Ensaios de Geografia
Essays of Geography | POSGEO-UFF
AO CITAR ESTE TRABALHO, UTILIZAR A SEGUINTE REFERÊNCIA:
LOPES, Jahan Natanael Domingos. Espaço Sexual: uma geografia do foder. Ensaios de Geografia. Niterói, vol. 11, nº 24, e112412, 2024.
Submissão em: 15/11/2023. Aceito em: 29/04/2024.
ISSN: 2316-8544
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Abstract
In the opening of the fucking geography, an ontological approach to geographical fucking was elaborated. To
this end, from phenomenology, the sense of sex (the event) and of fuck (the intention) is constituted. Moreover,
the Earth and the World are discussed in the direction of the territories of sex for the sexualities of the territory.
From there, he launched himself into Antiquity with Hesiod (c. VII B.C.) for the cosmology of geographical
fucking: between Gaia (Earth) and Uranus (Heaven), there is the interruption of coitus by Kronos (Time)
erupting the sexual desire – between have sex, positive, and fuck, negative. To the philosophical discussion,
between Sade and Sacher-Masoch (obscure enlightenment) against Kant (conservative enlightenment), for the
constitution of the sadistic territory (by the dominations) and the masochistic territory (by the appropriations).
Moreover, the perversity of globalization by the system of the global fuck: of the territory (rooter) and the global
market (uprooter); intensified by cyberspace. Finally, a fuck geography is combined with the geoexistential.
Keywords
Geographical thinking, Existential Geography, Desire, Sex.
Resumen
En la apertura de la geografía del follar, se elaboró un abordaje ontológico al follar geográfico. Por lo tanto, en
una visión fenomenológica, se constituye el sentido del sexo (el evento) y de la folla (la intención). Además, se
discute la Tierra y el Mundo rumbo a los territorios del sexo y a las sexualidades del territorio. A partir de ahí, se
lanza a la Antigüedad con Hesíodo (VII a.C.) para la cosmología del follar geográfico: entre Gea (Tierra) y
Urano (Cielo), existe la interrupción del coito por Cronos (Tiempo) que hace erupción del deseo sexual – entre la
folla, positiva y la montada, negativa. Se guía, a la discusión filosófica, entre Sade y Sacher-Masoch (ilustración
oscura) contra Kant (Ilustración conservadora) para la constitución del territorio sádico (por las dominaciones) y
del territorio masoquista (por las apropiaciones). Así mismo, se encuentra la perversidad de la globalización por
parte del sistema de la folla global: del territorio (arraigador) y del mercado global (desarraigador); intensificado
por el ciberespacio. Finalmente, una geografía follada se combina con lo geoexistencial.
Palabras clave
Pensamiento geográfico, Geografía existencial, Deseo, Sexo.
Introdução
Melhor seria definir a filosofia, como a praticava Platão, como uma espécie de
palestra erótica, que continha e aprofundava a antiga ginástica agonal com todas
as condições que a precediam... O que é que resultou, em última análise, desse
erotismo filosófico de Platão? Uma nova forma da arte do Agon grego, a dialética.
(Nietzsche, 2020, p. 67)
A compreensão geográfica do sexo permite uma abertura que transpassa desde os
lugares eróticos até o erotismo terreno. De modo a situar o evento sexual, abre-se, de modo
poético, a perspectiva versificada por C. Andrade (2013, p. 27): “O chão é cama para o amor
urgente, / amor que não espera ir para a cama. / Sobre o tapete ou duro piso, a gente / compõe
de corpo e corpo a úmida trama.” Nisso, um entrelaçamento dos corpos em suas correlações
situa uma atividade sexual de espacialidade polimorfa. Dessarte, ao discurso geográfico da
sexualidade, cerceia A. Frémont (1999, p. 91): “Sexo, desejo? O geógrafo hesitará muito
antes de afirmá-lo. Mas podemos negar a realidade desses dois modelos e o antagonismo dos