e as exigências do mundo
de trabalho foram, para este público, pontos sensíveis. Como forma de resistir, os alunos saíram
à procura de espaços na sua escola, os quais lhes proporcionassem uma pausa na correria, um
alívio no cotidiano ou ainda aquela breve fuga a tudo isso.
CONTEXTO
O Instituto Federal Farroupilha (IFFAR) possui um campus no estilo fazenda-escola em
Frederico Westphalen-RS, com cursos técnicos integrados voltados ao trabalho no campo e na
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cidade: cnico em Agropecuária e Bacharelado em Veterinária; Técnico em Administração,
Técnico em Informática, Bacharelados em Ciências da Computação e em Administração;
Licenciatura em Matemática. Os cerca de 1022 alunos, sendo 443 do ensino médio integrado,
vêm de mais de 100 municípios vizinhos. Muitos deles também residem na moradia estudantil,
em sistema de internato.
A movimentação da comunidade acadêmica é significativa o dia inteiro no campus. Os
deslocamentos de grupos, as reuniões aqui e ali revelam uma alternância, ao longo do dia, na
ocupação de espaços privilegiados para o seu desenvolvimento enquanto pessoa.
convivência, coexistência, re-existências, reencontros, trocas, acolhimento e construções
identitárias acontecendo em locais que não raro passar despercebidos do grande público.
Matinho situado em frente a um passeio entre blocos de edifícios, Instituto Federal
Farroupilha, Linha 7 de Setembro, Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, Brasil.
A organização de alguns dos espaços frequentados pelos alunos é feita por eles próprios,
utilizando assentos móveis retirados de um Centro de Convivência que fica junto ao Prédio
Central do campus. Essa dispersão voluntária constitui um verdadeiro reordenamento que visa
atender às necessidades de territorialização do segmento jovem. Trata-se de uma atitude pela
qual, segundo Stürmer e Herrmann (2017, p. 23), os grupos juvenis organizam “uma relação
intrínseca entre identidade e espaço”. Cabe à “Geografia como ciência do espaço (social)”
“se ocupar com a pesquisa sobre as diversidades dos sujeitos e grupos sociais (...), promover e
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aprofundar os estudos da pluralidade cultura, dos espaços de vivências dos grupos juvenis.”
(Ibid., p. 31).
METODOLOGIA
A metodologia utilizada para captar o movimento de territorialização dos jovens no
campus foi o acompanhamento diário, em caminhadas realizadas por um professor e um
assistente de alunos. Os registros fotográficos vieram da câmara de um smartphone cujas
especificações são: F 1,8, 1/159 s, 4.65mm e ISO 50. A preferência foi por observar dias
“normais” e horários aleatórios, excluindo datas com eventos acadêmicos. Também não houve
preocupação com determinada estação do ano.
Em dias comuns, é possível perceber a busca pelos ambientes em meio à natureza para
dar curso aos relacionamentos. mais liberdade para o falar, movimentar-se e mudar a postura
corporal.
Esplanada das Pitangueiras, Instituto Federal Farroupilha, Linha 7 de Setembro,
Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, Brasil (filtro rouge).
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Bambuzal da CAE (Coordenação de Assistência Estudantil), Instituto Federal
Farroupilha, Linha 7 de Setembro, Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, Brasil.
Torna-se divertido passear entre pitangueiras, jabuticabeiras, jamboleiros, videiras,
pessegueiros e macieiras. Os alunos estreitam laços com seu entorno, que já não é feito de
salas, carteiras, cadernos, livros, cercas e muros. Mantém-se contato também com a pequena
fauna, recursos hídricos (açudes, córregos...) e com a flora nativa da Região Sul.
Pomar da Baixada, Instituto Federal Farroupilha, Linha 7 de
Setembro, Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, Brasil.
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Volta e meia professores descansando sozinhos no intervalo do almoço, mas são os
alunos que, agrupados para um bate-papo, às vezes se posicionam isoladamente em locais
escolhidos a dedo, fazem seu momento meditativo, reflexivo, voltado ao seu “eu” interior. Se
alguém transitar com pressa, sequer notará a presença humana.
Parque dos Ipês, Instituto Federal Farroupilha, Linha 7 de
Setembro, Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, Brasil.
O que de fato ocorre são pequenas apropriações em meio a um espaço institucional
marcado pela técnica. Atrasa-se a poda de uma planta e adia-se uma ação inclusiva, mas um
minuto sem wi-fi ou sem luz não são admitidos. Mesmo o Campus do Instituto Federal
Farroupilha situando-se no interior do município, trata-se de um meio técnico-científico-
informacional. Este, segundo Santos e Silveira (2001), é a união entre a ciência, técnica e
informação que provoca transformações. Além disso, “O território ganha novos conteúdos e
impões novos comportamentos” (SANTOS e SILVEIRA, 2001, p. 52).
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As microterritorializações verificadas acima vêm na contracorrente do avanço do meio
técnico-científico-informacional. Rompe a lógica produtivista que orienta o aproveitamento do
intervalo do meio-dia para: aprender uma nova ngua; estudar para as aulas da tarde (há dois
turnos integrais na semana, para os cursos técnicos integrados); preparar-se para os exames
(ENEM, AIS
3
, AIA4 etc.); atuar em projetos
4
, entre outros. Percebe-se, nas fotografias, que os
alunos não trazem seus laptops nem permanecem utilizando freneticamente seus smartphones
quando se apropriam desses espaços institucionais menos sujeitos à formalidade acadêmica
embora imersos no meio técnico-científico-informacional.
Sabe-se que: “As microterritorializações, então, são formas materiais da reunião de
corpos e práticas subalternas (divergentes, mas nem tanto...) produzidas a partir de um espaço
social primeiro (que se pretendia organizado, homogêneo e ordenado).” (COSTA, 2017, p. 16).
Através das microterritorializações, sugere-se outra ordem: a busca do sossego, da calmaria e
do bem-estar para suportar o cotidiano. Por isso, apropriar-se de espaços vagos”, “sem
utilidade”, “vazios”, não é tanto uma opção, mas uma construção coletiva necessária diante do
cenário objetivo do período pós-pandemia e do panorama interno, subjetivo, de cada aluno.
Stürmer (2020) considera que:
As microterritorializações são fragmentos do espaço social presentes em múltiplas
escalas, com cada fragmento sendo formado por “microcomunidades de interesses
territorializadas”. Essas comunidades de sujeitos diversificam as configurações do
espaço social (...), em parte por trazerem as ltiplas culturas em constante
movimento e transformação que estão na raiz da diversidade orgânica do espaço
social. (STÜRMER, 2020, p. 52).
Assim, o movimento representado pelas microterritorializações mostram-se acolhedores
de pessoas muitas vezes fragilizadas e veiculadoras de novos significados que vão se prendendo
aos espaços subutilizados da escola pública. Sobre eles estabelecem-se rotinas, cuidados, ritmos
e apegos; revitalizam-se espaços abandonados, como o era um simples pergolado vizinho à
caixa d’água do campus.
3
Avaliação Integrada Semestral; Avaliação Integrada Anual.
4
Um dos projetos presentes em todos os cursos técnicos integrados é a PPI ou Prática
Pedagógica Integrada, que envolve diferentes disciplinas em torno de um tema específico da
área do conhecimento e eixo tecnológico aos quais o curso está vinculado.
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Caminho da Paz, Instituto Federal Farroupilha, Linha 7 de Setembro, Frederico
Westphalen, Rio Grande do Sul, Brasil.
Em espaços sociais, as microterritorializações alteram o espaço do Instituto Federal
Farroupilha - Campus Frederico Westphalen-RS. Microterritorializações que vêm a abrigar
sujeitos não apenas na condição de aprendentes, estudantes e futuros profissionais; neles
circulam sujeitos e expressões culturais (local e regional), comportamentos menos formatados,
atitudes espontâneas, gestos mais humanos, modos alternativos de convivência e marcas da
solidariedade, democracia e inclusão.
ESPERANÇAS À VISTA
Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologias foram chamados de
“Territórios de Esperança” (CONIF, 2013). Hoje, as microterritorializações são um campo de
possibilidades para se pensar novos espaços na escola pública; são processos pelos quais se
forjam novos vínculos com o espaço, onde se vivencia a liberdade, o contato com a natureza e
a promoção do encontro com as pessoas de quem gostamos até para simplesmente “estar”.
Provavelmente os alunos do campus Frederico Westphalen-RS estejam contando com
as pequenas apropriações do espaço da escola para reaver parte do que perderam durante
Pandemia do Covid-19 e o ensino remoto: a presença dos colegas, a vivência dos espaços, a
sensação de liberdade e o senso de pertencimento ao lugar. Nos microterritórios que vimos
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cotidiano do Instituto Federal Farroupilha. Ensaios de Geografia. Niterói, vol. 9, nº 20, pp. 206-214, janeiro-abril de 2023.
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acima repousa o equilíbrio, a beleza e a harmonia indispensáveis para superar a ansiedade, o
medo e a depressão típicos de quem passou e passa por sofrimento psíquico.
As microterritorializações, desta feita, são a chave para o enfrentar a continuidade das
asperezas do dia a dia, especialmente quando se está em época de provas, exames, e mesmo
transitando de sala em sala, entre laboratórios e gabinetes. A ideia de “vigilância e punição”
fica de lado; o ambiente clean, asséptico e sem vida, onde os comportamentos são regulados e
os movimentos monitorados, são temporariamente esquecidos.
As microterritorializações convertem-se em solução aos agravos trazidos pela
Pandemia, pois, com elas, o olhar se volta para lugares amenos onde se pode cultivar
relacionamentos, fortalecer amizades e, na melhor das hipóteses, fazer renascer as esperanças
esmaecidas.
Referências
CONIF. Institutos Federais 5 anos de singulares Territórios de Esperança. Brasília, DF:
CONIF, 2013.
COSTA, B. P. da. Microterritorializações e microterritorialidades urbanas. Terr@ Plural,
Ponta Grossa, UEPG, v. 11, n. 1, p. 10-30, jan./jun. 2017. Disponível em:
<https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/10598/6073>. Acesso em: 26 dez. 2022.
SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio
de Janeiro: Record, 2001.
STÜRMER, A. B.; HERRMANN, G. P. Territorializações de Grupos Juvenis em Santa Maria-
RS. Perspectiva Geográfica, Marechal Cândido Rondon, UNIOESTE, v. 12, n. 16, p. 2232,
2017. Disponível em: <https://e-
revista.unioeste.br/index.php/pgeografica/article/view/17335>. Acesso em: 24 dez. 2022.
STÜRMER, A. B. Os Institutos Federais e o Desenvolvimento: perspectivas inclusivas de
um educador geógrafo. 2020. 303f. Tese (Doutorado em Geografia) Universidade Federal de
Santa Maria, Santa Maria, RS. 2020. Disponível em:
<https://repositorio.ufsm.br/handle/1/21210>. Acesso em: 24 dez. 2022.