Ensaios de Geografia
Essays of Geography | POSGEO-UFF
AO CITAR ESTE TRABALHO, UTILIZAR A SEGUINTE REFERÊNCIA:
FERREIRA, Edenilson Andrade; LIMA, Ernane Cortez. Estudo do Meio e o Ensino de Processos Físico-Naturais: o uso de desenhos para
uma aprendizagem significativa em Teresina (Piauí). Ensaios de Geografia. Niterói, vol. 10, nº 23, e102316, 2024.
Submissão em: 16/02/2024. Aceito em: 25/06/2024.
ISSN: 2316-8544
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humano. As práticas de ensino e aprendizagens são, portanto, discerníveis entre si, justificando
uma abordagem que as separe para uma melhor compreensão de sua interconexão e
contribuição individual para a formação do indivíduo.
Conforme Freitas (2016), o ato de “ensinar” é definido como a prática voltada à
transmissão de conhecimento ao próximo, caracterizando-se, portanto, como uma atividade na
qual o educando assume uma postura receptiva, tornando-se, assim, suscetível ao que é
apresentado pelo instrutor. No entanto, é imperativo ressaltar que a mera recepção não engloba
inteiramente a essência do verbo “ensinar”; é crucial que haja um envolvimento ativo por parte
do educando, o qual deve estar disposto e engajado no processo de aprendizagem.
Discorrer sobre a conceituação de “aprendizagem” implica abordar as habilidades
cognitivas inerentes ao indivíduo, as quais permitem a dedução e a conexão de conceitos
apresentados, resultando na elaboração de sua própria compreensão dos elementos em questão.
Skinner (2005), em seu estudo sobre aprendizagem, formula sua definição como uma alteração
nas contingências de resposta, requerendo a identificação das circunstâncias sob as quais uma
determinada indagação é realizada. Nesse contexto, o ser humano, em seu processo de
raciocínio, analisa minuciosamente todos os elementos que contribuem para uma dedução
lógica, a qual pode persistir por longos períodos, seja de forma consciente ou subconsciente.
Os parágrafos precedentes delimitam conceituações de ensino que o entendem como
originado de um agente externo com o intuito de disseminar conhecimento, e de aprendizagem,
caracterizada pela absorção e interpretação individual e, em alguns casos, inconsciente de
informações. Sob esta ótica, o processo de Ensino e Aprendizagem, embora distintos em suas
manifestações singulares, ao serem desenvolvidos juntos, conduzem à internalização do
conhecimento por parte do indivíduo, favorecendo, assim, uma construção autônoma dos
conceitos.
É válido ressaltar que tal processo é contínuo e perene, constituindo-se como um ciclo
ininterrupto que assume maior proeminência nos ambientes educacionais. Neste contexto, o
professor, ainda que não seja a única fonte de conhecimento, desempenha um papel
fundamental ao mediar o acesso e a compreensão do saber, enquanto o aluno atua como receptor
ativo, prontificado a analisar e efetivar a aprendizagem de maneira significativa.